A HISTÓRIA
ZÉ GOMES DA ROCHA, O ACADÊMICO DA CADEIRA NÚMERO 1
PATRONO CHICO XAVIER
Casa da Cultura - Itumbiara
AILA - ACADEMIA ITUMBIARENSE DE LETRAS E ARTES - A HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO
A AILA –
Academia Itumbiarense de Letras e Artes, foi fundada no dia 7 de outubro de
2005 em uma reunião ocorrida na Casa da Cultura de Itumbiara. Na ocasião, um
grupo de pessoas representativas da
cultura local convidou o então prefeito José Gomes da Rocha para abrir a
solenidade e coordenar os trabalhos. Após uma saudação aos presentes, o então
prefeito ressaltou a importância da criação da Academia que teria a missão de
incentivar os talentos culturais da cidade. Para isso, colocou a administração
municipal a disposição dos presentes para as etapas de implantação e
consolidação da AILA, nome sugerido para a associação. O prefeito José Gomes da
Rocha, colocou ainda a intenção do governo municipal construir um espaço próprio para a Academia,
que iniciaria suas atividades de forma provisória nas instalações da Casa de
Cultura de Itumbiara para realização de eventos e reuniões, até que a sede
própria fosse concluída. O então
desembargado Rogério Arédio Ferreira, falecido em 2021, falou em seguida e
manifestou sua alegria em ver o sonho antigo realizado, pois a Academia podia
contribuir muito para à cultura de Itumbiara. Na sequência daquela reunião
histórica de fundação, o então presidente
da subseção da OAB em Itumbiara, hoje desembargador Nicomedes Domingos
Borges, louvou a iniciativa e ressaltou a fundação da Academia como um
acontecimento histórico registrado em Itumbiara. Também manifestou na reunião a
educadora e consultora empresarial Sheila Paiva de Andrade, que seria eleita a
primeira presidente da entidade e que acentuou a importância da iniciativa e
que seria importante refletir sobre questões culturais fundamentais, como as
estatísticas negativas do acesso dos brasileiros aos hábitos de leitura. Falou
ainda da necessidade de estimular e reconhecer os talentos locais nas letras e
artes, assim como a mudança urgente de paradigmas para inserção das pessoas em
todos os níveis sociais. Ressaltou ainda na ocasião, Sheila Andrade do papel da
Academia como instrumento capaz de provocar mudanças fundamentais e de tornar
democrático o acesso a cultura. Ao finalizar sua participação, a educadora
citou os escritores goianos José da Jota Veiga e Cora Coralina como baluartes
das letras em Goiás e sugeriu o intercâmbio da AILA com demais academias
goianas e no Brasil. Na reunião de fundação foram considerados fundadores, o
prefeito José Gomes da Rocha, o Desembargador de Justiça Rogério Arédio
Ferreira, o presidente da subseção da OAB Nicomedes Borges, a educadora Sheila
Paiva Andrade, o padre Antônio Pires
Galvão, a pintora Laurita Pacheco Antonialli, o médico Hudson Espíndola, o auditor fiscal
Nilson Freire, a poetisa Lívia Carvalho e a escritora Aristeia Braga de Cubas. Na
primeira Diretoria da entidade, foram eleitos a presidente Sheila Paiva
Andrade, o tesoureiro Nicomedes Domingos Borges, o secretário Rogério Arédio
Ferreira, a segunda secretária Lívia Carvalho. Na mesma reunião de fundação
foram sorteados os números das cadeiras e coube a José Gomes da Rocha o número
um. A reunião foi encerrada com um coquetel comemorativo com vários convidados
e apresentações artísticas na Casa da Cultura de Itumbiara.
ACADÊMICOS
JOSÉ GOMES DA ROCHA - CADEIRA NÚMERO 1
José Gomes da Rocha (in memorian) - acadêmico - cadeira 1
BIOGRAFIA
DE JOSÉ GOMES DA ROCHA
Ocupante da cadeira número 1 da AILA
·
Ocupação:
Agricultor e
político
·
Data do
Nascimento 12/04/1958
·
Data da
Morte: 28/09/2016 (aos 58 anos)
·
Por Nilson
Freire e José Gomes da Rocha Filho
·
Escritores
Filho de
Saul Gomes Pereira, homem simples do campo, trabalhador braçal, fazedor de
cercas, e Dionária Rocha, merendeira da rede de ensino público municipal e
quitandeira. Nasceu em 12 de abril de 1958 em uma casa humilde na zona rural de
Itumbiara, filho mais novo do segundo casamento de sua mãe. Seus pais
divorciaram ainda quando jovem após já terem se mudado para a cidade e morarem
na casa de número quatorze da rua Cachoeira Dourada, onde fora criado
juntamente com seus três irmãos. Por lá morou, mesmo após seu casamento com
Alcione Machado, até mudarem para Goiânia na década de 80.
Iniciou seus estudos no Grupo
Escolar Ermelindo Félix Miranda, prosseguindo posteriormente no Colégio Diocesano
e na Escola Estadual Professor Pardal em Goiânia. Iniciou a faculdade de
direito juntamente com sua esposa e amigos em 1980, na Faculdade de Direito de São
Carlos (FADISC). Em 1986, ao mudar para Goiânia, transferiu para a Faculdade
Anhanguera e após assumir a Câmara dos Deputados em 1989 transferiu novamente
para a UNICEUB de Brasília, mas não chegou a concluir o curso.
Colegas de escola e
professores contam que desde sempre Zé Gomes se envolveu com movimentos
estudantis, concursos de oratória e diversas atividades como festivais de
música. Após o turno dos estudos, ao chegar em casa, saia pela cidade vendendo
quitandas, pamonhas feitas por sua mãe, Dionária Rocha, e também engraxava
sapatos para ajudar nas despesas de casa. O menino de longos cabelos chamava
atenção por onde passava. Conhecia toda a cidade por onde andava, fazia amigos
facilmente e raramente chegava em casa sem vender tudo o que havia levado de
casa. De carteira registrada, começou como office-boy da prefeitura no
governo de Modesto de Carvalho (1973 a 1976), passando posteriormente a
auxiliar de escritório da construtora Mendes Jr, até alcançar a Chefia de
Gabinete do deputado federal Iran Saraiva. Paralelamente, dedicou-se à
agropecuária, soube investir e administrar os bens recebidos por herança de sua
esposa Alcione Machado, a qual era filha, neta e bisneta de grandes
proprietários de terras da região.
Zé Gomes contava em
família e para amigos mais íntimos todos os tipos de constrangimentos e
preconceitos que já havia passado na rua, mas nunca com sentimento de mágoa,
mas de superação e como exemplo de encorajamento.
Na política, iniciou
como vereador por dois mandatos (1977 a 1988), foi deputado federal por 4 mandatos
(1999 a 2002), deputado estadual por um mandato (2003 a 2004) e, posteriormente,
prefeito por dois mandatos entre 2005 e 2012.
Passou por diversas filiações
partidárias, sendo MDB (1976-1979); PMDB (1980-1986); PDC (1986-1989); PRN
(1989-1995); PSD (1995-1999); PMDB (1999-2006), PP (2006-2010) e por fim PTB.
Participou das atividades partidárias como Líder do MDB (1979); Líder do PDC
(1986-1987); Presidente do PDC Jovem-GO (1986-1988); Presidente, Diretório
Regional do PRN-GO (1989-1994); Coordenador da Campanha do candidato Fernando
Collor à Presidência da República, PRN-GO (1989); Presidente do PSD-GO,
(1998-1999); Presidente do PRN-GO; Presidente do PSD-GO. Vice-presidente do PTB.
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora
Ocupação Médium brasileiro
Data do Nascimento 02/04/1910
Data da Morte30/06/2002 (aos 92
anos)
Biografia de Chico
Xavier
Chico Xavier (1910-2002) foi um médium brasileiro, reconhecido como o
maior psicógrafo de todos os tempos. Com 4 anos de idade já via e ouvia os
espíritos e conversava com eles.
Seu primeiro livro com 256 poemas, atribuídos a poetas mortos, foi
publicado em 1932. Psicografou mais de 400 livros e doava os direitos autorais
para a Federação Espírita.
Infância e juventude
Chico Xavier nasceu em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, no dia 2 de abril
de 1910. Filho do operário João Cândido Xavier e da lavadeira Maria João de
Deus, ficou órfão de mãe quando tinha cinco anos de idade.
Seu pai se viu obrigado a entregar alguns dos seus nove filhos aos
cuidados de pessoas amigas e Chico Xavier ficou aos cuidados de sua madrinha,
mulher nervosa que o maltratava cruelmente.
Várias vezes, Chico ouvia sua falecida mãe dizer que enviaria um anjo
para reunir toda a família. A segunda esposa de seu pai reuniu todos os seus
irmãos e ainda teve mais cinco filhos.
Chico Xavier passou a ter sonhos e durante a noite
se levantava agitado e conversava com os espíritos. De manhã, contava
seus sonhos a sua família. O pai resolveu leva-lo ao vigário de Matozinhos que depois
de ouvi-lo recomendou que o garoto não lesse mais jornais, revistas e livros.
Disse-lhe que ninguém volta depois da morte.
Ao conversar com sua mãe, triste por não ser compreendido por ninguém,
Chico escutou dela que precisava modificar seus pensamentos, que não deveria
ser uma criança indisciplinada, para não ganhar antipatia dos outros. Deveria
aprender a se calar e que, quando se lembrasse de alguma lição ou experiência
recebida em sonho, que a seguisse.
Disse-lhe que ele precisava aprender a obediência para que Deus um dia
lhe concedesse a confiança dos outros. Durante 7 anos consecutivos, de 1920 a
1927, ele não teve mais qualquer contato com sua mãe.
Educado na fé católica, Chico Xavier obedecia às obrigações que lhe eram
indicadas pela Igreja. Se confessava, comungava, comparecia pontualmente a
missa e acompanhava as procissões. Levantava cedo para começar as tarefas
escolares e em seguida seguia para o serviço da fábrica onde trabalhava de três
da tarde até onze da noite.
Em 1925, Chico deixou a fábrica indo trabalhar na venda do Sr. José
Felizardo. As perturbações noturnas voltaram e depois de dormir, caia em transe
profundo.
A primeira e única professora de Chico que descobriu sua mediunidade
psicográfica foi D. Rosália, que fazia passeios campestres com os alunos
e no dia seguinte deveriam levar uma redação descrevendo o
passeio. As de Chico tiravam sempre o primeiro lugar.
No dia 7 de maio de 1927 uma de suas irmãs ficou doente e um casal
de espíritas, reuniu-se com sua família e realizaram a primeira sessão
espírita que teve lugar na casa de Chico Xavier em Pedro Leopoldo.
Na mesa, estavam dois livros, "O Evangelho Segundo o
Espiritismo" e o "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec. Chico
ouviu da mãe: "Meu filho, eis que estamos juntos novamente. Os livros à
nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra com seus deveres
e em breve a bondade divina nos permitirá mostrar a você seus novos
caminhos".
Em junho do mesmo ano, foi cogitada a fundação de um núcleo doutrinário.
Em fins de 1927 o Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de João
Cândido Xavier, que se fez presidente da instituição, já estava formado e bem
frequentado.
Primeira sessão em público
Uma nova sede do Centro Espírita Luiz Gonzaga foi construída no local
onde se erguia a antiga casa de Maria João de Deus, mãe de Chico Xavier. Em 8
de julho de 1927, Chico Xavier fez a primeira atuação do serviço mediúnico, em
público.
Primeiro livro
Seu primeiro livro psicografado, “Parnaso de Além-Túmulo”, que reúne 256
poemas, atribuídos à poetas mortos, foi publicado em julho de 1932. Em 1950,
Chico Xavier já havia psicografado mais de 50 livros.
Mudança para Uberaba
Sob a orientação dos Benfeitores Espirituais, no dia 5 de janeiro de
1959, Chico Xavier mudou-se para Uberaba, iniciando nessa mesma data as
atividades mediúnicas, em reunião pública da “Comunhão Espírita Cristã”.
Nessa época, teve início a famosa peregrinação. Aos sábados, saindo da
"Comunhão Espírita-Cristã", o médium visitava alguns lares
carentes levando-lhes a alegria de sua presença amiga acompanhado por grande
número de pessoas. A cidade de Uberaba, transformou-se num polo de atração de
inúmeros visitantes das mais variadas regiões do Brasil e até mesmo do
exterior.
Chico psicografou 451 livros, que reproduziam o que os espíritos lhe
transmitiam. Seus livros foram traduzidos para vários países. Psicografou
várias cartas de mortos para suas famílias. Os direitos autorais de seus livros
publicados eram cedidos gratuitamente às editoras espíritas e
desde os anos 70, Chico ajudava as pessoas necessitadas.
Chico Xavier faleceu em Uberaba, Minas Gerais, no dia 30 de junho
de 2002, após sofrer uma parada cardíaca. Foi encontrado no quarto, por seu
filho adotivo.
Frases de Chico Xavier
A felicidade não entra em portas trancadas.
Lembra-te: em matérias de atitudes, a vida não fornece cópias para
revisão.
Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais
triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!
Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo.
Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta.
Planejar a infelicidade dos outros é causar com as próprias mãos um
abismo para si mesmo.
A caridade é um exercício espiritual... Quem pratica o bem, coloca em
movimento as forças da alma.
Algumas obras psicografadas por Chico Xavier
·
Crônicas de Além-Túmulo (1937)
·
Emmanuel (1938)
·
Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho (1938)
·
A Caminho da Luz Emmanuel (1938)
·
Há Dois Mil Anos Emmanuel (1939)
·
Cinquenta Anos Depois Emmanuel (1940)
·
O Consolador Emmanuel (1941)
·
Paulo e Estevão Emmanuel (1942)
·
Nosso Lar (1944)
·
Missionários da Luz (1945)
·
Ação e Reação (1957)
·
A Caminho da Luz (1961)
·
Companheiro Emmanuel (1977)
·
Retratos da Vida (1985)
·
Queda e Ascensão da Casa dos Benefícios (1991)
·
Escada de Luz - Diversos Espíritos (1999)
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