Fonte: Antonio Pereira - Jornal CORREIO DE UBERLÂNDIA
24-01-2010
A inauguração da ponte Afonso Pena – parte 2
A festa começou cedo. Às cinco horas da manhã, os galos cantores de Itumbiara
se espantaram com a salva de vinte e um tiros. Às quinze horas, imensa massa
popular, mais duas bandas de música, foram até o escritório da comissão que
construiu a ponte e de lá voltou com o dr. João Luiz Mendes Diniz à frente
(homenageado com a avenida Engenheiro Diniz, no Bairro Martins). Foram para a
Ponte. No meio dela, onde se separam os Estados, o cônego Theóphilo de Paiva (de
Santa Rita), auxiliado pelo padre Francisco (de Monte Alegre), procedeu à
bênção. Foram padrinhos do ato: João Severiano Rodrigues da Cunha, Custódio
Pereira, Arlindo Soares Parreira, Antônio José Carlos Peixoto, Antônio Xavier
Guimarães, Nicodemos de Macedo, Militão de Almeida, Jacinto Brandão e Francisco
Olímpio de Paiva. Terminada a bênção, o engenheiro Diniz acabou de atravessar a
Ponte seguido por autoridades e o povo numa soma aproximada de duas mil pessoas.
Do lado mineiro, o dr. Diniz fez longo discurso.
Em seguida um escriturário da comissão de construção da ponte, Colombo Vasques, leu a ata da inauguração. Dada a palavra livre, o primeiro a usá-la foi o representante da Câmara uberabinhense, o Joanico (João Severiano). Em seguida, em nome do governo mineiro, falou o dr. Francisco Vieira de Oliveira e Silva. E mais o capitão e poeta Felizardo Fontoura e o major Olympio de Vasconcelos (representando a Câmara e o povo de Monte Alegre). O governo goiano foi representado pelo coronel Antônio Xavier Guimarães e a Vila de Santa Rita pelo capitão Sidney de Almeida.
Diniz recebeu vários telegramas de Morrinhos, de Goiás, de São Francisco, de Monte Alegre e de Uberabinha. Os de Uberabinha vieram assinados um por empresários, líderes políticos e autoridades, e outro pelos empregados do comércio. No rancho onde se abrigaram as bandas de musica, logo após a inauguração oficial, foi servido um “profuso copo de cerveja”, como se dizia na época, com vários brindes erguidos.
Curiosidades sobre a ponte: foi construída no sistema pênsil rígido com um vão livre central de 124m. Tinha o apoio de dois pilares com 2000m3 de alvenaria que sustentavam 8 torres medindo 17,8m de altura, cada. Estes, sustentavam 14 cabos de aço com 221m cada e cada cabo sustentava 125 toneladas. Para testar a sua capacidade de sustentação, foi mantida uma carga de duzentas toneladas durante 24 horas sobre o estrado do vão livre. A ponte custou quinhentos contos de réis, cem só de carreto.
Após a inauguração, para comprovar sua resistência, transitaram ininterruptamente pela ponte 1850 bois e 6 carros de bois carregados.
Antônio Pereira da Silva, do IATapis.silva@terra.com.br
Fonte: jornais da época
Em seguida um escriturário da comissão de construção da ponte, Colombo Vasques, leu a ata da inauguração. Dada a palavra livre, o primeiro a usá-la foi o representante da Câmara uberabinhense, o Joanico (João Severiano). Em seguida, em nome do governo mineiro, falou o dr. Francisco Vieira de Oliveira e Silva. E mais o capitão e poeta Felizardo Fontoura e o major Olympio de Vasconcelos (representando a Câmara e o povo de Monte Alegre). O governo goiano foi representado pelo coronel Antônio Xavier Guimarães e a Vila de Santa Rita pelo capitão Sidney de Almeida.
Diniz recebeu vários telegramas de Morrinhos, de Goiás, de São Francisco, de Monte Alegre e de Uberabinha. Os de Uberabinha vieram assinados um por empresários, líderes políticos e autoridades, e outro pelos empregados do comércio. No rancho onde se abrigaram as bandas de musica, logo após a inauguração oficial, foi servido um “profuso copo de cerveja”, como se dizia na época, com vários brindes erguidos.
Curiosidades sobre a ponte: foi construída no sistema pênsil rígido com um vão livre central de 124m. Tinha o apoio de dois pilares com 2000m3 de alvenaria que sustentavam 8 torres medindo 17,8m de altura, cada. Estes, sustentavam 14 cabos de aço com 221m cada e cada cabo sustentava 125 toneladas. Para testar a sua capacidade de sustentação, foi mantida uma carga de duzentas toneladas durante 24 horas sobre o estrado do vão livre. A ponte custou quinhentos contos de réis, cem só de carreto.
Após a inauguração, para comprovar sua resistência, transitaram ininterruptamente pela ponte 1850 bois e 6 carros de bois carregados.
Antônio Pereira da Silva, do IATapis.silva@terra.com.br
Fonte: jornais da época
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