SECRETARIA MUNICIPAL ANUNCIA CRIAÇÃO DE MAIS 6 ESF - EQUIPES DA SAÚDE DA FAMÍLIA EM 2013 E INAUGURAÇÃO DA UPA 24 HORAS PARA O FINAL DE AGOSTO
Em entrevista ao programa matinal da Rádio Difusora nesta manhã de sábado, o Secretário Municipal de Saúde de Itumbiara Wanderlei Domingos da Costa anunciou para o final de agosto a Inauguração da UPA 24 horas e a instalação de três Equipes do Programa Saúde da Família, de um total de seis que serão implantadas em 2013, aumentando o atendimento de 52% da população para 80% na atenção básica.
Um dos problemas a ser enfrentado, será a de contratação de novos profissionais, cuja demanda de médicos será aumentada em pelo menos mais onze, sendo cinco para a UPA e um para cada equipe do PSF.
o Secretário Wanderlei Domingos afirmou que o déficit atual é de 20 profissionais e que o município tem oferecido boas condições de remuneração e de serviços para atrair novos profissionais.
Além destas unidades, está em construção uma Unidade Básica da Saúde e outra já foi aprovada para o Município.
Cada ESF utiliza um médico, um odontólogo, um enfermeiro, além da equipe de apoio de técnicos na área de enfermagem, odontologia e entre quatro a seis Agentes Comunitário da Saúde.
Além de catorze equipes que atualmente atende no Município, desde 2008 foram criados três PACs - Programa de agentes comunitários de saúde com enfermeiros responsáveis e que necessitam apenas de um médico e da equipe de saúde bucal para serem completados. Provavelmente estes PACS que estão cadastrados no CAIS e no Bairro Alto da Boas deverão ser completados e transformados em PSFs em áreas a ser definidas.
Wanderlei Domingos que é médico anestesiologista e que dirige a Saúde desde 2010 prometeu ainda este ano ampliar para vinte unidades do PSF. Atualmente oito equipes trabalham nas Clinicas Populares com sedes próprias e seis estão instaladas em imóveis locados.
PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA
O QUE É?
O Ministério da Saúde criou, em 1994, o Programa Saúde da Família (PSF). Seu principal propósito: reorganizar a prática da atenção à saúde em novas bases e substituir o modelo tradicional, levando a saúde para mais perto da família e, com isso, melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.
A estratégia do PSF prioriza as ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde das pessoas, de forma integral e contínua. O atendimento é prestado na unidade básica de saúde ou no domicílio, pelos profissionais (médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem eagentes comunitários de saúde) que compõem as equipes de Saúde da Família. Assim, esses profissionais e a população acompanhada criam vínculos de co-responsabilidade, o que facilita a identificação e o atendimento aos problema de saúde da comunidade.
Diante dos ótimos resultados já alcançados, o Ministério da Saúde está estimulando a ampliação do número de equipes de Saúde da Família no Brasil. E, para isso, é fundamental a mobilização das comunidades e dos prefeitos, pois só por intermédio deles as portas dos municípios se abrirão para a saúde entrar.
PRINCÍPIOS BÁSICOS
A estratégia do PSF incorpora e reafirma os princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS) - universalização, descentralização, integralidade e participação da comunidade - e está estruturada a partir da Unidade Básica de Saúde da Família, que trabalha com base nos seguintes princípios:
Caráter substitutivo
O PSF não significa criação de novas unidades de saúde, exceto em áreas totalmente desprovidas das mesmas.
Integralidade e hierarquização
A Unidade de Saúde da Família está inserida no primeiro nível de ações e serviços do sistema local de assistência, denominado atenção básica. Deve estar vinculada à rede de serviços, de forma que se garanta atenção integral aos indivíduos e famílias e que sejam asseguradas a referência e a contra-referência para clínicas e serviços de maior complexidade, sempre que o estado de saúde da pessoa assim exigir.
Territorialização e cadastramento da clientela
A Unidade de Saúde da Família trabalha com território de abrangência definido e é responsável pelo cadastramento e o acompanhamento da
população vinculada (adscrita) a esta área. Recomenda-se que uma equipe seja responsável por, no máximo, 4.500 pessoas.
Equipe multiprofissional
Cada equipe do PSF é composta, no mínimo, por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitários de saúde (ACS). Outros profissionais - a exemplo de dentistas, assistentes sociais e psicólogos - poderão ser incorporados às equipes ou formar equipes de apoio, de acordo com as necessidades e possibilidades locais. A Unidade de Saúde da Família pode atuar com uma ou mais equipes, dependendo da concentração de famílias no território sob sua responsabilidade.
Como começou
A estratégia do PSF foi iniciada em junho de 1991, com a implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Em janeiro de 1994, foram formadas as primeiras equipes de Saúde da Família, incorporando e ampliando a atuação dos agentes comunitários (cada equipe do PSF tem de quatro a seis ACS; este número varia de acordo com o tamanho do grupo sob a responsabilidade da equipe, numa proporção média de um agente para 575 pessoas acompanhadas).
Funcionando adequadamente, as unidades básicas do programa são capazes de resolver 85% dos problemas de saúde em sua comunidade, prestando um atendimento de bom nível, prevenindo doenças, evitando internações desnecessárias e melhorando a qualidade de vida da população.
COMO FUNCIONA
Atribuições dos membros das equipes:
Médico:
atende a todos os integrantes de cada família, independente de sexo e idade, desenvolve com os demais integrantes da equipe, ações preventivas e de promoção da qualidade de vida da população.
Enfermeiro:
supervisiona o trabalho do ACS e do Auxiliar de Enfermagem, realiza consultas na unidade de saúde, bem como assiste às pessoas que necessitam de cuidados de enfermagem, no domicílio.
Auxiliar de enfermagem: realiza procedimentos de enfermagem na unidade básica de saúde, no domicílio e executa ações de orientação sanitária.
Agente Comunitário de Saúde:
faz a ligação entre as famílias e o serviço de saúde, visitando cada domicílio pelo menos um vez por mês; realiza o mapeamento de cada área, o cadastramento das famílias e estimula a comunidade para práticas que proporcionem melhores condições de saúde e de vida.
Cada equipe é capacitada para:
conhecer a realidade das famílias pelas quais é responsável, por meio de cadastramento e diagnóstico de suas características sociais,
demográficas e epidemiológicas;
identificar os principais problemas de saúde e situações de risco aos quais a população que ela atende está exposta;
elaborar, com a participação da comunidade, um plano local para enfrentar os determinantes do processo saúde/doença;
prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e racionalizada à demanda, organizada ou espontânea, na Unidade de Saúde da Família, na comunidade, no domicílio e no acompanhamento ao atendimento nos serviços de referência ambulatorial ou hospitalar;
desenvolver ações educativas e intersetoriais para enfrentar os problemas de saúde identificados.
Como Implantar
A implantação do Programa Saúde da Família depende, antes de tudo, da decisão política da administração municipal, que deve submeter a proposta ao Conselho Municipal de Saúde e discutir o assunto com as comunidades a serem beneficiadas. O Ministério da Saúde, juntamente com as Secretarias Estaduais de Saúde, está empenhado em dar todo o apoio necessário à elaboração do projeto e à sua implantação, que começa com as seguintes etapas:
identificar as áreas prioritárias para a implantação do programa; mapear o número de habitantes em cada área;
calcular o número de equipes e de agentes comunitários necessários;
adequar espaços e equipamentos para a implantação e o funcionamento do programa;
solicitar formalmente à Secretaria Estadual de Saúde a adesão do município ao PSF;
selecionar, contratar e capacitar os profissionais que atuarão no programa.
Para maiores informações sobre como implantar o PSF em seu município, procure a Secretaria Estadual de Saúde.
Fonte:MP - RS
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