quarta-feira, 26 de julho de 2023

ITUMBIARA , UMA CIDADE MEDIA NA POLÍTICA, ECONOMIA E POPULAÇÃO


 

Enquanto chamada Santa Rita do Paranaíba, o então distrito de Santa Cruz de Goiás em 1852 e depois de Morrinhos (1855-1859/1872-1909) , até se tornar município independente em 1909, era um pequeno povoado, como retrata viajantes na época, como o engenheiro, professor e viajante conhecido como Visconde  Alfredo de Taunay, que descreve o local com apenas algumas casas no declive que levava ao porto que aproavam barcas de passagens. Somente depois que passou a se chamar Itumbiara, a partir de 1943 e ter um bom desenvolvimento na agricultura nos anos sessenta do século passado, ganhou importância em Goiás, como retratava o padre Nelson Fleury, ao descrever a grandeza da Agricultura na produção de arroz e inúmeras fazendas cheias de máquinas agrícolas até os anos setenta. Além da importância econômica, tinha também importância política, inclusive indicando o secretário de educação no governo José Feliciano e depois o principal secretário de governo de Otávio Lage no final da década de 1970. E assim Itumbiara figurou entre os grandes da economia goiana até os anos de 1980. Ainda na parte histórica, verifica-se na formação do território mais perdas do que ganhos, desde quando tudo  começou com  as picadas no começo do século XIX, depois uma Estrada a partir de 1824, um Porto, e o local virou um Arraial, povoado sem organização política administrativa, que só viria com a condição de Freguesia em 1852. A criação do distrito de Santa Rita do Paranaíba se deu com  à Lei ou Resolução provincial n.° 18, de 21 de agosto de 1852.  Em 16 de julho de 1909, por força da Lei estadual n.° 349, foi elevado à categoria de Município, constituído com território desanexado do de Morrinhos. A instalação verificou-se a 12 de outubro do mesmo ano. A Lei estadual n.° 518, de 27 de julho de 1915 concedeu à sede municipal foros de cidade. Na divisão administrativa do Brasil, referente ao ano de 1911, o Município de Santa Rita do Paranaíba aparecia com os distritos da sede e o de Bananeiras. A partir dessa data sofreu várias reformulações administrativas, ora perdendo, ora ganhando distritos. De 1911 a 1919 o distrito de São Sebastião das Bananeiras, hoje Goiatuba, pertencia ao Município de Santa Rita do Paranaíba. Buriti Alegre pertenceu a Santa Rita do Paranaíba de 1914 a 1920. De 1931 a 1952 o distrito de Divinópolis, que passou a se chamar Panamá fazia parte do município de Santa Rita do Paranaíba. Em 1992, foi emancipado o Distrito de Inaciolândia, que também fazia parte do Município de Itumbiara. De 1952 a 1962 Itumbiara ficou reduzido apenas ao distrito da sede quando, por força da Lei municipal n.° 386, de 27 de setembro de 1962, ganhou o distrito de Cachoeira Dourada, que seria emancipado em 1982.

Passados quase dois séculos, já que no próximo ano têm-se o bicentenário da fundação (por tradição considerada no ano de 1824), Itumbiara já não é das maiores entre as cidades goianas e situa-se em posição mediana em número de população, mas ainda entre as sete maiores na economia, sem perspectivas de voltar a ocupar os primeiros lugares como ocorreu entre as décadas de 1960 e 1970. Hoje é a décima terceira em população com 107.970 habitantes e tem a sétima economia com um PIB de R$ 4,7 bilhões e renda percapita de  R$ 45 mil. Na representação política estadual conta apenas com um deputado estadual e nenhum representante no governo. Não é mais a cidade do agro que foi nas décadas de 1960 e 1970, já que o setor representa apenas 6,7% do PIB, enquanto a indústria chega a 30,8%, sendo destaque a área de serviços com 39,2$ e a Administração Pública chega a 11,8% do PIB.

No mercado de Trabalho, segundo dados da RAIS de 2021, possui cerca de 30 mil com empregos formais, sendo a maioria empregada no setor de serviços com 9543, a indústria com 7152, seguida pelo comércio com 7091, a Administração Pública com 3236 e por último a agricultura com 2582. Logo, o município tem como principal atividade econômica, a área de serviços e não mais a agricultura, com a indústria desempenhando o principal papel de geração de riquezas e também pagando a melhor média salarial, que chega por volta de R$ 3 mil. Com esse quadro de empregados, observa-se pelos dados do CAGED, que na pós-pandemia e recuperação de empregos, é justamente o setor de serviços que mais gera empregos, pois do total de 1779 gerados no ano de 2022, 873 foi do segmento de serviços, seguido pela construção civil com 338 e 245 na agropecuária. Em síntese, o município de Itumbiara se tornou mediano em população  e na economia e perdeu espaço no campo política, já que vive um processo de formação de novas lideranças políticas. Não tem perspectivas a curta prazo de avançar na economia e corre o risco já na próxima consolidação do PIB de 2021, perder a sétima colocação para Luziânia, que cresceu na economia, em população e também na ocupação de espaços políticos, até porque já tem o dobro do eleitorado de Itumbiara, que hoje é de cerca de 74,5 mil eleitores. O lado bom de ser médio é o da qualidade de vida e da necessidade de poucos investimentos  para completar a infraestrutura, que depende de um novo aterro sanitários e vias como perimetral Norte e Anel Viário para desafogar o trânsito em número de veículos e também caminhões na zona central. Destaca-se ainda que continuará a ocupar um espaço de município polo na região do Sul Goiano ou microrregião do Meia Ponte, principalmente pela oferta do comércio e de serviços. Afinal, nem tudo é ruim em ser médio, apesar  do sonho de grandeza sempre estar presente. Mas este sonho está cada vez mais distante.

 

Nilson Freire - Advogado

Mestre em Ciência Políticas pela Universidade de Coimbra e História pela PUC-GO

É especialista em Política e Administração Tributária pela FGV

Bacharel em Administração de empresas pela Fesit e Direito pela UFG

Licenciado em Ciências Físicas e Biológicas pela Fesit e História pela UEG

NO ANO DE 2016, ZÉ GOMES SE DESPEDE COMO PRESIDENTE DE HONRA DO ITUMBIARA E TIME FICA EM QUINTO NO CAMPEONATO GOIANO


          Zé Gomes da Rocha e sete ex-presidentes do Itumbiara no anúncio do elenco para 2016


O ano de 2016 marcou a despedida de Zé Gomes da Rocha como presidente de Honra do Itumbiara Esporte Clube, figura criada na diretoria após 2007, quando o então prefeito de Itumbiara reaproximou-se do clube para ajudar a montar as equipes, depois de ter sido presidente nos anos de 1986, 1991, 1992, 1994 a 1996. Como presidente de Honra, o clube foi campeão goiano em 2008, campeão do interior em 2007 e 2009, comandou os acessos nos anos de 1991, 2011 e 2014. Depois de levar um processo judicial por ter contratado algumas pessoas ligadas ao clube no seu gabinete de deputado federal em 1996, ficou até 2007 longe do clube, mas se dedicou entre 2007 e 2016 para que o time conquistasse o campeonato goiano e tentasse o bicampeonato pela última vez em 2016.

O técnico Zé Humberto, que já havia comandado o clube em 2007, 2012, 2014 e 2015, foi convidado para o comando técnico em 2016. Depois de sete rodadas, acabou sendo substituído por Zé Teodoro.

O time base era forte na defesa com Rodrigo Calaça, Maranhão, leandro Amaro, Gladstone e Fabiano. Tinha também um bom meio campo com Francesco, Memo, Léo Gago e Felipe Brisola, mas o ataque do time acabou não correspondendo, já que o jovem Lucas Rangel fez apenas dois gols e o craque Hiltinho que veio do Sampaio Correia na Série B do Brasileiro, foi artilheiro do clube com apenas 3 gols. Léo Gago, o craque da camisa 10, fez apenas 2 gols. Sem corresponder no ataque, a desclassificação do time para as semifinais acabou acontecendo em Trindade, em um jogo que o time local era o lanterna da competição e caiu naquele ano, revelou o jogador Galeno, hoje do Porto de Portugal e que fez 2 gols na derrota do Itumbiara par ao Trindade por 3 a 1. Outros jogadores que atuaram: Jackson, Braga, Thiago Elias, Hugo ALmeida, Lima, Bruno Farias, Robertinho, Jean Batista, Diego Bispo, Tuco e os meninos da casa João de Deus e João Manuel.










terça-feira, 25 de julho de 2023

ASPECTOS FÍSICOS DO TERRITÓRIO GOIANO - CADERNO DE CONCURSOS


 FONTE: INSTITUTO MAURO BORGES - GO-DADOS 2022

Território

O Estado de Goiás, localizado na região Centro-Oeste do Brasil, ocupa uma

área de 340.242,854 km² (IBGE,2021). É o 7º estado do País em extensão territorial. Limita-se ao norte com o estado do Tocantins, ao sul com Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, a leste com a Bahia e Minas Gerais e a oeste com Mato Grosso. Goiás possui 246 municípios e envolve quase todo o Distrito Federal, exceto seu extremo sudeste.

 

Recursos Hídricos

O Estado de Goiás possui características peculiares em relação à sua

hidrografia. Em seu território nascem drenagens alimentadoras de três importantes Regiões Hidrográficas do país (Araguaia/Tocantins, São Francisco e Paraná), tendo como divisores os planaltos do Distrito Federal e Entorno e os altos topográficos que atravessam os municípios de Águas Lindas de Goiás, Pirenópolis, Itauçu, Americano do Brasil, Paraúna, Portelândia até as imediações do Parque Nacional das Emas.

 

Região Hidrográfica Tocantins/Araguaia: é representada pelos cursos d’água que vertem no sentido sul-norte. Destacam-se, como tributários principais, os rios Araguaia e Tocantins, os quais têm confluência em outras unidades da Federação. Ocupa uma área de 211.143,78 km².

Região Hidrográfica do São Francisco: situa-se na porção leste do estado e ocupa uma área de 3.498,04 km², sendo representada pelas nascentes dos rios Preto, Bezerra e Urucuia.

Região Hidrográfica do Paraná: localiza-se na porção centro-sul do estado,

ocupando 156.166,18 km2. É representada, em Goiás, pelos afluentes da margem direita do Rio Paranaíba, dentre os quais se destacam os rios Corumbá, Meia Ponte, dos Bois, Claro e Aporé.

 

Solos

No estado de Goiás os principais solos são: Argissolo, Cambissolo,

Chernossolo, Gleissolo, Latossolo, Neossolo, Nitossolo, Organossolo, Planossolo, e Plintossolo, sendo o Latossolo o grupo predominante. Possuem fertilidade natural variável de baixa a alta, dependendo do tipo de relevo predominante e da rocha geradora do solo. Os Latossolos Vermelhos predominam no sudoeste, ocupando 42,8% do estado. Apesar da baixa fertilidade, o relevo, as baixas declividades e a grande espessura desse

solo favorecem a agricultura mecanizada. Outros 9,1% são ocupados por Latossolos Amarelo e Vermelho-Amarelo, em áreas onde predominam pastagens plantadas.

 

Relevo

O estado é privilegiado quanto ao relevo. Geralmente, este apresenta baixa

declividade, não impedindo a ocupação e muito menos prejudicando ou influindo significativamente nas mudanças climáticas.

Cerca de 65% da superfície de Goiás é formada por terras relativamente planas (chapadões), configurando 4 Superfícies Regionais de Aplainamento: I) entre 1.100 e 1.600m de altitude; II) entre 900 e 1.000m; III) entre 650 e 1.000m; e IV) entre 250 e 550. Encontram-se separadas uma das outras por áreas de colinas suaves ou por escarpas de maior declividade (Zonas de Erosão Recuante). Além disso, as superfícies mais altas são, também, as mais antigas. Às margens dos grandes rios, Araguaia e Tocantins, predominam ligeiras ondulações que se aplainam em grandes áreas de Cerrado bastante favoráveis à agricultura e à pecuária. A altitude variável acima de 182m, a partir das ribanceiras dos grandes cursos d’água, especialmente do Araguaia, permite o aproveitamento quase integral do solo. Ao se afastar dos leitos, as elevações sobem até 1.600m, nas regiões mais elevadas, chegando a atingir até 1.676m no ponto mais alto do estado, na Serra do Pouso Alto, na Chapada dos Veadeiros, não havendo, portanto, cadeias de montanhas impenetráveis. As dificuldades de ocupação e exploração econômica também inexistem

e não chegam a interferir de maneira sensível na distribuição das chuvas ou nas variações climáticas no restante do estado.

 

Clima

O tipo climático que caracteriza o estado de Goiás é o clima tropical com

verões chuvosos e invernos secos. As temperaturas médias anuais no ano de 2020 variaram entre média máxima mensal de 38°C nos meses de setembro e outubro e, a média mínima mensal de 28°C aproximadamente nos meses de maio e junho. Há duas estações climáticas bem definidas, sendo que uma delas apresenta altos índices pluviométricos entre outubro e abril, período em que ocorrem 95% das precipitações anuais; a outra é caracterizada por baixos índices pluviométricos no período de (maio a setembro). A precipitação pluviométrica acumulada média anual entre os anos de 2011 e 2019 ficou em entre 1200 a 1700 mm.  Os meses de agosto, setembro e outubro geralmente apresentam as maiores temperaturas do ar, com médias máximas entre 34° e 38°C, enquanto as médias mínimas, em torno de 28,5°C, ocorrem nos meses de maio e junho, segundo a série histórica de 2011 a 2020.

As informações de precipitação foram adquiridas a partir dos dados de

precipitação compilados a partir das imagens GPM IMERG (Global  recipitation

Measurement) e os dados de temperatura das imagens MODIS (MOD11C3), ambas no período de 2011 a 2020.

Vegetação

Salvo pequena área onde dominam formações florestais, conhecidas como

Mato Grosso Goiano, a maior parte do território do Estado de Goiás apresenta o tipo de vegetação escassa do Cerrado, com árvores e arbustos de galhos tortuosos, cascas grossas, folhas cobertas por pelos e raízes muito profundas. O Cerrado cobre em torno de 70% do território goiano.

O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro e da América do Sul, depois da

Amazônia e concentra 1/3 da biodiversidade nacional e 5% da flora e da fauna mundiais. A flora do Cerrado é considerada a mais rica savana do mundo e, estima-se que entre 4.000 a 7.000 espécies compõem esta região.

Os solos do Cerrado do Centro-Oeste foram considerados, até o final dos anos

60, impróprios para a agricultura. De fato, é mínima a quantidade de solos com boa fertilidade natural. A pesquisa científica, entretanto, tornou os Latossolos – que no Centro-Oeste ocupam 90 milhões de hectares (15 milhões em Goiás) – a área mais propícia para as culturas de grãos, graças aos solos profundos, bem drenados e com inclinações normalmente inferiores a 3%, o que favorece a mecanização do cultivo. A projeção de Goiás no cenário agropecuário do Brasil se deve,

particularmente, ao domínio tecnológico do ecossistema dos Cerrados. Com a adequada correção dos solos e a consequente inserção dos campos de Cerrado, no processo produtivo, a agricultura no estado deu um salto rumo ao desenvolvimento – quer pelo plantio de culturas anuais, quer pelo plantio de pastagens.

 

 

Transporte

A infraestrutura de transportes é fundamental para o desenvolvimento

econômico de um local ou região. No caso de Goiás não é diferente e o estado conta com uma localização privilegiada no país. Tal localização, centralizada no território brasileiro, favorece ao uso de modais distintos – rodoviário, ferroviário, aeroviário, hidroviário e duto viário – que interligam às demais regiões do Brasil. Os Mapas de logística de transporte em Goiás e o Mapa de Aeródromos estão disponíveis no Atlas Goiás 2021 no link: http://www.sieg.go.gov.br/maps/atlas/.

Ferroviário

Em Goiás, duas ferrovias estão em operação. O estado dispõe de 685 km da

Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) que atende a região sudeste do estado e o Distrito Federal. A FCA tem 7.080km de extensão e é considerada a principal e mais eficiente eixo de conexão entre as regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Integra grandes portos como os de Vitória-ES, Santos-SP, Angra dos Reis-RJ, Salvador-BA, e com o Porto Seco de Anápolis-GO. É um grande corredor de importação e exportação de produtos para Goiás como: açúcar, adubos e fertilizantes, derivados de petróleo e álcool, produtos siderúrgicos, soja e farelo de soja, fosfato, ferro-gusa, minérios, contêineres e carga geral (DNIT,2022 – Atlas Ferroviário DNIT). A Ferrovia Norte-Sul entre Anápolis-GO e Palmas-TO integrará o trecho até o porto de Itaqui no Maranhão. Outro trecho da ferrovia Norte-Sul liga Anápolis a Estrela

d’Oeste, em São Paulo. No trecho sul, há obras em andamento. Assim, essa ferrovia

terá, em território goiano, 991 km de trilhos, os quais atravessarão as Regiões Norte, Central e o Sudoeste do estado. A expectativa é que ela mude o perfil econômico do Brasil Central (DNIT,2022 Atlas Ferroviário DNIT).

 

Aeroviário

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o Estado de

Goiás conta com 25 aeródromos públicos, dentre eles, 3 se configuram como aeroportos utilizados por voos domésticos regulares e não regulares, sendo eles: Anápolis, Caldas Novas e Rio Verde. O Aeroporto de Goiânia é o único operado pela INFRAERO e realiza voos internacionais. Nesses quatro aeroportos houve o embarque de 922.662 passageiros, o transporte de mais de 3 toneladas de cargas e 8.297 decolagens, entre voos domésticos e internacionais. O Estado conta ainda com 151 aeródromos privados,

segundo últimas informações da ANAC.

 

Hidroviário

Com 2.400 km de extensão, a Hidrovia Tietê-Paraná tem como trecho mais

relevante o percurso entre São Simão-GO e Pederneiras-SP, o que favorece, de forma econômica e segura, o escoamento de parte da produção goiana de grãos. O Complexo Portuário de São Simão, localizado à margem direita do Rio Paranaíba, no sul de Goiás, transporta madeira, carvão, adubo e areia, mas também, grandes empresas transportam soja, farelo de soja e milho. As mercadorias vão de São Simão até Pederneiras ou Anhembi-SP em barcaças, nas quais os produtos seguem por modal ferroviário ou rodoviário até o porto de Santos-SP.

Rodoviário

A condição geral das rodovias localizadas no estado está assim distribuída:

8,1% das rodovias em ótimo estado, 27,4% bom, 41,3% regular, 16,8% ruim e 6,4% péssimo (CNT, 2021). Sobre a classificação de alguns aspectos das rodovias, 29,1% da superfície do pavimento se encontram em ótimas condições. Quanto à sinalização, em 27,4% das rodovias, é considerada boa. Destaque que, nos últimos anos houve a duplicação das principais rodovias que cortam o estado, estando algumas com obras em andamento.

 

ECONOMIA

Na economia, mudanças estruturais vêm ocorrendo nas atividades produtivas

de Goiás. A indústria, que acumulou 1,7% de crescimento no ano de 2020 foi o único segmento dos grandes setores econômicos com crescimento.

O alto crescimento do setor industrial ocorre por conta de alguns fatores, entre

eles os quais se destacam: a localização privilegiada do estado no território nacional; a produção e exploração de algumas matérias-primas, principalmente de origem agropecuária e extrativa, juntamente com a integração da agroindústria com a agropecuária moderna. Na agricultura, Goiás figura entre os maiores produtores em nível nacional de soja, sorgo, milho, feijão, cana-de-açúcar e algodão. O ótimo desempenho do setor agropecuário vem ocorrendo graças ao processo de modernização agrícola, principalmente a partir dos anos 1980. Na pecuária, o estado é destaque em rebanho bovino e está entre os maiores produtores nacionais.

Ainda, as atividades agropecuárias e minerais são destaques na produção de

commodities para exportação, sendo que, historicamente, a maior parte das exportações goianas é composta por produtos ligados a soja, carnes e minérios. O setor de serviços ainda é o maior gerador de renda e empregos no estado. Nessa atividade, o comércio tem peso relevante na economia goiana, tanto o comércio varejista como quanto atacadista. Este último tem se beneficiado da localização estratégica de Goiás como centro de distribuição para o resto do país, principalmente para o Norte e Nordeste. Tudo isso contribui para que Goiás seja uma das maiores economias entre os

estados brasileiros.

 

 

 

segunda-feira, 17 de julho de 2023

EM 2015, O TIME DO ITUMBIARA FEZ O MILÉSIMO JOGO NA PRIMEIRA DIVISÃO DE GOIÁS E EMPATOU COM A APARECIDENSE


         Equipe do Itumbiara que chegou ao milésimo jogo pela primeira divisão do Campeonato Goiano

         Em pé: Massagista Preto, preparador Físico Plauto Vilas Boas, Cássio, Levi, Paganelli, Eder Baiano, Rodrigo Calaça e preparador de goleiros Adiel. Agachados: Elivelto, Nildo, Luisinho, Anderson Kammar, Leandro e Douglas

Técnico: Zé Humberto

Presidente; Raul Jota Santos

1013 JOGOS NO CAMPEONATO GOIANO PRIMEIRA DIVISÃO

350 VITÓRIAS

297 EMPATES

366 DERROTAS

1160 GOLS MARCADOS - 1220 GOLS SOFRIDOS

NO JK - 507 JOGOS - 713 GOLS MARCADOS - 489 GOLS SOFRIDOS

240 VITÓRIAS - 138 EMPATES - 129 DERROTAS

FORA DE ITUMBIARA - 506 JOGOS - 447 GOLS MARCADOS - 731 GOLS SOFRIDOS

110 VITÓRIAS - 159 EMPATES - 237 DERROTAS

Em 2015, a equipe do Itumbiara montou um elenco que preparou-se para chegar entre os quatro melhores do campeonato e era líder do seu grupo até perder a liderança para o Trindade no JK, quando faltavam apenas três rodadas para o término da primeira fase. Com o resultado, o Trindade avançou para as semifinais e o Itumbiara ficou com o quinto lugar. O time era muito forte na defesa e tonou apenas 9 gols em 14 jogos, mas o ataque não conseguia marcar e os dois artilheiros do time, Douglas e Jefferson Maranhense, fizeram apenas dois gols cada.

Milésimo jogo do Itumbiara no campeonato goiano da primeira divisão

No dia primeiro de fevereiro de 2015, a equipe do Itumbiara jogou pela milésima vez no campeonato goiano da primeira divisão e só empatou sem gols com o time da Aparecidense em Aparecida de Goiânia. Naquele jogo, a equipe do Itumbiara jogou com Rodrigo Calaça, Cássio, Eder Baiano, Paganelli e Leandro. Nildo, Levi, Kasado (Elizeu), Elivelto (Douglas), Luisinho (Ernane) e Anderson Kammar.

Veja todos os jogos do Itumbiara até 2015 - 1013 JOGOS



sexta-feira, 14 de julho de 2023

OS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO EM ITUMBIA COM O NOVO MARCO LEGAL DE SANEAMENTO BÁSICO

 


NOVOS DECRETOS DO GOVERNO FEDERAL MUDAM REGULAMENTO DO MARCO LEGAL DO SANEAMENTO. COM CONTRATO VENCIDO EM 2022, ITUMBIARA  DEVERÁ ESCOLHER MODELO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO

 

Depois de uma disputa entre 2002 e 2004 para a retomada da exploração dos serviços de abastecimento de água tratada e esgotamento sanitário, em 2005 o município de Itumbiara concedeu a Saneago, sociedade de economia mista do Estado de Goiás,  a exploração dos serviços por 17 anos e 7 meses a partir do contrato assinado em fevereiro de 2005 e com vigência entre 15 de junho de 2002 e  15 de junho de 2022.

Em 2020, o governo federal aprovou mudanças no marco legal de saneamento e dificultou as renovações de contratos pelas empresas concessionárias. Em abril deste ano, foram publicados dois decretos que permitiria a continuidade de contratos antigos e a contratação destas empresas, mas devido discordância do Congresso Nacional que inclusive apresentou um projeto de Decreto Legislativo para suspender os decretos federais, o governo federal revogou os decretos de abril e publicou novos em atendimento a deputados e senadores. Com a nova regulamentação, com contrato vencido, o município de Itumbiara tem agora três caminhos:

-  poderá prestar os serviços públicos de saneamento básico: - diretamente, por meio de órgão de sua administração direta, ou por autarquia, empresa pública ou sociedade de economia mista que integre a sua administração indireta; ou - indiretamente, por meio de concessão, em quaisquer das modalidades admitidas, mediante prévia licitação, conforme o disposto no art. 10 da Lei 11.445, de 2007, vedada a sua disciplina mediante  contrato de programa, convênio, termo de parceria ou outros instrumentos de natureza precária.

 

Outro caminho incentivado pelo novo marco de saneamento é a  prestação regionalizada de serviços de saneamento,  modalidade de prestação integrada de um ou mais componentes dos serviços públicos de saneamento básico em determinada região cujo território abranja mais de um Município, com uniformização da regulação e da fiscalização e com compatibilidade de planejamento entre os titulares, com vistas à geração de ganhos de escala e à garantia da universalização e da viabilidade técnica e econômico-financeira dos serviços, e poderá ser estruturada em unidade regional de saneamento básico - unidade instituída pelos Estados mediante lei ordinária, constituída pelo agrupamento de Municípios não necessariamente limítrofes, para atender adequadamente às exigências de higiene e saúde pública, ou para dar viabilidade econômica e técnica      aos Municípios menos favorecidos;

 

Em Itumbiara, o município concedeu os serviços em 2005 com condições favoráveis, já que durante o período de concessão, recebe 5% do faturamento total dos serviços em Itumbiara e que superou a R$ 2 milhões de royalties em 2022.  Outro benefício foi concedido diretamente aos usuários dos serviços com cobrança reduzida nos serviços de esgotamento sanitário a 20% da tarifa cobrada pelo consumo de água, enquanto não fosse concluída a Estação de Tratamento de Esgotos, tivesse o pleno funcionamento e não houvesse poluição dos mananciais. 

Enquanto se cobra em média R$ 1,63 pelo m3 relativo ao esgotamento sanitário em Itumbiara, no Brasil a tarifa média chega a R$ 4,17 e em Goiás R$ 5,68, conforme números do SNIS de 2021. Por isso o faturamento da empresa em Itumbiara praticamente empata com as despesas para operação do sistema, já que conforme dados do SNIS de 2021, enquanto o faturamento com os serviços de água chegou a R$ 35,4 milhões, a arrecadação com a tarifa do serviço de esgotamento sanitário foi de R$ 10,3 milhões, para despesas de R$ 46 milhões.

Com o vencimento do contrato de concessão em junho de 2022, o município deve decidir no próximo ano em relação ao modelo que vai seguir, se retomada dos serviços, licitação para nova concessão ou entrar em uma microrregião e também licitar os serviços. O município ainda não tem um plano de saneamento básico, mas os números de atendimento a população nos serviços de água tratada estão pertos da meta de universalização prevista para o ano de 2033 no marco de saneamento básico que é de 99%  e os últimos números divulgados chegaram a 95,79% da população. Já em relação aos serviços de esgotamento sanitários, já estão universalizados, uma vez que a meta é de 90% e já chegou a 95%.

Um dos desafios a ser vencido, trata de reduzir as perdas de água de 40% para 25% até 2033. Dados de 2021 do SNIS, mostram que após uma produção de cerca de 10 milhões  de m3 anuais de água bruta, foram tratadas 9,1 milhões de m3 , enquanto o consumo chegou a 5,8 milhões de m3 e o faturado de 5,9 milhões de m3, o seja, quase metade da água produzida se perde até chegar ao consumidor.

As incertezas entre o novo modelo de contratação a ser adotado, podem dificultar investimentos futuros nos serviços, embora a concessionária goiana esteja investindo cerca de R$ 8 milhões na ampliação do sistema de abastecimento de água. Os novos decretos federais que foram publicados podem inviabilizar novos investimentos, o que requer decisões sobre o modelo de prestação a ser adotado nos próximos anos..

 

 

Conheça os números dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário em Itumbiara, conforme dados do SNIS – Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento, publicados em dezembro de 2022 relativo ao ano de 2021:

Situação do contrato: Vencido em 15/06/ 2022

População do município 106.845 (censo de 2022 apontou 107.970 habitantes)

População urbana: 102.312

43387 ligações

38.366 residências

Empregados da concessionária: 74

Receita total dos serviços: R$ 47.536.375,90

Créditos a receber: R$ 6.364.113,37

Despesas total R$ 46.469.053,94

SERVIÇOS DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

 Produção de água – 10.066.87 (mil m3)

Tratamento de água – 9.155,43 (mil m3)

Água consumida – 5.889,26 (mil m3)

Água faturada – 5.952,60 (mil m3)


Esgotamento sanitário

População atendida 102.350

Ligações 42.818

Residências atendidas: 39.650

Coletado – 6.358,77 (mil m3)  - 100% tratado

Faturado – 6.358,77 (mil m3)


Veja pontos principais do novo marco legal de saneamento

Política Nacional de Saneamento

Criação do CISB (Comitê Interministerial de Saneamento Básico); MDR responsável pela coordenação nacional e regulamentação da política federal: financiamento e recursos federais, capacidade econômico-financeira, Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (SINISA) e Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB); e ANA responsável por normas de referência para regulação.

 

Metas 2033: 99% da população com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgotos

Meta de atendimento de 99% da população com água potável e de 90% da população com coleta e tratamento de esgotos até 31 de dezembro de 2033, com possibilidade de ampliar até 2040.

 

Uniformização da regulação: a Agência Nacional de Águas (ANA) assume um novo papel

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) fica responsável pela edição de normas de referência para regulação, tendo o financiamento federal como indutor da adoção dessas normas pelas agências reguladoras infranacionais.

 

Incentivo à concessão da prestação de serviços (extinção contratos programa)

Extinção dos contratos de programa - modalidade entre as companhias estaduais e municípios - e expectativa de abertura do mercado de prestação dos serviços públicos de saneamento básico para a concorrência (empresas privadas); exigência de comprovação da capacidade econômico-financeira dos contratos atuais às metas de atendimento.

 

Regionalização da gestão dos serviços de saneamento básico

Regionalização da gestão dos serviços de saneamento básico e definição da titularidade dos serviços nos casos de interesse comum e interesse local.

 

Novas instâncias de governança serão criadas

Com as regionalizações da gestão do saneamento básico, novas instâncias de governança serão criadas e serão responsáveis pelas funções de deliberar sobre a prestação dos serviços, a regulação, os planos regionais de saneamento básico e as formas e instrumentos de controle social.




·      O novo Marco Legal incentiva a participação de empresas privadas na prestação dos serviços públicos de saneamento básico ao exigir a seleção competitiva do prestador para novos contratos. Para tal, altera as possibilidades de escolha pelo titular das formas de prestação, bem como estabelece novos critérios para a validação de contratos, tanto dos vigentes como dos novos contratos a serem firmados.

 

·      A prestação, quando realizada por entidade que não integre a administração do titular, deve se dar necessariamente por meio de concessão, mediante prévia licitação.

 

·      Como estímulo às concessões, a lei ainda incorpora um conjunto de estratégias, como:

 

·      a proibição de novos contratos de programa entre municípios e empresas estaduais de saneamento básico (as antigas CESBs);

·      incentivos para financiamento e recursos para processos de concessão e parceria público-privada (PPP);

·      a exigência da capacidade econômico-financeira dos operadores e metas de atendimento para todos os contratos vigentes e novos, com base em uma metodologia definida por decreto, de forma pouco transparente e sem participação social. Foi realizada uma consulta pública em agosto de 2020, para a qual não foram encontrados registros da publicização antecipada, nem dos resultados obtidos.



Regionalização da Gestão dos Serviços

 

A prestação regionalizada dos serviços de saneamento (prestação integrada que envolve mais de um município) é um dos grandes eixos do novo Marco Legal. 

 

A justificativa é garantir a viabilidade técnica e econômico-financeira dos serviços com o ganho de escala da prestação e a possibilidade de subsídios cruzados entre municípios mais superavitários e municípios menores e com população de menor poder aquisitivo (modelo comumente adotado pelas empresas estaduais). A lei busca impulsionar tal estratégia condicionando a alocação de recursos públicos federais e o financiamento com recursos da União à adesão dos municípios às regionalizações propostas pelos estados ou União.

 

 


terça-feira, 11 de julho de 2023

O TIME DE 2014 DO ITUMBIARA FEZ HISTÓRIA, REVELOU BRUNO HENRIQUE E LEVOU O CLUBE A PRIMEIRA DIVISÃO

 


O presidente de honra do Itumbiara convenceu Raul Jota Santos a ser o presidente executivo do clube para levar de volta a primeira divisão. O então presidente convidou mais uma vez o técnico Zé Humberto para montar o elenco, já que tinha feito grande campanha em 2007 e evitou o rebaixamento da equipe em 2012.  E o técnico Zé Humberto formou uma das equipes mais brilhantes que jogaram nos campos de Goiás em toda história do Gigante. O título não veio, por um detalhe. Precisava apenas de uma empate contra o Caldas Novas, mas o time que havia perdido só uma vez e teve aproveitamento de 88% na primeira fase, estava irreconhecível e acabou perdendo o título de campeão, mas obteve o acesso jogando um belo futebol. Era uma equipe que tinha Rodrigo Calaça no Gol e fez parceria para trazer seis jogadores da base do Goiás e foram eles, que acabaram convencendo o clube da capital a levar Bruno Henrique, a grande revelação do campeonato. O clube teve ainda o artilheiro Moisés, que fez 11 gols e dividiu o pódio com Rafael Santiago do Rio Verde.





Veja como foi a campanha:

A vitória sobre o Iporá por 3 a 1 no sábado (25/10), colocou o Itumbiara de volta a Primeira Divisão do Campeonato Goiano pela sexta vez. Os gols foram marcados por Cléo e Bruno Henrique duas vezes. O time já havia caído em  1990, 1999, 2000, 2010 e 2013 e com exceção dos anos 2001 e 2002 que não obteve o acesso, nos demais sempre subiu um ano depois. Outra exceção foi no ano de 1999, quando caiu e subiu no mesmo ano.
Cada volta a Primeira Divisão tem uma história, como muitas emoções.

O ano começou no mês de junho, quando o conselheiros Zé Gomes da Rocha convidou dois amigos para comandar a equipe do Itumbiara em 2014: Raul Jota Santos como presidente e Zé Humberto como treinador. Os dois conhecem bem o time. O primeiro desde 1796, quando foi presidente e o segundo desde o ano de 2007 quando chegou em terceiro no Campeonato Goiano da Primeira Divisão.

A CAMPANHA DO ITUMBIARA EM 2014 - VICE-CAMPEÃO

MORRINHOS 1 X 2 ITUMBIARA
A equipe do Itumbiara fez sua estréia em 27 de julho na sexta disputa da Divisão de Acesso em 44 anos de história, vencendo o Morrinhos por 2  a 1 na cidade de Morrinhos.  O atacante Moisés fez a estreia marcando os dois gols da vitória.

ITUMBIARA 0 X 1 NOVO HORIZONTE
No dia 03 de agosto o time jogou pela primeira vez em competição oficial no JK em 2014 e a estreia com a torcida não foi boa. André Leonel do Novo Horizonte acertou um bom chute de fora da área e fez o gol da vitória do Novo Horizonte.

AMÉRICA 0 X 2 ITUMBIARA
No dia 10 de agosto o time do ITUMBIARA voltou a Morrinhos e novamente conheceu mais uma vitória. O zagueiro Oscar fez um gol e o artilheiro Moisés completou o placar.

ITUMBIARA 2 X 1 CALDAS ATLÉTICO
No dia 16 de agosto, o time do ITUMBIARA voltou ao JK e novamente venceu. Moisés marcou de novo e o jogador Felipe do Caldas completou o placar para o Itumbiara.

CALDAS ATLÉTICO 1 X 5 ITUMBIARA
No dia 24 de agosto o elenco do Itumbiara fez um grande jogo no Serra de Calas e goleou o time local.  Moisés marcou duas vezes, Rodrigo Tiuí, Cléo e Guina completaram o placar para o Itumbiara.

ITUMBIARA 2 X 1 AMÉRICA
Em 03 de setembro, o jogo marcou o encontro do atacante Bruno Henrique com as redes e ele balançou duas vezes na vitória do Itumbiara.

NOVO HORIZONTE 2 X 3 ITUMBIARA
Apesar de começar vencendo em Ipameria, o Itumbiara permitiu a virada no inicio do segundo tempo, mas em uma bela reação acabou virando para 3 a 2. Moisés, Geovane e Guina foram os autores dos gols.

ITUMBIARA 4 X 2 MORRINHOS
No último jogo da primeira fase que marcou o rebaixamento do Morrinhos para a terceira divisão, o time do Itumbiara jogou desfalcada de cinco titulares que estavam suspensos por cartões amarelos. Mesmo assim com gols de Alexandre, Rodrigo Pardal, Bruno e Cléo, o time goleou por 4 a 2 e se tornou o primeiro geral no capeonato com 21 pontos.


FASE FINAL
IPORÁ 1 X 1 ITUMBIARA
Na estreia pela fase final, o time do Itumbiara fez um bom primeiro tempo e perdeu muitas chances de fazer gols. No segundo tempo com um jogador a mais, Moisés fez o gol do Itumbiara de penalti, mas o Iporá empatou em seguida.

.

ITUMBIARA 3 X 0 CALDAS ATLÉTICO
No segundo jogo pela fase final, o time do Itumbiara goleou o Caldas e venceu a terceira partida seguida contra o time de Caldas Novas.  Moisés marcou duas vezes e Bruno Henrique completou o placar.

RIO VERDE 1 X 1 ITUMBIARA
No jogo de maior rivalidade contra o Rio Verde, o Itumbiara acabou atuando com um jogador a menos, já que Cléo Foi expulso no primeiro tempo. Moisés fez o gol do Itumbiara, mas o Rio Verde empatou aos 48 minutos do segundo tempo com Rafael Santiago, que terminaria empatado na artilharia com Moisés. Ambos fizeram 11 gols no campeonato.

ITUMBIARA 1 X 0 RIO VERDE
Novo jogo de emoçoes contra o Rio Verde. Bruno Henrique fez o gol aos 49 minutos do segundo tempo e o Itumbiara venceu o verdão do sudoeste por 1 a 0.

CALDAS ATLÉTICO 2 X 0 ITUMBIARA
Na decisão da Divisão de Acesso em Caldas Novas, o time do Itumbiara praticamente precisava de um empate, mas acabou derrotado.

ITUMBIARA 3 X 1 IPORÁ
No jogo que marcou o vice-campeonato e a subida para a primeira divisão, Bruno Henrique ´marcou duas vezes e Cléo que também foi o destaque no jogo, marcou um e deu as duas assistências nos gols de Bruno.

 

 

ELENCO DO ITUMBIARA EM 2014

Equipe titular

Ordem

Nome

Apelido

Posição

Nascimento

Gols

1

Rodrigo Pereira Calaça

Rodrigo Calaça

goleiro

25/08/1981

0

2

Ray Gomes de Souza

Ray

Lateral Direito

05/01/1993

0

3

Eder Luis de Carvalho

Eder Baiano

zagueiro

14/05/1984

0

4

Herick Samora da Silva

Herick Samora

zagueiro

26/01/1987

0

5

Evanildo Santana de Oliveira

Nildo

volante

17/02/1983

0

6

Francisco de Assis Costa e Silva

Assis

lateral esquerdo

09/03/1986

0

7

Geovane Batista de Faria

Geovane

volante

20/02/1989

1

8

Cleone Santos Silva

Cléo

meia direita

21/11/1989

3

9

Bruno Henrique Pinto

Bruno Henrique

atacante

30/12/1990

7

10

Wagner Peres Ribeiro

Guina

meia esquerda

20/03/1986

2

11

Moisés Oliveira Brito

Moisés

atacante

17/07/1986

11

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Elenco do Itumbiara - grupo que atuou em alguns jogos

Ordem

Nome

Apelido

Posição

Nascimento

Gols

12

Wallace Costa Andrade

Wallace

goleiro

14/04/1992

0

13

Mário Sérgio Valéria

Mário Sérgio

Lateral esquerdo

26/04/1994

0

14

Rodrigo Bonifácio Rocha 

Rodrigo Tiuí

atacante

04/12/1985

1

15

Allef Bessa Nunes

Allef

zagueiro

09/12/1993

0

16

Guilherme Adolfo Ferreira Braga

Guilherme

volante

13/10/1992

0

17

Paulo Henrique Oliveira da Silva

Paulo

meia esquerda

12/01/1993

0

18

Carlos Alexandre S. de Carvalho

Alexandre

meia direita

03/04/1992

1

19

Thiago Romulo Carneiro Lopes

Thiago Romulo

atacante

11/06/1992

0

20

João Antonio Ferreira de Castro

João Antonio

atacante

13/10/1992

0

21

Rodrigo Alencar Rosa Pereira

Rodrigo Pardal

atacante

30/11/1983

1

22

Oscar Alberto Brizuela

Oscar

zagueiro

18/09/1990

1

23

Daniel da Silva Vargas

Daniel

volante

22/01/1993

0

24

Ronilson Donizetti Galiardo

Galiardo

volante

18/05/1985

0

25

Lucas Newiton Moreira

Lucas Newiton

lateral direito

03/02/1991

0

26

Markus Vinicius Rocha Cosse

Marcão

goleiro

15/06/1984

0

27

Rômulo Silva Santos

Rômulo

meia direita

11/11/1992

0

28

Leandro Pari Bulhões

Lelê

volante

28/02/1991

0

Elenco do Itumbiara - grupo que atuou em alguns jogos e deixou o clube

Ordem

Nome

Apelido

Posição

Nascimento

Gols

29

André Oliveira de Lima Costa

André Beleza

meia direita

20/04/1985

0

30

Raimundo Nonato Costa de Lima

Nonato

Atacante

05/07/1979

0

31

Alex da Silva Barros

Alex Barros

meia esquerda

 

 

Elenco do Itumbiara - grupo que não  atuou em  jogos 

Ordem

Nome

Apelido

Posição

Nascimento

Gols

32

Janclésio Almeida

Janclésio

zagueiro

22/04/1993

0

33

Bruno

Bruno

goleiro

 

 

34

Robert

Robert

atacante

 

 

Elenco do Itumbiara - grupo que não  atuou em  jogos  e deixou o clube

Ordem

Nome

Apelido

Posição

Nascimento

Gols

35

Diego Rafael

Diego Rafael

zagueiro

06/05/1989

0

36

Luiz Fernando

Canhoto

lateral esquerdo

04/07/1980

 

 

 

 

 

 

 

COMISSÃO TÉCNICA

Ordem

Nome

Apelido

Posição

Nascimento

Gols

1

José Humberto de Oliveira

Zé Humberto

técnico

 

 

2

Antônio Pesso Romeiro Junior

Toninho Pesso

Aux. Técnico

 

 

3

Adielson Rodrigos Soares

Adiel

Preparador goleiros

 

 

4

Ari Vieira Lima Junior

Ari Junior

gerente futebol

 

 

5

Plauto Vilas Boas

Plauto Vilas Boas

Preparador fisico

 

 

6

Luiz Patricio Romero Gonzales

Luiz Patricio

médico

 

 

7

Paulo Henrique Borges

Paulo Henrique

Médico

 

 

8

Anderson Pontes

Didão

Fisioterapeuta

 

 

9

Marques Bispo

Preto

Massagista

 

 

10

José Carlos Franco Lopes

Zé Carlos

Mordomo

 

 

* O preparador físico no inicio da temporada foi Mario Henrique Souza Rocha

 

O TIME TITULAR DO ITUMBIARA

 

 

 

 

 

 

 

1

Rodrigo Pereira Calaça

Rodrigo Calaça

goleiro

25/08/1981

0

2

Ray Gomes de Souza

Ray

Lateral Direito

05/01/1993

0

3

Eder Luis de Carvalho

Eder Baiano

zagueiro

14/05/1984

0

4

Herick Samora da Silva

Herick Samora

zagueiro

26/01/1987

0

5

Evanildo Santana de Oliveira

Nildo

volante

17/02/1983

0

6

Francisco de Assis Costa e Silva

Assis

lateral esquerdo

09/03/1986

0

7

Geovane Batista de Faria

Geovane

volante

20/02/1989

1

8

Cleone Santos Silva

Cléo

meia direita

21/11/1989

3

9

Bruno Henrique Pinto

Bruno Henrique

atacante

30/12/1990

7

10

Wagner Peres Ribeiro

Guina

meia esquerda

20/03/1986

2

11

Moisés Oliveira Brito

Moisés

atacante

17/07/1986

11

 

BRUNO HENRIQUE: DO ITUMBIARA  A SELEÇÃO BRASILEIRA EM  CINCO ANOS

 

Contratado em junho de 2014, no dia 04 de julho de 2014, o então técnico do Itumbiara Esporte Clube  Zé Humberto apresentava parte do elenco que disputaria o acesso a primeira divisão do campeonato goiano para o ano de 2015.

Convidado pelo presidente de honra José Gomes da Rocha, o metódico técnico e psicólogo Zé Humberto que já havia jogado no Santos, apostava em jogadores com experiência no futebol goiano como o goleiro Rodrigo Calaça e os atacantes Moisés e Nonato, que encabeçavam a lista de maiores salários na equipe e com contrato por um período de quatro meses, que se encerraria no final de outubro. O então jogador Bruno Henrique que veio do Uberlândia era para completar o elenco que já tinha os atacantes Nonato, Moisés, Thiago Rômulo, João Antônio e Rodrigo Pardal.

Bom formador de elenco, pois já havia conquistado o terceiro lugar no campeonato goiano de 2007 na primeira passagem pelo Tricolor da Fronteira, Zé Humberto formou uma comissão técnica qualificada, que contava inclusive com um analista de desempenho Ari Júnior, que se destacaria depois no América Mineiro e no Japão. O preparador Físico era Mário Henrique, o auxiliar Técnico Toninho Pesso e o treinador de goleiros Adiel.

Depois ajudar inicialmente como diretor técnico na formação do time campeão em 2008 que teve o comando de Paulo César Gusmão, o elenco de 2014 foi o melhor nos últimos dez anos. Naquele ano, destacariam ainda o volante Geovane que hoje joga no Goiás e Cléo Silva que atua desde 2015 no Novo Horizontino.

Todos esperavam que Nonato fosse a estrela do time, já que havia sido artilheiro do campeonato goiano e em todas as divisões e times por que passou desde que veio para Goiás. Fez apenas um gol em jogo amistoso contra equipe amadora da cidade.

Na preparação para a disputa da Divisão de Acesso, Bruno Henrique estreou no Itumbiara no dia 07 de julho de 2014 contra uma seleção amadora da cidade com vitória de 3 a 1 para o Gigante do Vale. O único gol marcado por Nonato no Tricolor foi neste jogo e o segundo reserva do ataque, o jovem João Antônio que era de Itumbiara, marcou duas vezes e completou o placar.  Bruno Henrique foi testado no meio campo.

No segundo amistoso que ocorreu no dia 12 de julho contra o time amador de Centralina, a equipe do Itumbiara venceu e o atleta Bruno Henrique que se tornaria a revelação do time, nem foi relacionado, já que para o ataque, além de Nonato, havia Moisés que seria titular e como reservas, Rodrigo Pardal , Thiago Rômulo, e João Antônio. O placar foi de 3 a 0 para o Itumbiara.

O único amistoso contra equipe profissional foi contra o Santa Helena no dia 20 de julho com vitória do Itumbiara por 1 a 0. Bruno Henrique entrou no segundo tempo no lugar do titular Nonato. Era testado pela primeira vez como atacante.

Os treinos seguiram e no dia 24 de julho, sob o comando do presidente de honra José Gomes da Rocha, o Conselho Deliberativo do clube se reuniu e fez uma troca de comandante da diretoria executiva, quando saiu Euripes Futrica para entrada de Raul Jota Santos, homem de confiança do ex-prefeito José Gomes da Rocha em Itumbiara.

Era ano de eleição para governador, deputado estadual e federal e então o político José Gomes da Rocha preferiu não contar com ajuda do município na compra de ingressos, e buscou os recursos para tocar a equipe. O ingresso era um quilo de alimento que era doado para o hospital da cidade e para entidades filantrópicas de assistência social.

 

Com pouco mais de 20 dias de preparação, a equipe fez sua estreia em Morrinhos no dia 27 de julho de 2014, o futuro atacante da Seleção Brasileira Bruno Henrique era apenas um reserva na vitória do Gigante do Vale,  por 2 a 1 contra o time local do Morrinhos. Moisés seria o destaque da equipe e Bruno Henrique faria sua estreia no campeonato goiano após o intervalo do jogo

Nos dois jogos seguintes, contra o Novo Horizonte em Itumbiara no dia 03 de agosto, quando perdeu por 1 a 0 e contra o América de Morrinhos no dia 10 de agosto, quando venceu por 2 a 0, Bruno Henrique nem fora relacionado. Passou fazendo tratamento com gelo no joelho. Parecia muito desanimado  e não tinha muita esperança de ser titular, já que Nonato era o astro do Time .

Depois desta vitória em Morrinhos, ocorreu algo inesperado que mudaria a vida de Bruno Henrique no futebol. Eis que o astro Nonato chegara tarde no Centro de Treinamento do Itumbiara, quando foi advertido, não gostou e pediu para deixar o clube e voltar para Goianésia, onde era ídolo.

Como o jovem Itumbiarense , o atacante João Antônio fora testado no jogo que ocorreu no JK e não foi bem, o técnico Zé Humberto só tinha a opção de colocar Bruno Henrique com a camisa 9 ao lado de Moisés que naquela altura já brigava pela artilharia do campeonato goiano. Rodrigo Pardal tivera um problema clinico e foi afastado, e Thiago Rômulo não teve chance.

Enquanto isso, o Conselheiro Zé Gomes da Rocha procurava o substituto de Nonato para ser a estrela do time e buscou Rodrigo Tiuí, ex-atacante do Fluminense.

Zé Humberto gostou do rendimento de seu camisa 9 Bruno Henrique, que jogava pelas pontas e voltava para ajudar na marcação, como faz hoje no Flamengo.

No dia 24 de agosto, Bruno Henrique seria mantido como titular na goleada do Itumbiara sobre o Caldas Novas no Estádio Serra de Caldas, quando a nova estrela Rodrigo Tiuí estreou fazendo  gol.  Já era o quinto jogo da equipe, o segundo de Bruno Henrique como titular e nada de gols, mas muito eficiente no esquema tático de Zé Humberto.

A primeira vez que Bruno Henrique marcou pelo Gigante do Vale, foi no returno da primeira fase, quando o time venceu o América de Morrinhos por 2 a 1 em 03 de setembro. Ele marcou aos 8 e 18 minutos do segundo tempo.

No sétimo jogo da equipe na vitória de 3 a 2 sobre o Novo Horizonte, novamente Bruno Henrique não foi para o jogo. Entrara 3 vezes como titular e 1 como reserva e havia anotado apenas dois gols. Ficara fora de três jogos.

O embalo veio a partir do oitavo jogo na vitória contra o Morrinhos por 4 a 2 e Bruno Henrique anotou o terceiro gol no campeonato. Agora era titular absoluto ao lado de Moisés que era o artilheiro do time e brigava pela artilharia do campeonato.

No empate contra o Iporá em 1 gol, Bruno não marcou, mas jogou como titular. Rodrigo Tiuí não deu certo e Moisés era a principal figura.

A partir do décimo jogo contra o Caldas Novas, a equipe estava imbatível com a formação que começava com Calaça no gol, Geovane no meio campo e o ataque com Moisés que jogava pela direita e Bruno Henrique pela esquerda. Bruno Henrique marcou o quarto gol no campeonato.

Era 12 de outubro, aniversário de Itumbiara e o time precisava vencer para garantir a classificação para a primeira divisão do ano de 2015. Jogo difícil que caminhava para terminar empatado e adiaria a subida do time. Eis que aos 49 minutos do segundo tempo, Bruno Henrique de cabeça marcou o gol da vitória e o quinto dele no campeonato. A cidade recebeu um grande presente de aniversário e o time subiu.

A boa campanha no campeonato renderia votos para os candidatos de Zé Gomes ao governo de Goiás, a deputado estadual e federal, pois o povo estava feliz e estava acostumado a atender os pedidos de seu líder político e ex-prefeito.

Com o time já classificado e embalado, eis que faltou dinheiro para pagar os salários de setembro até o quinto dia útil e até o dia 19 de outubro quando aconteceu o jogo contra o Caldas Novas que decidiria quem seria o campeão da Divisão de Acesso, o time perdeu a motivação e perdeu por 2 a 0. Não faltou empenho de  Bruno Henrique que voltava para fazer marcação e até cometeu um pênalti, mas naquele dia o ataque não funcionou.

A despedida do campeonato ocorreria em 25 de outubro com mais uma apresentação de gala do atacante Bruno Henrique, que marcou duas vezes na vitória contra o Iporá por 3 a 1 e o time do Itumbiara ficou com o vice-campeonato da Divisão de Acesso e Moisés terminou como artilheiro com 11 gols. Bruno Henrique foi o vice artilheiro do time com sete gols e principal revelação.

No time de 2014, houve uma parceria com o time do Goiás que havia mandado para o Tricolor cinco jovens atletas, entre eles, o goleiro Wallace, que levou boas referências de Bruno Henrique para o então diretor e ex-goleiro do Goiás Harley.  O ídolo do Itumbiara e também ex-goleiro do Goiás Rodrigo Calaça, com boa relação também com a diretoria do Goiás, fez a indicação da revelação daquele campeonato e então em 2015, Bruno Henrique seria reforço para o Goiás. Ninguém acreditava que o Goiás estava reforçando um time com um jogador da Divisão de Acesso. O Goiás acreditou e Bruno Henrique não decepcionou.

Uma das versões da vinda de Bruno Henrique para o Itumbiara, foi a indicação de Saul Gomes, Irmão de Zé Gomes que viu o jovem atacante jogando em Uberlândia e indicou para Zé Humberto, que inclusive já havia treinado o atleta quando foi técnico do Uberlândia. Não há nenhuma dúvida que o técnico Zé Humberto foi o principal responsável pela virada de vida de Bruno Henrique entre Uberlândia e Goiânia, passando pela Alemanha, pelo Santos, Flamengo e até chegar a Seleção Brasileira.   Bruno Henrique teve uma chance e não a perdeu.

Foram 13 participações com 11 em jogos oficiais, 10 como titulare um com entrada no intervalo. Teve duas participações na fase preparatória em jogos-treinos, onde foi testado no meio campo e ataque. Foi o vice artilheiro da equipe com sete gols em 11 jogos na Divisão de Acesso do Campeonato Goiano em 2014.