quarta-feira, 7 de agosto de 2013

PRIMEIRO INTENDENTE DE SANTA RITA DO PARANAÍBA ERA FILHO DE PADRE

JACINTHO BRANDÃO, FILHO DE UM PADRE, CASOU-SE EM SANTA RITA DO PARANAÍBA E TORNOU-SE O PRIMEIRO INTENDENTE
Jacintho Brandão - nomeado Intendente em setembro de 1909
Nasceu em 1849 na Vila de Curralinho - hoje Itaberaí
Filho do Padre Francisco Luiz Brandão e Maria Rita Silva
 
 
a nomeação
Decreto 2518 de 18 de setembro de 1909
                       O Presidente do Estado, considerando que, pela Lei 349, de 16 de julho        findo, foi o distrito de Santa Rita do Paranaíba elevado a município.               DECRETA:
                       Art. 1 – Fica nomeada uma Intendência composta dos cidadãos coronel        Jacintho Brandão, capitão Joaquim Thimóteo de Paula, Antônio J oaquim da Silva, Francisco Carneiro de Castro, Joaquim Firmo de Velasco,                                      Olegário Herculano de Aquino e Josino Antônio de Gusmão, o primeiro          como presidente e os demais como membros, para instalar o município         de Santa Rita do Paranaíba e administra-lo provisoriamente.
                        § único. O presidente e os membros da Intendência prestação o                   compromisso de seus cargos e exercerão as suas funções e, de acordo        com a Lei n. 129, de 23 de junho de 1897;
 Art. 2 – É designado o dia 12 de outubro, para ter lugar a instalação do        município e o dia 16 de dezembro, tudo do corrente ano,  a fim de se                      proceder a eleição de intendente, vice-intendentes e conselheiros                            municipais.
                       Art. 3 – Revogam-se as disposições em contrário.
                        O Secretário do Interior, Justiça e Segurança Pública expeça as        necessárias      comunicações.
                       Palácio da Presidência do Estado de Goiás, 18 de setembro de 1909. 21º da            República.
                       Urbano Coelho de Gouvea.
                        Semanário Oficial, 25 de setembro de 1909. Número 479
 
o casamento do primeiro Intendente
 
Através de informações colhidas nos documentos da Igreja Católica é possível verificar no casamento de Messias e o Coronel Jacintho Brandão, relações de poder entre a Igreja e o Coronel, assim como o poder de sedução da então jovem de 16 anos, que realizou o seu desejo de se casar na Igreja Católica. O Coronel Jacintho Brandão havido sido padrinho de batizado de Messias no ano de 1884 e o padre local se recusara a fazer o casamento em 1900 por este motivo, mas o obstáculo foi vencido com a vida de outro padre da cidade de Tupaciguara que realizou a cerimônia religiosa.
Santa Rita do Paranaíba, 30 de Janeiro de 1900
                          Como admirador da hospitaleira terra Goiana, e dando ostentação ao meu internado reconhecimento, peço-vos dar inserção desta alinhada linha no vosso conceituado, quão  criterioso “Goyaz”. Cheio, como se diz, e realmente pomposo, acrescento eu este dia   trinta de janeiro neste arraial sempre merecedor das boas graças da situação dominante. É o caso, Sr. Redator, que jamais se apagará da memória dum Santarritense criterioso e agradecido. Todos       unicorde, anima,festejamos o enlace do nosso chefe político o Sr. Jacintho Brandão com a senhorita D. Messias Marquez, predileta filha do    nosso amigo, o Sr. Damaso Marquez e a Senhora Dona Filomena Alexandrina da Silveira. Teve lugar o acto civil com todas as formalidades da lei, em casa da residencia do nubente, em seguida, o acto religioso. Não sei o que mais admirar, Sr. Redator, se o escrupulo na observação a Lei do nosso regime Republicano ou no restrito cumprimento ás leis eclesiásticas, já que católicos somos, todos nós.      Na ocasião do acto religioso, o Vigário da vizinha freguezia da Abadia do Bom Sucesso, que para administrar sacramentos nesta           freguezia obtivera licença, em palavras  repassadas de unção explicando o grande sacramento, saudou calorosamente aos nubentes. Servio-se em seguida profuso copo de cerveja,           levantando-se diversos brindes: do Reverendo Vigário, fazendo interessante paradoxo entre as flores naturais e artificiais que embelezavam a sala de festim e os futuros dias de encantos e harmonia que desejava aos noivos(...). Em seguida (…)         Mais uma vez, Sr. Redator tivemos ocasião de admirar     prendados distitivos do nosso chefe. Pois em linguagem limitada e significativa pediu      a todos que o acompanhasse em uma saudação a seus velhos           amigos que não puderam atender a seu convite. Terminou se finalmente, Sr. Redator, esta festa realmente de família com as emocionantes expressões do Reverendo Vigário, saudando na           pessoa do nosso chefe a         todos os goianos e na pessoa de sua então digna consorte o sexo que em todas as esposas se impõe, com uma coroa de virgem, ou com a        duplice aurola de esposa e mãe. Sim,          Sr. Redator, o dia trinta jamais se apagará de nossa memória, e assim rendemos um pleito alias mereceo ao Coronel Jacinto e a distinta família Marquez. (um santaritense) (GOYAZ, 1900).


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