Equipes do Itumbiara na temporada 1980
Em 1980, a Confederação
Brasileira de Futebol - CBF passou a promover de forma regular a Taça de Prata
ou Segunda Divisão ou Série B do Campeonato Brasileiro. Antes,
no começo dos anos 70, mais precisamente 1971 e 1972, aconteceram duas edições
de competições semelhantes a uma Segunda Divisão, cujos campeões (Villa Nova e
Campinense, respectivamente) não subiram para a Primeira Divisão.
Entre
1973 e 1979 a então CBD (Confederação Brasileira de Desportos) só promoveu
campeonatos brasileiros de primeira divisão, para os quais os certames
estaduais eram classificatórios. O Campeonato Brasileiro chegou a ser disputado
por 92 clubes, tornando desnecessária uma competição de acesso. Assim, a
segunda divisão não foi mais realizada nesse período.
A
CBF foi fundada em setembro de 1979, depois que outros esportes foram
desmembrados da CBD. A nova entidade reorganizou o campeonato brasileiro,
surgindo a Taça de Prata a partir de 1980.
A
primeira edição da Taça de Prata teve a participação de 64 clubes. Na Primeira
Fase foram divididos em oito chaves com 8 equipes cada. Jogaram dentro dos
seus grupos, classificando para as fases seguintes os três primeiros colocados
de cada grupo.
Fizeram
parte do Grupo D, Guará e Brasília do Distrito Federal juntamente com os goianos Anapolina (Anápolis)
e Itumbiara, os mineiros Uberaba e Villa Nova, de Nova Lima, e os clubes do
Mato Grosso: Operário, de Várzea Grande, e União, de Rondonópolis.
A equipe do Itumbiara fez uma das melhores campanhas na primeira fase com cinco vitórias e 10 pontos ganhos, mesma pontuação da Anapolina, mas perdeu no saldo de gols, que era o primeiro critério de desempate. A equipe classificou-se para a segunda fase da competição.
ficha técnica dos jogos contra equipes de Brasília
GUARÁ
0 x 2 ITUMBIARA
Data:
08.03.1980
Local:
Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro:
Ângelo Antônio Ferrari (MG)
Renda:
Cr$ 32.450,00
Gols:
Juci, 3 e Roberto, 47
GUARÁ:
Adriano, Zenildo, Rafael, Edvaldo e Serginho; Marquinhos, Barão e Noé; Ivonildo,
Paulo Caju e Moisés. Técnico: Mozair Barbosa.
ITUMBIARA:
Donizetti, Lúcio, Trapiche, Juci e Tuíde; Joãozinho, Donato e Serginho;
Roberto, Gélson e Galvão (Souza). Técnico: Alvair Barbosa.
BRASÍLIA
0 x 1 ITUMBIARA
Data:
12.03.1980
Local:
Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro:
José Luís Novais (SP)
Renda:
Cr$ 46.570,00
Gol:
Gélson, 70
BRASÍLIA:
Jonas, Ricardo, Mário, Zé Mário e Renê (Isaías); Alencar, Marquinhos e Wander;
Julinho, Albeneir (Rogério Macedo) e Maurinho. Técnico: Bugue.
ITUMBIARA:
Valtinho, Trapiche, Juci, Lima e Tuíde; Joãozinho, Donato e Souza; Serginho
(Cacá), Roberto (Wilson) e Gélson. Técnico: Alvair Barbosa.
Neste ano de 1980, depois de disputar como titular cinco temporadas (1975 a 1979), o meio campista Alvair assumiu o comando técnico do Gigante na Competição. Alvair Barbosa, 74 anos, gaúcho de Bagé, segundo o jornal A semana, era conhecido como Salada. Veja a ficha do craque que comandou o meio campo do tricolor ao lado de Joãozinho e vários campeonatos goianos e no Brasileiro de 1979:
ALVAIR, O SALADA - nascido em Bagé - 17/02/1948
No fim da década de cinquenta, década de sessenta e início da
de setenta as Divisões de Base do Inter, sob o comando de Abílio dos Reis,
ficaram famosas por revelar excelentes atletas, de maneira especial meia
canchas. Como exemplo mencionamos entre outros Paulo Araújo, Gaspar, Bráulio,
Chorinho, Falcão, Batista e Salada, o nosso entrevistado nesta edição. Salada,
cujo nome completo é Alvair Barbosa, foi um volante técnico com muita
habilidade no trato da bola, marcando e apoiando com muita segurança. Salada é
natural de Bagé, onde nasceu no dia dezessete de fevereiro de 1948. Integrou a
equipe de juvenís do Inter de 1966, que jogava com Schneider; Jorge Guaraci,
Nitota, Macau e Fernando; Salada, Sérgio Galocha e Tovar; José, Claudiomiro e
João Carlos Cueca. Pela abundância de bons valores formados na base, Salada não
teve muitas chances de ser aproveitado no elenco principal. O Atlântico de
Erechim foi o seu destino quando deixou o Inter. Posteriormente defendeu o
Cruzeiro de Joaçaba. Em 1969 foi para o futebol paulista contratado pelo
Comercial de Ribeirão Preto. Em 1971 foi contratado pelo Jataiense de Goiás. A
seguir defendeu o Goiatuba e em 1974 foi contratado pelo Itumbiara, também de
Goiás, onde permaneceu até 1980. Nesse ano encerrou suas atividades esportiva,
marcando de maneira expressiva sua passagem pelo futebol goiano. Salada
considera que Waldemar Carabina foi o melhor técnico que teve a orientá-lo. OS
melhores meias canchas que viu em ação foram Rivelino, Zico, Zé Carlos, ex
Cruzeiro, Ailton Lira, Paulo César Carpegiani, Zeno e Luvanor. O seu gol
inesquecível foi consignado no jogo Goiatuba X Atlético Goianense. Cobrou uma
falta com barreira. A bola bateu nas duas traves e cruzou a linha fatal. Os
seus ídolos nos gramados são Pelé, Zico e Rivelino. O apelido Salada é porque
quando garoto falava muito chiado. Hoje Salada reside na cidade goiana de
Goiatuba onde é funcionário público trabalhando no SEBRAE. Assim, resgatamos a
história futebolística de Alvair Barbosa, o Salada que foi mais um bom valor
formado nas Divisões Inferiores do Inter e que marcou presença no futebol
goiano.
A semana – 28/6/2019
No campeonato goiano de 1980, o time não foi bem e ficou na penúltima colocação entre 9 que disputaram. Não houve rebaixamento.
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