terça-feira, 17 de janeiro de 2023

A ACADEMIA ITUMBIARENSE DE LETRAS E ARTES - A HISTÓRIA, MEMBROS E PATRONOS

 A HISTÓRIA

ZÉ GOMES DA ROCHA, O ACADÊMICO DA CADEIRA NÚMERO 1

PATRONO CHICO XAVIER


              Casa da Cultura - Itumbiara

AILA - ACADEMIA ITUMBIARENSE DE LETRAS E ARTES - A HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO

A AILA – Academia Itumbiarense de Letras e Artes, foi fundada no dia 7 de outubro de 2005 em uma reunião ocorrida na Casa da Cultura de Itumbiara. Na ocasião, um grupo de  pessoas representativas da cultura local convidou o então prefeito José Gomes da Rocha para abrir a solenidade e coordenar os trabalhos. Após uma saudação aos presentes, o então prefeito ressaltou a importância da criação da Academia que teria a missão de incentivar os talentos culturais da cidade. Para isso, colocou a administração municipal a disposição dos presentes para as etapas de implantação e consolidação da AILA, nome sugerido para a associação. O prefeito José Gomes da Rocha, colocou ainda a intenção do governo municipal  construir um espaço próprio para a Academia, que iniciaria suas atividades de forma provisória nas instalações da Casa de Cultura de Itumbiara para realização de eventos e reuniões, até que a sede própria fosse concluída.  O então desembargado Rogério Arédio Ferreira, falecido em 2021, falou em seguida e manifestou sua alegria em ver o sonho antigo realizado, pois a Academia podia contribuir muito para à cultura de Itumbiara. Na sequência daquela reunião histórica de fundação, o então presidente  da subseção da OAB em Itumbiara, hoje desembargador Nicomedes Domingos Borges, louvou a iniciativa e ressaltou a fundação da Academia como um acontecimento histórico registrado em Itumbiara. Também manifestou na reunião a educadora e consultora empresarial Sheila Paiva de Andrade, que seria eleita a primeira presidente da entidade e que acentuou a importância da iniciativa e que seria importante refletir sobre questões culturais fundamentais, como as estatísticas negativas do acesso dos brasileiros aos hábitos de leitura. Falou ainda da necessidade de estimular e reconhecer os talentos locais nas letras e artes, assim como a mudança urgente de paradigmas para inserção das pessoas em todos os níveis sociais. Ressaltou ainda na ocasião, Sheila Andrade do papel da Academia como instrumento capaz de provocar mudanças fundamentais e de tornar democrático o acesso a cultura. Ao finalizar sua participação, a educadora citou os escritores goianos José da Jota Veiga e Cora Coralina como baluartes das letras em Goiás e sugeriu o intercâmbio da AILA com demais academias goianas e no Brasil. Na reunião de fundação foram considerados fundadores, o prefeito José Gomes da Rocha, o Desembargador de Justiça Rogério Arédio Ferreira, o presidente da subseção da OAB Nicomedes Borges, a educadora Sheila Paiva Andrade,  o padre Antônio Pires Galvão, a pintora Laurita Pacheco Antonialli,  o médico Hudson Espíndola, o auditor fiscal Nilson Freire, a poetisa Lívia Carvalho e a escritora Aristeia Braga de Cubas. Na primeira Diretoria da entidade, foram eleitos a presidente Sheila Paiva Andrade, o tesoureiro Nicomedes Domingos Borges, o secretário Rogério Arédio Ferreira, a segunda secretária Lívia Carvalho. Na mesma reunião de fundação foram sorteados os números das cadeiras e coube a José Gomes da Rocha o número um. A reunião foi encerrada com um coquetel comemorativo com vários convidados e apresentações artísticas na Casa da Cultura de Itumbiara.


ACADÊMICOS

JOSÉ GOMES DA ROCHA - CADEIRA NÚMERO 1


                                                José Gomes da Rocha (in memorian) - acadêmico - cadeira 1

BIOGRAFIA DE JOSÉ GOMES DA ROCHA

Ocupante da cadeira número 1 da AILA

·         Ocupação: Agricultor e político

·         Data do Nascimento 12/04/1958

·         Data da Morte: 28/09/2016 (aos 58 anos)

 

·         Por Nilson Freire e José Gomes da Rocha Filho

·         Escritores

 

Filho de Saul Gomes Pereira, homem simples do campo, trabalhador braçal, fazedor de cercas, e Dionária Rocha, merendeira da rede de ensino público municipal e quitandeira. Nasceu em 12 de abril de 1958 em uma casa humilde na zona rural de Itumbiara, filho mais novo do segundo casamento de sua mãe. Seus pais divorciaram ainda quando jovem após já terem se mudado para a cidade e morarem na casa de número quatorze da rua Cachoeira Dourada, onde fora criado juntamente com seus três irmãos. Por lá morou, mesmo após seu casamento com Alcione Machado, até mudarem para Goiânia na década de 80.

                       

        

            Iniciou seus estudos no Grupo Escolar Ermelindo Félix Miranda, prosseguindo posteriormente no Colégio Diocesano e na Escola Estadual Professor Pardal em Goiânia. Iniciou a faculdade de direito juntamente com sua esposa e amigos em 1980, na Faculdade de Direito de São Carlos (FADISC). Em 1986, ao mudar para Goiânia, transferiu para a Faculdade Anhanguera e após assumir a Câmara dos Deputados em 1989 transferiu novamente para a UNICEUB de Brasília, mas não chegou a concluir o curso.

Colegas de escola e professores contam que desde sempre Zé Gomes se envolveu com movimentos estudantis, concursos de oratória e diversas atividades como festivais de música. Após o turno dos estudos, ao chegar em casa, saia pela cidade vendendo quitandas, pamonhas feitas por sua mãe, Dionária Rocha, e também engraxava sapatos para ajudar nas despesas de casa. O menino de longos cabelos chamava atenção por onde passava. Conhecia toda a cidade por onde andava, fazia amigos facilmente e raramente chegava em casa sem vender tudo o que havia levado de casa. De carteira registrada, começou como office-boy da prefeitura no governo de Modesto de Carvalho (1973 a 1976), passando posteriormente a auxiliar de escritório da construtora Mendes Jr, até alcançar a Chefia de Gabinete do deputado federal Iran Saraiva. Paralelamente, dedicou-se à agropecuária, soube investir e administrar os bens recebidos por herança de sua esposa Alcione Machado, a qual era filha, neta e bisneta de grandes proprietários de terras da região.

Zé Gomes contava em família e para amigos mais íntimos todos os tipos de constrangimentos e preconceitos que já havia passado na rua, mas nunca com sentimento de mágoa, mas de superação e como exemplo de encorajamento.

Na política, iniciou como vereador por dois mandatos (1977 a 1988), foi deputado federal por 4 mandatos (1999 a 2002), deputado estadual por um mandato (2003 a 2004) e, posteriormente, prefeito por dois mandatos entre 2005 e 2012.

Passou por diversas filiações partidárias, sendo MDB (1976-1979); PMDB (1980-1986); PDC (1986-1989); PRN (1989-1995); PSD (1995-1999); PMDB (1999-2006), PP (2006-2010) e por fim PTB. Participou das atividades partidárias como Líder do MDB (1979); Líder do PDC (1986-1987); Presidente do PDC Jovem-GO (1986-1988); Presidente, Diretório Regional do PRN-GO (1989-1994); Coordenador da Campanha do candidato Fernando Collor à Presidência da República, PRN-GO (1989); Presidente do PSD-GO, (1998-1999); Presidente do PRN-GO; Presidente do PSD-GO. Vice-presidente do PTB.

 PATRONO

CHICO XAVIER

Por Dilva Frazão

Biblioteconomista e professora

Ocupação Médium brasileiro

Data do Nascimento 02/04/1910

Data da Morte30/06/2002 (aos 92 anos)

 

Biografia de Chico Xavier

Chico Xavier (1910-2002) foi um médium brasileiro, reconhecido como o maior psicógrafo de todos os tempos. Com 4 anos de idade já via e ouvia os espíritos e conversava com eles.

Seu primeiro livro com 256 poemas, atribuídos a poetas mortos, foi publicado em 1932. Psicografou mais de 400 livros e doava os direitos autorais para a Federação Espírita.

Infância e juventude

Chico Xavier nasceu em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, no dia 2 de abril de 1910. Filho do operário João Cândido Xavier e da lavadeira Maria João de Deus, ficou órfão de mãe quando tinha cinco anos de idade.

Seu pai se viu obrigado a entregar alguns dos seus nove filhos aos cuidados de pessoas amigas e Chico Xavier ficou aos cuidados de sua madrinha, mulher nervosa que o maltratava cruelmente.

Várias vezes, Chico ouvia sua falecida mãe dizer que enviaria um anjo para reunir toda a família. A segunda esposa de seu pai reuniu todos os seus irmãos e ainda teve mais cinco filhos.

Chico Xavier passou a ter sonhos e durante a noite se levantava agitado e conversava com os espíritos. De manhã, contava seus sonhos a sua família. O pai resolveu leva-lo ao vigário de Matozinhos que depois de ouvi-lo recomendou que o garoto não lesse mais jornais, revistas e livros. Disse-lhe que ninguém volta depois da morte.

Ao conversar com sua mãe, triste por não ser compreendido por ninguém, Chico escutou dela que precisava modificar seus pensamentos, que não deveria ser uma criança indisciplinada, para não ganhar antipatia dos outros. Deveria aprender a se calar e que, quando se lembrasse de alguma lição ou experiência recebida em sonho, que a seguisse.

Disse-lhe que ele precisava aprender a obediência para que Deus um dia lhe concedesse a confiança dos outros. Durante 7 anos consecutivos, de 1920 a 1927, ele não teve mais qualquer contato com sua mãe.

Educado na fé católica, Chico Xavier obedecia às obrigações que lhe eram indicadas pela Igreja. Se confessava, comungava, comparecia pontualmente a missa e acompanhava as procissões. Levantava cedo para começar as tarefas escolares e em seguida seguia para o serviço da fábrica onde trabalhava de três da tarde até onze da noite.

Em 1925, Chico deixou a fábrica indo trabalhar na venda do Sr. José Felizardo. As perturbações noturnas voltaram e depois de dormir, caia em transe profundo.

A primeira e única professora de Chico que descobriu sua mediunidade psicográfica foi D. Rosália, que fazia passeios campestres com os alunos e no dia seguinte deveriam levar uma redação descrevendo o passeio. As de Chico tiravam sempre o primeiro lugar.

No dia 7 de maio de 1927 uma de suas irmãs ficou doente e um casal de espíritas, reuniu-se com sua família e realizaram a primeira sessão espírita que teve lugar na casa de Chico Xavier em Pedro Leopoldo.

Na mesa, estavam dois livros, "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e o "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec. Chico ouviu da mãe: "Meu filho, eis que estamos juntos novamente. Os livros à nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra com seus deveres e em breve a bondade divina nos permitirá mostrar a você seus novos caminhos".

Em junho do mesmo ano, foi cogitada a fundação de um núcleo doutrinário. Em fins de 1927 o Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de João Cândido Xavier, que se fez presidente da instituição, já estava formado e bem frequentado.

Primeira sessão em público

Uma nova sede do Centro Espírita Luiz Gonzaga foi construída no local onde se erguia a antiga casa de Maria João de Deus, mãe de Chico Xavier. Em 8 de julho de 1927, Chico Xavier fez a primeira atuação do serviço mediúnico, em público.

Primeiro livro

Seu primeiro livro psicografado, “Parnaso de Além-Túmulo”, que reúne 256 poemas, atribuídos à poetas mortos, foi publicado em julho de 1932. Em 1950, Chico Xavier já havia psicografado mais de 50 livros.

Mudança para Uberaba

Sob a orientação dos Benfeitores Espirituais, no dia 5 de janeiro de 1959, Chico Xavier mudou-se para Uberaba, iniciando nessa mesma data as atividades mediúnicas, em reunião pública da “Comunhão Espírita Cristã”.

Nessa época, teve início a famosa peregrinação. Aos sábados, saindo da "Comunhão Espírita-Cristã", o médium visitava alguns lares carentes levando-lhes a alegria de sua presença amiga acompanhado por grande número de pessoas. A cidade de Uberaba, transformou-se num polo de atração de inúmeros visitantes das mais variadas regiões do Brasil e até mesmo do exterior.

Chico psicografou 451 livros, que reproduziam o que os espíritos lhe transmitiam. Seus livros foram traduzidos para vários países. Psicografou várias cartas de mortos para suas famílias. Os direitos autorais de seus livros publicados eram cedidos gratuitamente às editoras espíritas e desde os anos 70, Chico ajudava as pessoas necessitadas.

Chico Xavier faleceu em Uberaba, Minas Gerais, no dia 30 de junho de 2002, após sofrer uma parada cardíaca. Foi encontrado no quarto, por seu filho adotivo.

Frases de Chico Xavier

A felicidade não entra em portas trancadas.

Lembra-te: em matérias de atitudes, a vida não fornece cópias para revisão.

Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!

Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta.

Planejar a infelicidade dos outros é causar com as próprias mãos um abismo para si mesmo.

A caridade é um exercício espiritual... Quem pratica o bem, coloca em movimento as forças da alma.

Algumas obras psicografadas por Chico Xavier

·         Crônicas de Além-Túmulo (1937)

·         Emmanuel (1938)

·         Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho (1938)

·         A Caminho da Luz Emmanuel (1938)

·         Há Dois Mil Anos Emmanuel (1939)

·         Cinquenta Anos Depois Emmanuel (1940)

·         O Consolador Emmanuel (1941)

·         Paulo e Estevão Emmanuel (1942)

·         Nosso Lar (1944)

·         Missionários da Luz (1945)

·         Ação e Reação (1957)

·         A Caminho da Luz (1961)

·         Companheiro Emmanuel (1977)

·         Retratos da Vida (1985)

·         Queda e Ascensão da Casa dos Benefícios (1991)

·         Escada de Luz - Diversos Espíritos (1999)


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