sábado, 25 de fevereiro de 2023

COM OFERTA DE 100% DE VAGAS PARA ENSINO INTEGRAL ATÉ QUINTA SÉRIE NA REDE MUNICIPAL DE ITUMBIARA, MATRÍCULAS ALCANÇAM 80%

 

     Centro Municipal de Integração Integral José Gomes Pereira


O município de Itumbiara lançou nesta sexta-feira (25) a oferta de 100% das vagas para educação básica até a quinta série do ensino fundamental e segundo a secretária municipal de educação Silvana Fernandes Matos Macedo, 80% dos alunos efetuaram a matrícula em ensino de tempo integral. Até o ano de 2022, 5460 alunos estavam matriculados em escolas de tempo integral ou 50,15%. Outros 5.492 alunos estavam em tempo parcial na educação infantil e ensino fundamental. O estado de Goiás também recebe alunos no ensino fundamental e contava com 3084 alunos. Ainda segunda a secretária municipal, a opção da oferta de 100% de vagas da pré-escola aos anos iniciais do ensino fundamental surgiu para atender os pais que procuravam o município para matricular em tempo integral e não haviam vagas. Em 2023, foram realizadas 12.644 matrículas, informou a secretária em programa semanal na rádio Difusora.

Como vai funcionar

1 - As escolas de tempo integral Juca Andrade e José Gomes Pereira mudam para Centros Municipais de Tempo Integral. A primeira vai receber alunos do pré I e II e primeiro ano do ensino fundamental. O Centro Municipal José Gomes Pereira irá receber alunos do segundo ao quinto ano - anos iniciais do ensino fundamental. O município vai atuar nos anos finais nas séries sexta e sétima e repassou para o governo estadual alunos da oitava e nova série. Não há mudanças nos anos finais.

2 - A escolha do tempo integral é opcional para os pais no ato da matrícula na zona urbana. Os alunos da zona rural já estudam em tempo integral na Escola Municipal localizada no povoado de Meia Ponte e  na escola Modelo e Amadeu Pedro em Itumbiara.

3 - Como vai funcionar a oferta de vagas em tempo integral

Os alunos fazem as matrículas nas escolas de ensino regular, onde cumprem a jornada de ensino normal. Em outro turno são realizadas oficinas nos centros municipais de tempo integral, onde recebem café da manhã, lanche e almoço e tem oficinas que complementam a carga horária de 10 horas por dia. 

4 - O município está  realizando licitação para contratação pública para atender 17 rotas. Os alunos serão transportados de suas escolas onde cumprem a jornada regular para os Centros Municipais de Tempo Integral no intervalo do almoço.

Escolas de tempo integral no Brasil








Censo Escolar 2022

Segundo o último censo escolar do ano de 2022, divulgado pelo INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, o município de Itumbiara fechou no ano passado com 11.788 alunos matriculados no ensino regular, sendo 11.036 na zona urbana e 180 na zona rural. Outros 572 foram matriculados na educação especial. 



sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

ITUMBIARA TEVE 70% DE APROVEITAMENTO NO BRASILEIRO TAÇA DE PRATA EM 1983 E FICOU PERTO DE GANHAR O GOIANO COM OS MENINOS DA CASA

 

EM 1983, COM OS MENINOS DA CASA NO MEIO CAMPO, ITUMBIARA TEM 70% DE APROVEITAMENTO NA PRIMEIRA FASE DO CAMPEONATO BRASILEIRO TAÇA DE PRATA E FOI ELIMINADO PELO CAMPEÃO EM JOGO ELIMINATÓRIO

NO CAMPEONATO GOIANO, O TIME TEVE PERTO DE GANHAR  PELA PRIMEIRA VEZ O TORNEIO, MAS FOI ELIMINADO EM DUAS SEMIFINAIS DE TURNOS PELA ANAPOLINA, NOS PENALTIS E NO TAPETÃO

 

Presidente: Nadir Nader

Técnicos: Rubens Freitas e Paulo Branco

Equipe base: Donizete, Robô, Juci, Dick e Alcides. Odair Tito, Donatinho e Péricles. Nando, Radas e Henrique

Outros jogadores: Ademar, Alacir, Aluísio, Serginho Brasília, Pitta, Paulo Roberto e Sousa

Artilheiros no Brasileiro: Henrique e Donato com 4 gols

Serginho Brasília, Péricles e Nando com 3

 

Com a boa campanha no campeonato goiano de 1982, a equipe do Itumbiara disputou novamente o Campeonato Brasileiro na Taça de Prata em 1983 e fez bonito. Na primeira fase teve aproveitamento de 70% e ficou no segundo lugar a um ponto do primeiro que foi o Botafogo SP, único derrota do time nesta fase. Venceu Atlético goianiense, Operário MS e Maringá e empatou com o Coritiba. Na segunda fase teve perto de ir para a primeira divisão, já que o primeiro lugar do grupo, já subia, mas acabou perdendo para o Americano de Campos a vaga na derrota por 2 a 0. Nesta fase venceu a Portuguesa SP e avançou para as quartas de final, mas perdeu no mata-mata para o Juventus por 3 a 1 em São Paulo e empatou em 1 a 1 no JK, sendo eliminado.

Campeonato Goiano

Na temporada 1983, com o meio-campo composto pelos meninos de Itumbiara Odair Tito, Péricles e Donato, o time esteve muito perto de ser campeão. No primeiro turno, disputou a semifinal contra a Anapolina, perdeu o primeiro em Anápolis, ganhou o segundo no JK, mas perdeu os pontos do último jogo. No segundo turno, nova semifinal contra a Anapolina e após dois empates, perdeu nos pênaltis. As duas finais de turno foram vencidas pelo Goiás, que ganhou direto o campeonato.

Nos bastidores

O técnico da equipe que começou foi Rubens Freitas, que já havia treinado o time em 1982, mas terminou saindo e o preparador físico Paulo Branco, terminou como técnico. Diziam alguns jogadores da época, que o presidente Nadir Nader gostava de influir nas escalações do time e alguns treinadores, como Aderbal Lana não aceitavam indicações e prevalecia a posição do presidente com as quedas dos técnicos.

 



segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

EM 1982, AS DISPUTAS ELEITORAIS DA ANTIGA ARENA CONTRA MDB VÃO PARA OS CAMPOS DE FUTEBOL ENTRE ITUMBIARA E NACIONAL. NO FINAL, BRILHAM ODAIR TITO, DONATO E PÉRICLES

 

POLÍTICA E FUTEBOL – AS DISPUTAS ENTRA ARENA E MDB ESTÃO DE VOLTA

NACIONAL E ITUMBIARA NA PRIMEIRA DIVISÃO – NACIONAL REBAIXADO E ITUMBIARA MELHOR DO INTERIOR PELA QUARTA VEZ

O JOVEM PÉRICLES COM 18 ANOS É TITULAR NO GIGANTE

O destaque do Itumbiara no meio-campo com jogadores da cidade: Odair Tito, Donato e Péricles

 




O ano de 1981 havia sido ruim para o Itumbiara e ficou perto de ser rebaixado. Naquele ano, o ex-presidente Nadir Nader resolveu descansar e José Magalhães Cotrim e depois Raul Jota Santos assumiram, mas no final do ano, Nadir foi chamado e ajudou o clube a se salvar. Com a experiência de vários anos na presidência fez uma grande equipe que fez bonito em 1982 e revelou vários jogadores da cidade, com destaque para um meio-campo composto por Odair Tito, Donato e Péricles.

As disputas políticas voltaram

Mas o grande acontecimento de 1982, foi a volta do Nacional aos campos de futebol. Depois de ganhar a segunda divisão de forma invicta em 1981 e ter apoio de políticos ligados a antiga ARENA, na época PDS e que governava o estado de Goiás, o Galo da Fronteira ganhou uma reforma de 15 milhões de cruzeiros no Estádio do Paranaíba e fez um grande time para disputar a primeira divisão em 1982. Foram 4 jogos entre os dois times agora rivais na política e no campo de futebol. No primeiro jogo pela primeira fase do Campeonato goiano, ocorreu um empate em 2 a 2, mas em seguida o Nacional venceu no returno por 3 a 1 e por 1 a 0 no primeiro turno do Otogonal. O Itumbiara só conseguiu vencer o Nacional no último jogo desta fase pelo placar de 2 a1. Com o resultado, o Gigante avançou para um quadrangular final, conseguiu uma vaga no campeonato brasileiro de 1983 e o Nacional foi novamente rebaixado para a segunda divisão.

Presidente Nadir Nader

Técnicos Paulo Branco e Rubens Freitas

Time: Valtinho (Donizete), Cacá, Juci (Dick), Ailton (Pitete) e Alcides (Pedrinho). Sousa (Odair Tito), Luis Márcio (Donato) e Péricles. Linha (Lulinha), Gilberto (Fernando) e Toninho Caju (Henrique)

Luiz Dário, Félix, Serginho

 

JOGOS



sábado, 18 de fevereiro de 2023

ITUMBIARA NA DÉCADA DE 1980: VOLTA O NACIONAL E O GIGANTE DISPUTA A TAÇA DE BRONZE NO BRASILEIRO DE 1981

 

O time de 1981 no campeonato Goiano

Donizete, Cacá, Cleber, Hélio e Tuíde. Sousa, Donato e Luis Márcio. Osmar, Jorge Luiz e Henrique.

Outros jogadores utilizados na temporada: Odair Tito,  Nilton Galinha, Tite, Zé Arnaldo, Devanir, Serafim, Afrânio, Linconh, Carlinhos Pantera, Linha, Nelson Pastelão, Delci e Tite

Presidente: José Magalhães Cotrim

Treinador: Juci

Depois de uma década a partir da fundação da equipe em 1970, foram dez anos de consolidação do Gigante do Vale, que ficou fora apenas do campeonato goiano de 1971, quando perdeu o torneio seletivo para o Goiatuba e a repescagem para o Campinas. A partir de 1973, consolida-se um modelo que busca jogadores desconhecidos no interior de São Paulo, que são destacados no campeonato goiano e rende boas transações com grandes clubes. Destacaram-se como presidentes, o primeiro Modesto de Carvalho e Nadir Nader, que liderou a diretoria na segunda metade da década de 1970. No comando da equipe, por vários anos, Aderbal Lana foi a referência como técnico enérgico e disciplinador, que levou o clube a disputar pela única vez a primeira divisão do campeonato brasileiro e também a taça de prata, que corresponderia nos tempos atuais a série B. Em campo, ficaram marcados como um dos melhores times, que começava no gol com Valtinho, titular em uma década e uma dupla de defensores que unia a técnica e a garra com Zezinho que ganhou o sobrenome de Figueroa e depois, Juci com a marca do chute forte na cobrança de faltas. Lima foi sempre o quarto zagueiro que fez dupla com os zagueiros clássicos. No meio, todos se lembram de Joâozinho e Alvair, titulares absolutos do meio-campo e no ataque, artilheiros como Roberto Bertucço, Fantato, Serginho e Tite.

Com calendário cheio em 1981, logo no começo a conquista da vaga para disputar o campeonato Brasileiro na Taça de Bronze, onde o Gigante caiu para o Dom Bosco na segunda fase. No campeonato goiano, a Anapolina dominou e ganhou o troféu de primeiro lugar com uma equipe mágica que foi vice-campeã brasileira e tinha Sávio como artilheiro. Mas o Goiás tomou o título no tapetão pelo uso irregular do jogador Osmar Lima pela Anapolina. O Itumbiara ficou em sexto lugar e começava a surgir jogadores da “casa”, como Odair Tito, filho do primeiro técnico do clube em 1970. Fora de campo, ressurgia o Nacional que disputava mais uma vez a segunda divisão e conquistou o direito de ficar junto com o Gigante na primeira divisão do ano de 1982. Surgia uma nova rivalidade, agora local.

 Jogos




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

ITUMBIARA CHEGA A SEGUNDA FASE DA TAÇA DE PRATA DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE 1980 E FECHA DÉCADA DE 1970 COM ALVAIR NO COMANDO TÉCNICO

 

                    Equipes do Itumbiara na temporada 1980 


 Em 1980, a Confederação Brasileira de Futebol - CBF passou a promover de forma regular a Taça de Prata ou Segunda Divisão ou Série B do Campeonato Brasileiro. Antes, no começo dos anos 70, mais precisamente 1971 e 1972, aconteceram duas edições de competições semelhantes a uma Segunda Divisão, cujos campeões (Villa Nova e Campinense, respectivamente) não subiram para a Primeira Divisão.

Entre 1973 e 1979 a então CBD (Confederação Brasileira de Desportos) só promoveu campeonatos brasileiros de primeira divisão, para os quais os certames estaduais eram classificatórios. O Campeonato Brasileiro chegou a ser disputado por 92 clubes, tornando desnecessária uma competição de acesso. Assim, a segunda divisão não foi mais realizada nesse período.

A CBF foi fundada em setembro de 1979, depois que outros esportes foram desmembrados da CBD. A nova entidade reorganizou o campeonato brasileiro, surgindo a Taça de Prata a partir de 1980.

A primeira edição da Taça de Prata teve a participação de 64 clubes. Na Primeira Fase foram divididos em oito chaves com 8 equipes cada. Jogaram dentro dos seus grupos, classificando para as fases seguintes os três primeiros colocados de cada grupo.

Fizeram parte do Grupo D, Guará e Brasília do Distrito Federal  juntamente com os goianos Anapolina (Anápolis) e Itumbiara, os mineiros Uberaba e Villa Nova, de Nova Lima, e os clubes do Mato Grosso: Operário, de Várzea Grande, e União, de Rondonópolis.

A equipe do Itumbiara fez uma das melhores campanhas na primeira fase com cinco vitórias e 10 pontos ganhos, mesma pontuação da Anapolina, mas perdeu no saldo de gols, que era o primeiro critério de desempate. A equipe classificou-se para a segunda fase da competição.


ficha técnica dos jogos contra equipes de Brasília

GUARÁ 0 x 2 ITUMBIARA

Data: 08.03.1980 

Local: Serejão, Taguatinga (DF)

Árbitro: Ângelo Antônio Ferrari (MG)

Renda: Cr$ 32.450,00

Gols: Juci, 3 e Roberto, 47

GUARÁ: Adriano, Zenildo, Rafael, Edvaldo e Serginho; Marquinhos, Barão e Noé; Ivonildo, Paulo Caju e Moisés. Técnico: Mozair Barbosa.

ITUMBIARA: Donizetti, Lúcio, Trapiche, Juci e Tuíde; Joãozinho, Donato e Serginho; Roberto, Gélson e Galvão (Souza). Técnico: Alvair Barbosa.

 

BRASÍLIA 0 x 1 ITUMBIARA

Data: 12.03.1980 

Local: Serejão, Taguatinga (DF) 

Árbitro: José Luís Novais (SP)

Renda: Cr$ 46.570,00

Gol: Gélson, 70

BRASÍLIA: Jonas, Ricardo, Mário, Zé Mário e Renê (Isaías); Alencar, Marquinhos e Wander; Julinho, Albeneir (Rogério Macedo) e Maurinho. Técnico: Bugue.

ITUMBIARA: Valtinho, Trapiche, Juci, Lima e Tuíde; Joãozinho, Donato e Souza; Serginho (Cacá), Roberto (Wilson) e Gélson. Técnico: Alvair Barbosa.


Neste ano de 1980, depois de disputar como titular cinco temporadas (1975 a 1979), o meio campista Alvair assumiu o comando técnico do Gigante na Competição. Alvair Barbosa, 74 anos, gaúcho de Bagé, segundo o jornal A semana, era conhecido como Salada. Veja a ficha do craque que comandou o meio campo do tricolor ao lado de Joãozinho e vários campeonatos goianos e no Brasileiro de 1979:

ALVAIR, O SALADA - nascido em Bagé - 17/02/1948

No fim da década de cinquenta, década de sessenta e início da de setenta as Divisões de Base do Inter, sob o comando de Abílio dos Reis, ficaram famosas por revelar excelentes atletas, de maneira especial meia canchas. Como exemplo mencionamos entre outros Paulo Araújo, Gaspar, Bráulio, Chorinho, Falcão, Batista e Salada, o nosso entrevistado nesta edição. Salada, cujo nome completo é Alvair Barbosa, foi um volante técnico com muita habilidade no trato da bola, marcando e apoiando com muita segurança. Salada é natural de Bagé, onde nasceu no dia dezessete de fevereiro de 1948. Integrou a equipe de juvenís do Inter de 1966, que jogava com Schneider; Jorge Guaraci, Nitota, Macau e Fernando; Salada, Sérgio Galocha e Tovar; José, Claudiomiro e João Carlos Cueca. Pela abundância de bons valores formados na base, Salada não teve muitas chances de ser aproveitado no elenco principal. O Atlântico de Erechim foi o seu destino quando deixou o Inter. Posteriormente defendeu o Cruzeiro de Joaçaba. Em 1969 foi para o futebol paulista contratado pelo Comercial de Ribeirão Preto. Em 1971 foi contratado pelo Jataiense de Goiás. A seguir defendeu o Goiatuba e em 1974 foi contratado pelo Itumbiara, também de Goiás, onde permaneceu até 1980. Nesse ano encerrou suas atividades esportiva, marcando de maneira expressiva sua passagem pelo futebol goiano. Salada considera que Waldemar Carabina foi o melhor técnico que teve a orientá-lo. OS melhores meias canchas que viu em ação foram Rivelino, Zico, Zé Carlos, ex Cruzeiro, Ailton Lira, Paulo César Carpegiani, Zeno e Luvanor. O seu gol inesquecível foi consignado no jogo Goiatuba X Atlético Goianense. Cobrou uma falta com barreira. A bola bateu nas duas traves e cruzou a linha fatal. Os seus ídolos nos gramados são Pelé, Zico e Rivelino. O apelido Salada é porque quando garoto falava muito chiado. Hoje Salada reside na cidade goiana de Goiatuba onde é funcionário público trabalhando no SEBRAE. Assim, resgatamos a história futebolística de Alvair Barbosa, o Salada que foi mais um bom valor formado nas Divisões Inferiores do Inter e que marcou presença no futebol goiano.

 A semana – 28/6/2019


No campeonato goiano de 1980, o time não foi bem e ficou na penúltima colocação entre 9 que disputaram. Não houve rebaixamento.




 

 


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

O GIGANTE CHEGOU A PRIMEIRA DIVISÃO DO CAMPEONATO BRASILEIRO EM 1979

 

               Goleiro Valtinho em treino do Itumbiara no JK

O GIGANTE NO ANO DE 1979

O mais longo campeonato goiano da história foi o de 1978,         que só chegou ao final em abril de 1979. Depois de alguns amistosos contra Uberaba, Atlético e Goiânia,  o Itumbiara  foi para mais uma participação no Campeonato Goiano de 1979 e chegou ao hexagonal final que classificou as equipes para a disputa do último campeonato brasileiro da antiga CBD, que chegou a 94 equipes. Itumbiara estava entre as oitenta que iniciaram a disputa da primeira divisão naquele ano, a única que o Gigante esteve. Em um grupo de dez equipes, as quatro melhores classificadas iriam para a próxima fase, mas o tricolor ficou em sexto lugar e parou na primeira fase. Fora de campo, o time estava organizado pelo presidente Nadir Nader, desde 1977. Com boas rendas e muitas negociações de atletas. O clube enfim estava preparado para disputar um campeonato brasileiro. No majestoso JK, destaques para o goleiro Valtinho que estava no clube desde a fundação em 1970 e a partir daquele ano, passaria a contar com um reserva que iria lhe suceder no gol, que era Donizete. Assim como Valtinho, o zagueiro Lima também seguia na equipe e ganhara a parceria na zaga de Juci, chamado de Canhão de Araripina, e que havia sucedido Zezinho Figueroa a partir de 1977. Joãozinho ainda reinava no meio campo e ganhara a presença de Souza e Donatinho. No ataque, Serginho Brasília, Roberto Bombinha e Wilson comandavam a artilharia tricolor. Alvair Barbosa, o gaúcho que deixara o Goiatuba no início da década, a partir de 1975 foi titular por várias temporadas no Gigante e agora era o treinador no Brasileiro.

 




os jogos






Os atletas

Valtinho

 Walter Gabriel Santana – nascido em Araguari no dia 27/01/1946

Faleceu em Itumbiara em 25/08/2014 – foi titular no Gigante do Vale entre 1970 e 1979.

 

Juci

 

NOME COMPLETO: Juci Tenório de Araújo

APELIDO: Juci

LOCAL E DATA DE NASCIMENTO: Recife (PE), 1º de maio de 1948

POSIÇÃO EM CAMPO: Zagueiro

 

LINHA DO TEMPO

 

1965

Começou a jogar futebol nos juvenis do Colombo, do Núcleo Bandeirante (DF).

 

1966

 

Estreia no time principal do Colombo no dia 11 de abril de 1966, no amistoso com derrota para o Atlético Goianiense (2 x 3), no Estádio de Brasília. O Colombo formou com Dico, Vonges, Juci, Sir Peres e Oliveira; Índio (Sabino) e Paulista; Tião I, Baiano, Cid e Crispim.

Convocado para amistoso em benefício das obras do Estádio de Brasília, entre as seleções do Distrito Federal e de São Paulo, no dia 11 de maio de 1966. Não entrou no jogo.

Segunda convocação para defender a Seleção do Distrito Federal, contra a seleção de Goiás, no dia 23 de novembro de 1966. Desta vez como titular. A seleção do DF venceu por 2 x 1 e formou assim: Zé Walter, Aderbal, Juci, Carlão e Oliveira; João Dutra e Ely; Zezé, Sabará (Invasão), Roberto e Arnaldo.

Fez parte da “Seleção do Ano”, escolhida pela Editoria de Esportes do Correio Braziliense, assim composta: Walmir (Luziânia), Aderbal (Rabello), Juci (Colombo), Carlão (Rabello) e Oliveira (Colombo); João Dutra (Rabello) e Beto Pretti (Rabello); Sabará (Luziânia), Cid (Colombo), Otávio (Rabello) e Reinaldo (Rabello).

Campeão do Torneio “Engenheiro Plínio Cantanhede”, realizado de 23 de outubro a 20 de novembro de 1966, e que contou com a participação das sete equipes profissionais do DF.

Foi titular em todas as partidas disputadas pelo Campeonato Brasiliense de 1966. O Colombo ficou com a terceira colocação.

 

1967

Convocado para a Seleção do DF que, no dia 16 de julho de 1967, enfrentou o Racing, do Uruguai. Não participou do jogo.

Disputou a Copa Brasil Central pelo Colombo.

No Campeonato Brasiliense de 1967, Juci esteve em onze dos treze jogos disputados pelo Colombo, que voltou a ficar em terceiro lugar.

Seu último jogo com a camisa do Colombo foi em 19 de novembro de 1967, no Estádio de Brasília, com derrota para o Rabello. O Colombo atuou com essa formação: Sílvio, Ivan, Juci, Sir Peres e Oliveira; Bolinha e Zezé; Índio, Paulista, Baiano e Crispim.

 

1968

Em janeiro de 1968, Juci e Crispim, ambos do Colombo, se transferiram para o América, de Belo Horizonte (MG). No final do mesmo mês, Juci já estava treinando entre os reservas do América.

No time titular fez sua estreia no dia 4 de fevereiro de 1968, no Mineirão, na vitória de 2 x 1 sobre o Democrata, de Sete Lagoas. O América jogou com Emílio, Décio Brito (Sabará), Juci, Caillaux e Vanderlei; Dirceu Alves e Carlos Pedro (Chiquito); Zé Carlos, Mosquito (Edvar), Samuel e Crispim.

 

1969

A primeira participação do Democrata, de Governador Valadares, no Campeonato Mineiro de Profissionais aconteceu em 1969, após a Federação Mineira extinguir a divisão especial e a primeira divisão em 1968, criando a divisão extra. O Democrata-GV foi convidado a participar desta divisão. Entre os jogadores inscritos para disputar o campeonato mineiro de 1969 estava Juci. O técnico era Henrique Frade.

No dia 2 de fevereiro de 1969, em jogo pelo Campeonato Mineiro, contra o América-MG, passou a formar a zaga com Elci. Além disso, seu companheiro Crispim na ponta esquerda.

 

1970

Disputou o Campeonato Mineiro no Democrata-GV. O clube ficou em segundo lugar no Grupo B na Fase de Classificação e não conseguiu passar para a Segunda Fase.

 

1971

Transferiu-se para a Desportiva Ferroviária, do Espírito Santo, também formando a zaga com Elci. Em junho, a Desportiva perdeu a decisão numa série melhor de quatro pontos que apontou o campeão de Vitória, contra o Rio Branco.

 

1972

No dia 25 de janeiro de 1972, Rio Branco, campeão do 1º turno, e Desportiva, vencedora do segundo, voltaram a disputar um título - em série de melhor de três -, desta vez pelo Campeonato Capixaba de 1971. A Desportiva venceu por 1 x 0, gol de Chiquinho, sagrando-se campeã com essa formação: Edalmo, Walter, Juci, Elci (Serginho) e Nelson; Pinduca e Marcílio; Chiquinho, Elísio, Kleber e Carlinhos (Déo). Treinador: Beto Pretti.

Mas o Rio Branco recorreu à Justiça Desportiva e pediu a anulação do jogo, sob alegação de que os atletas Nelson e Walter pertenciam ao Valeriodoce, de Itabira (MG), time também patrocinado pela Companha Vale do Rio Doce, e que disputaram simultaneamente o campeonato mineiro. A CBD anulou o jogo, marcou nova data para a partida, mas a Desportiva não compareceu, ficando o título para o Rio Branco.

Depois de começar o ano de 1972 na Desportiva, disputou o Campeonato Mineiro pelo Valeriodoce, de Itabira (MG).

Retornou ao clube capixaba e no dia 10 de dezembro de 1972, de pênalti, marcou o gol da vitória de 1 x 0 da Desportiva sobre o Rio Branco, no primeiro jogo da melhor-de-três. Após derrota no jogo seguinte e um empate no terceiro, a Desportiva venceu o campeonato capixaba.

 

1973

No dia 31 de janeiro, marcou o gol do empate em 1 x 1 da Desportiva com o Botafogo-RJ, cobrando pênalti.

Em 26 de agosto, a Desportiva faz sua estreia no Campeonato Brasileiro, contra o Sergipe, com o técnico Beto Pretti comandando a equipe. Juci, de pênalti, marcou um dos gols da vitória de 2 x 0). A Desportiva formou com Jorge Reis, Walter, Juci, Elci e Nélson Souza; Wilson Pereira e Evandro (Baiano); Sérgio, Lucinho (Elísio), Zezinho e Fio Maravilha.

Logo após a derrota do Flamengo para a Desportiva Ferroviária, por 1 x 0, no dia 17 de outubro, o técnico do rubro-negro carioca, na edição do Jornal dos Sports de 19.10.1973, fez os maiores elogios ao time capixaba e apontou dois jogadores, Zezinho e Juci, a seu ver, em nível de seleção brasileira. Zagalo disse que Juci foi o melhor zagueiro que já viu atuar nesse Campeonato Brasileiro.

Curiosidade: No dia 11 de novembro de 1973, em Vitória, a Desportiva venceu o Ceub, de Brasília, por 1 x 0, gol de Juci, cobrando pênalti.

 

No dia 25 de julho de 1973, Juci retornava de um passeio à praia de Camboriú com o acadêmico Carlos Lima, do departamento médico do clube, quando um caminhão parou de repente na frente do Opala dirigido pelo sextanista de medicina. Resultado: Carlos Lima teve morte instantânea e Juci fraturou a clavícula esquerda.

 

1974

 

No dia 12 de fevereiro de 1974, a Desportiva venceu o Rio Branco, por 2 x 1, no jogo que apontou de quem seria a vaga do Espírito Santo para o Campeonato Brasileiro desse ano. No tempo normal de jogo, empate em 1 x 1. No segundo tempo da prorrogação, Juci marcou o gol da vitória da Desportiva.

Em julho de 1974, a imprensa carioca divulgava que o treinador Zagalo havia indicado o zagueiro Juci para fazer parte do elenco do Botafogo. Quem também estava interessado no zagueiro era o Atlético Paranaense, baseado em suas boas atuações em Curitiba, quando sempre foi o melhor jogador da Desportiva. Como o Botafogo decidiu investir nas categorias de base, em agosto de 1974, Juci foi emprestado ao Atlético Paranaense, e estreou no dia 4 de setembro de 1974, na vitória de 4 x 0 sobre o Paranavaí, substituindo Almeida, jogador em que esteve na reserva na maioria dos jogos.

 

1975

Retornou à Desportiva, onde foi vice-campeão capixaba e disputou o Campeonato Brasileiro.

 

1976

Disputou o Campeonato Goiano pelo Atlético Goianiense, ficado o clube na terceira colocação. No Torneio Seletivo que apontaria os dois clubes goianos ao Campeonato Brasileiro, o Atlético Goianiense empatou os seis jogos que disputou e ficou na terceira colocação, atrás de Goiás e Goiânia. Como este não se classificou, foi emprestado ao Goiânia.

 

1977

Juci estreou no dia 24 de março de 1977, na Copa Leonino Caiado, defendendo o Itumbiara, na vitória de 2 x 0 sobre o Vila Nova. O Itumbiara ficou com o vice-campeonato da competição.

Depois, o Itumbiara, disputou o Campeonato Goiano, ficando de fora do quadrangular final.

No Seletivo que apontaria o segundo representante goiano no Campeonato Brasileiro desse ano (o outro era o campeão estadual Goiás), o Itumbiara chegou na primeira colocação do quadrangular, juntamente com o Vila Nova, para quem perdeu a decisão, por 1 x 0.

Como o torneio foi vencido pelo Vila Nova, Juci foi emprestado ao Goiás para a disputa do Campeonato Brasileiro.

 

1978

Disputou o Campeonato Goiano, pelo Itumbiara.

 

1979

Disputou o Campeonato Goiano e o Campeonato Brasileiro da Série A pelo Itumbiara.

 

1980

Campeonato Brasileiro da Série B pelo Itumbiara.

 

1983

Última participação no futebol no Campeonato Brasileiro da Série B pelo Itumbiara.

 

2005

Faleceu no dia 21 de janeiro de 2005.



A estreia do ITUMBIARA no Campeonato Brasileiro aconteceu em 1979. Neste ano, a competição reuniu na Primeira Divisão ou Série A 94 clubes participantes

O Itumbiara fez parte do Grupo C, juntamente com Guará, Brasília e Gama, do DF, Mixto e Operário, do Mato Grosso, Comercial, do Mato Grosso do Sul, Atlético Goianiense de Goiás, Itabuna e Fluminense, de Feira de Santana, da Bahia.

Estreou jogando  na cidade de Itumbiara (GO), contra o Guará e venceu por 3 x 1.

O atacante Wilson marcou o primeiro gol do Itumbiara na história do campeonato brasileiro.

 

ITUMBIARA 3 x 1 GUARÁ

Data: 23 de setembro de 1979

Local: JK, Itumbiara (GO) 

Árbitro: Manoel Amaro de Lima (PE) 

Renda: Cr$ 333.280,00

Expulsão: Dionísio, do Guará 

Gols: Wilson, 11; Roberto, 17, Edvaldo, 37 e Joãozinho, 52 

ITUMBIARA: Donizetti, Tripiche, Juci, Lima e Tuíde (Cacá); Souza (Maurinho), Joãozinho e Rogério; Serginho, Roberto e Wilson. 

GUARÁ: Vilmar, Edvaldo, Dão, Gilberto e Geraldo Galvão; Warlan (Neto), Marquinhos e Jânio (Maurício); Paulo César, Dionísio e Aluísio. Técnico: Carlos José.

 

Fonte: historiadofutebolbrasiliense.blogspot.com