segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

ITUMBIARA CHEGA A SEGUNDA FASE DA TAÇA DE PRATA DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE 1980 E FECHA DÉCADA DE 1970 COM ALVAIR NO COMANDO TÉCNICO

 

                    Equipes do Itumbiara na temporada 1980 


 Em 1980, a Confederação Brasileira de Futebol - CBF passou a promover de forma regular a Taça de Prata ou Segunda Divisão ou Série B do Campeonato Brasileiro. Antes, no começo dos anos 70, mais precisamente 1971 e 1972, aconteceram duas edições de competições semelhantes a uma Segunda Divisão, cujos campeões (Villa Nova e Campinense, respectivamente) não subiram para a Primeira Divisão.

Entre 1973 e 1979 a então CBD (Confederação Brasileira de Desportos) só promoveu campeonatos brasileiros de primeira divisão, para os quais os certames estaduais eram classificatórios. O Campeonato Brasileiro chegou a ser disputado por 92 clubes, tornando desnecessária uma competição de acesso. Assim, a segunda divisão não foi mais realizada nesse período.

A CBF foi fundada em setembro de 1979, depois que outros esportes foram desmembrados da CBD. A nova entidade reorganizou o campeonato brasileiro, surgindo a Taça de Prata a partir de 1980.

A primeira edição da Taça de Prata teve a participação de 64 clubes. Na Primeira Fase foram divididos em oito chaves com 8 equipes cada. Jogaram dentro dos seus grupos, classificando para as fases seguintes os três primeiros colocados de cada grupo.

Fizeram parte do Grupo D, Guará e Brasília do Distrito Federal  juntamente com os goianos Anapolina (Anápolis) e Itumbiara, os mineiros Uberaba e Villa Nova, de Nova Lima, e os clubes do Mato Grosso: Operário, de Várzea Grande, e União, de Rondonópolis.

A equipe do Itumbiara fez uma das melhores campanhas na primeira fase com cinco vitórias e 10 pontos ganhos, mesma pontuação da Anapolina, mas perdeu no saldo de gols, que era o primeiro critério de desempate. A equipe classificou-se para a segunda fase da competição.


ficha técnica dos jogos contra equipes de Brasília

GUARÁ 0 x 2 ITUMBIARA

Data: 08.03.1980 

Local: Serejão, Taguatinga (DF)

Árbitro: Ângelo Antônio Ferrari (MG)

Renda: Cr$ 32.450,00

Gols: Juci, 3 e Roberto, 47

GUARÁ: Adriano, Zenildo, Rafael, Edvaldo e Serginho; Marquinhos, Barão e Noé; Ivonildo, Paulo Caju e Moisés. Técnico: Mozair Barbosa.

ITUMBIARA: Donizetti, Lúcio, Trapiche, Juci e Tuíde; Joãozinho, Donato e Serginho; Roberto, Gélson e Galvão (Souza). Técnico: Alvair Barbosa.

 

BRASÍLIA 0 x 1 ITUMBIARA

Data: 12.03.1980 

Local: Serejão, Taguatinga (DF) 

Árbitro: José Luís Novais (SP)

Renda: Cr$ 46.570,00

Gol: Gélson, 70

BRASÍLIA: Jonas, Ricardo, Mário, Zé Mário e Renê (Isaías); Alencar, Marquinhos e Wander; Julinho, Albeneir (Rogério Macedo) e Maurinho. Técnico: Bugue.

ITUMBIARA: Valtinho, Trapiche, Juci, Lima e Tuíde; Joãozinho, Donato e Souza; Serginho (Cacá), Roberto (Wilson) e Gélson. Técnico: Alvair Barbosa.


Neste ano de 1980, depois de disputar como titular cinco temporadas (1975 a 1979), o meio campista Alvair assumiu o comando técnico do Gigante na Competição. Alvair Barbosa, 74 anos, gaúcho de Bagé, segundo o jornal A semana, era conhecido como Salada. Veja a ficha do craque que comandou o meio campo do tricolor ao lado de Joãozinho e vários campeonatos goianos e no Brasileiro de 1979:

ALVAIR, O SALADA - nascido em Bagé - 17/02/1948

No fim da década de cinquenta, década de sessenta e início da de setenta as Divisões de Base do Inter, sob o comando de Abílio dos Reis, ficaram famosas por revelar excelentes atletas, de maneira especial meia canchas. Como exemplo mencionamos entre outros Paulo Araújo, Gaspar, Bráulio, Chorinho, Falcão, Batista e Salada, o nosso entrevistado nesta edição. Salada, cujo nome completo é Alvair Barbosa, foi um volante técnico com muita habilidade no trato da bola, marcando e apoiando com muita segurança. Salada é natural de Bagé, onde nasceu no dia dezessete de fevereiro de 1948. Integrou a equipe de juvenís do Inter de 1966, que jogava com Schneider; Jorge Guaraci, Nitota, Macau e Fernando; Salada, Sérgio Galocha e Tovar; José, Claudiomiro e João Carlos Cueca. Pela abundância de bons valores formados na base, Salada não teve muitas chances de ser aproveitado no elenco principal. O Atlântico de Erechim foi o seu destino quando deixou o Inter. Posteriormente defendeu o Cruzeiro de Joaçaba. Em 1969 foi para o futebol paulista contratado pelo Comercial de Ribeirão Preto. Em 1971 foi contratado pelo Jataiense de Goiás. A seguir defendeu o Goiatuba e em 1974 foi contratado pelo Itumbiara, também de Goiás, onde permaneceu até 1980. Nesse ano encerrou suas atividades esportiva, marcando de maneira expressiva sua passagem pelo futebol goiano. Salada considera que Waldemar Carabina foi o melhor técnico que teve a orientá-lo. OS melhores meias canchas que viu em ação foram Rivelino, Zico, Zé Carlos, ex Cruzeiro, Ailton Lira, Paulo César Carpegiani, Zeno e Luvanor. O seu gol inesquecível foi consignado no jogo Goiatuba X Atlético Goianense. Cobrou uma falta com barreira. A bola bateu nas duas traves e cruzou a linha fatal. Os seus ídolos nos gramados são Pelé, Zico e Rivelino. O apelido Salada é porque quando garoto falava muito chiado. Hoje Salada reside na cidade goiana de Goiatuba onde é funcionário público trabalhando no SEBRAE. Assim, resgatamos a história futebolística de Alvair Barbosa, o Salada que foi mais um bom valor formado nas Divisões Inferiores do Inter e que marcou presença no futebol goiano.

 A semana – 28/6/2019


No campeonato goiano de 1980, o time não foi bem e ficou na penúltima colocação entre 9 que disputaram. Não houve rebaixamento.




 

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário