terça-feira, 12 de julho de 2022

61% DOS PRODUTORES RURAIS DA REGIÃO DO SANTA MARIA TRABALHAM NA PRODUÇÃO DO LEITE

 NESTA EDIÇÃO, SÃO APRESENTADOS O RESULTADO DE ESTUDOS DA COMISSÃO DE ECONOMIA SOLIDÁRIA DA PRIMEIRA EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO SANTA MARIA


                 Propriedade rural na região do Ribeirão Santa Maria - Itumbiara - Panamá

Comissão de Economia Solidária

 

 

 

 

 

 

 

 

Relatório de resultados da I Expedição Científica do Ribeirão Santa Maria – Ambientalista Adalberto da Silva e Sousa, da comissão de Economia Solidária, no período de 23 a 28 de maio de 2022.

 

Coordenadores: Dr. Angelo Silva Cavalcante Relator: Me. João Nilson da Rosa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Itumbiara - GO 2022


AGRADECIMENTOS

 

 

A comissão de Economia Solidária agradece o convite da organização da I Expedição do Ribeirão Santa Maria Ambientalista Adalberto da Silva e Sousa, com a missão de diagnosticar as condições ambientais desse manancial na perspectiva de perenizar como fornecedor de água potável aos munícipes da cidade de Itumbiara.

Da mesma forma agradecer a Ma Yara Oliveira e Silva, coordenadora da Unidade Universitária da UEG de Itumbiara e ao Dr. Ednando Batista Vieira, coordenador do curso de Ciências Econômicas da Unidade Universitária da UEG de Itumbiara, pelo convite e confiança em representarmos a UEG Itumbiara como expedicionários em tão importante trabalho ambiental e socio econômico para a comunidade Itumbiarense.

 

 

 

 

A clarividência é uma virtude que se adquire pela intuição, mas sobretudo pelo estudo e tentar ver a partir do presente o que se projeta no futuro”. Milton Santos

 

“A vida é como andar de bicicleta, para estar em equilíbrio tem de estar sempre em movimento.” Albert Einstein


 

I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO SANTA MARIA AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA

 

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO

 

INTRODUÇÃO........................................................................................................

5

 

1

 

ASPECTOS GERAIS DA DINÂMICA DA PRODUÇÃO.........................

 

7

 

2

 

RESULTADOS DA PESQUISA...................................................................

 

15

 

3

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................

 

20

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................

23

 

ANEXO 1 Registro fotográfico Acervo Dr. Angelo Silva Cavalcante...

24

 

ANEXO 2 QUESTIONÁRIO SEMIESTRUTURADO............................

31


 

 

INTRODUÇÃO

A comissão de Economia Solidária, na coordenação do Dr. Angelo Silva Cavalcante e relatoria do Me. João Nilson da Rosa, apresenta os resultados da pesquisa de campo da I Expedição Científica do Ribeirão Santa Maria – Ambientalista Adalberto da Silva e Sousa alinhada com o objetivo geral do projeto de realizar um diagnóstico do Ribeirão Santa Maria e, a partir dos resultados, oferecer aos gestores públicos as informações adequadas à criação e a implementação de políticas públicas que garantam as necessárias ações ambientais na perspectiva da manutenção no abastecimento de água potável à população do município de Itumbiara.

Neste sentido, adotou-se a abordagem direta aos ribeirinhos, de acordo com o cronograma de visitas in loco, produtores ou residentes no objeto de pesquisar-se as atividades produtivas com fins de aglutinar as informações mínimas para o diagnóstico da realidade socioeconômica dos produtores ao longo do manancial. Esse trabalho poderá mapear os potenciais econômicos ligados ao ecoturismo, bem como a produção de alimentos oriundos da agricultura familiar como os hortifrutigranjeiros, carnes, leite e seus derivados, artesanato entre outros e, para tanto fez-se uso de questionário semiestruturado constante no anexo desse documento.

Os resultados demonstram a precariedade do campesinato, residente às margens do Ribeirão Santa Maria, no que tange o desamparo e indiferença do poder público em seus diferentes níveis no que diz respeito as condições sanitárias, na coleta do lixo, tratamento adequado na oferta e descarte das águas utilizadas pelos ribeirinhos.

No objetivo de demonstrar os resultados socioeconômicos, procedeu-se a estratificação e mensuração da pesquisa de campo, com vistas a subsidiar as ações públicas para a criação das políticas públicas e na intenção de promover parcerias público privadas e, dessa forma mitigar-se os inegáveis impactos nocivos ao meio ambiente expresso na contaminação de forma direta e indireta das águas.

Salienta-se que se observou gargalos na oferta de alimentos, produtos com problemas na gestão da produção, com a tomada de decisão equivocada no que, quanto, para quem e como produzir, problemas fundamentais da economia que atingem o modelo na produção de alimentos de forma econômica e ambientalmente sustentável.


Nesse contexto, passamos a apresentar os dados colhidos em 13 propriedades visitadas como amostra do universo dos residentes nas margens do Ribeirão Santa Maria.

 

1.        ASPECTOS GERAIS DA DINÂMICA DA PRODUÇÃO

 

 

Na perspectiva de entendermos a produção no recorte geográfico estudado, a sua estrutura e infraestrutura para a produção e escoamento dos produtos adota-se como premissa básica a abordagem das teorias da produção e consumo aliado a pesquisa de campo, conjunto de fatores que auxiliam na identificação dos gargalos na produção sustentável de alimentos, bem como nas estratégias adotadas pelos ribeirinhos na comercialização dessa produção.

Assim, segundo Nogami (2012), os problemas fundamentais da economia são princípios das práticas econômicas e tem moldado o cotidiano dos cidadãos, portanto, o conhecimento acerca do tema se faz necessário, considerando-se a complexidade dos problemas sociais que interagem no mercado globalizado e altamente concorrencial, que demanda alimentos produzidos de forma ecologicamente correta.

Não obstante, apesar dos indivíduos estarem presentes em todas as fases da produção poucas possuem os conhecimentos teóricos necessários que permitam uma visão crítica acerca da necessidade de produzir com resultado socioeconômico e, nesse aspecto a produção sustentável se faz presente e essa metodologia, produzir com sustentabilidade precede a análise dos problemas econômicos do cotidiano, em especial a demanda por produtos com apelo à sustentabilidade.

Nesse sentido está a premissa de pesquisar a dinâmica da produção no recorte geográfico da ação da I Expedição no Ribeirão Santa Maria que proporciona o conjunto de conhecimentos que abarcam a produção do setor primário na região estudada.

Nessa condição, uma economia em evolução tem como premissa básica a organização da produção que, no seu dinamismo, poderá refletir em crescimento e desenvolvimento socioeconômico para as pessoas envolvidas no processo produtivo e Nogami (2012) enfatiza que qualquer sociedade, capitalista, comunista, socialista ou até mesmo uma ilha isolada no Pacífico deve enfrentar os três problemas econômicos básicos, fundamentais e interdependentes na tomada de decisão do produtor, quais sejam o que, como e para quem produzir, especialmente no desafio de produzir e preservar o meio ambiente.


I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO SANTA MARIA

AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA

Dessa forma, tampouco haveria importância se a mão de obra e as matérias-primas fossem combinadas e utilizadas de forma pouco produtiva. Samuelson (1975, p. 20), destaca que “desde que todos pudessem ter tudo o que desejam não importaria a maneira pela qual os bens e as rendas fossem distribuídos entre diferentes indivíduos e famílias”. Não haveria bens econômicos, relativamente escassos, e dificilmente haveria necessidade de estudar-se a organização da produção e os impactos na economia ou como “economizar” em benefício da produção sustentável.

Neste contexto, o problema da escassez está presente em qualquer sociedade, seja ela rica ou pobre. Em alguns países desenvolvidos ela não é um problema tão grave como em nações pobres como Etiópia ou Somália, onde sequer as necessidades básicas da população são satisfeitas, mesmo assim, a escassez continua sendo um problema, uma vez que as aspirações por bens e serviços em geral superam a quantidade de bens e serviços produzidos ofertados à sociedade.

Nesse aspecto, as soluções para os problemas centrais de uma sociedade são definidas em função do tipo de organização econômica vigente e, para Sandroni (1999, p. 435-436) o conceito de organização se apresenta como um conjunto de relações de ordem estrutural (direção, planejamento, operação e controle) que mantém um empreendimento. Nesse caso ao analisar-se a expansão da produção de alimentos originados na agricultura familiar o significado da palavra organização não se altera, seja na produção ou comercialização de qualquer setor.

Nesse mesmo sentido, Pinto (2010), define a organização da produção agrícola como uma atividade econômica complexa, interpretada por atores e agentes de diferentes estilos e entre as tarefas está a implantação de cultivares em condições ambientais ótimas de modo a maximizar rendimento em quantidade e qualidade, de acordo com as orientações técnicas adequadas, observando-se o zoneamento agrícola da região.

Na concepção de Pinto (2010), o ato de cultivar é a arte de extrair do solo pela cultura e de modo mais ou menos permanente, o máximo de produção com um mínimo de despesas e esforço, uma atividade que visa a produção de bens, quer explorando a fertilidade do solo através do embrião vegetal, quer transformando em produtos vegetais e animais por intermédio das fases produtivas que passam pela decisão do agricultor dentro da porteira.

Nesse contexto, a agricultura brasileira se destaca no mercado mundial por sua capacidade de produção, produtividade, variedade e qualidade dos produtos originados na agropecuária como forma de oferta ao mercado consumidor mundial, no entanto, para manter


I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO SANTA MARIA

AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA

a rentabilidade na produção, as etapas do processo devem ser planejadas e executadas com eficiência e eficácia, no sentido de mitigar-se as perdas.

O agricultor familiar deve se manter alerta aos vários fatores que podem impactar no resultado da produção, da produtividade e do resultado econômico, nesse caso, é essencial a qualificação e capacitação da mão de obra para executar as tarefas produtivas na propriedade.

Não menos importante, deve-se empregar na produção as tecnologias disponíveis ao alcance do agricultor familiar, visto que as tecnologias nos métodos produtivos favorecem a produtividade com qualidade que aliada a orientação técnica na implantação das culturas, sejam de origem animal ou vegetal. As orientações técnicas acerca das tendências climáticas, períodos de cultivo, raças, cultivares, entre outros fatores, são fundamentais no processo da produção, pois se não observadas podem gerar prejuízos irreversíveis para o produtor rural.

Nessa situação, o conhecimento da natureza externa deve influenciar diretamente na decisão de qual cultura tem que estar presente no solo daquele terreno, quão o tamanho da área de cultivo, a distância do produto ao centro de comercialização/distribuição e a adaptação das espécies vegetais também são critérios importantes a serem analisados. Nesse discurso, Pinto (2010), é convergente com a complexidade das escolhas dos produtores a partir das decisões do que e como farão a produção, seja animal ou vegetal.

Esses quesitos e premissas, se bem refletidos e acompanhados de uma decisão racional poderão se transformar em alternativas para a organização da produção de forma adequada às necessidades dos agricultores familiares. Nessa complexidade o sucesso na produção deve preceder as orientações técnicas, análise das condições ambientais e ao zoneamento agrícola, orientações que abrandam os riscos de baixa produção e reduções na produtividade, inclusive a possibilidade de se criar gargalos na colheita, lembrando que as variações do clima é um fator incontrolável que pode impactar na previsão de início da colheita, fator que poderá ser mitigado na produção sustentável de alimentos.

Com relação à decisão do que se pretende cultivar, a Embrapa (2021) alerta para as condições de tolerância climáticas de algumas culturas brasileiras estando nesse aspecto a necessidade de se criar políticas e culturas para a produção sustentável na agropecuária a começar pela preservação dos mananciais, objeto desse estudo no Ribeirão Santa Maria. Nesse contexto o clima pode influenciar na produção como se observa na tabela 1.


Tabela 1 CARACTERÍSITCAS CLIMÁTICAS - CULTURAS BRASILEIRAS

 

CULTURA

TEMPERATURA

OBSERVAÇÕES

Algodão

Entre 18 ºC e 30 ºC

Sensível às temperaturas frias, porém nunca

superior a 40 ºC.

Amendoim

Entre 25 ºC e 35 ºC

Completamente dependente da temperatura.

Arroz

Entre 25 ºC e 35 ºC

Intervalo ideal para o cultivo.

Cacau

Média de 25 ºC

Exige solos profundos, ricos e clima quente e

úmido.

 

Café

Entre 19 ºC e 22 ºC

Temperaturas altas podem aumentar a produtividade, mas aumentam a proliferação de

pragas.

Cana-de-açúcar

Não inferior a 20 ºC  

O ideal é manter a faixa de 22 ºC e 30 ºC;

 

Feijão

Ideal, 18 ºC durante a noite e 28 ºC

durante o dia

Com as técnicas de irrigação, pode ser cultivado o ano todo. O rendimento varia de acordo com a

umidade do solo.

 

Mandioca

20 °C e 27 °C

Fácil adaptação, e adapta facilmente aos

ambientes. Temperaturas baixas retardam o desenvolvimento.

 

Milho

Adapta-se em quase todos os climas e

regiões

Temperaturas baixas podem retardar a maturação dos grãos.

 

Soja

Entre 20 °C e 30 °C

A semente precisa absorver metade do seu peso em água, o que é mais fácil de ocorrer em torno

de 30 °C.

 

Trigo

É uma cultura de inverno, amadurece melhor em locais

frios.

Os solos não podem ser compactados e precisam ser férteis.

Fonte: Adaptado a partir de dados da EMBRAPA (2021).

 

Portanto observa-se que a decisão do que produzir está ligada a diversos fatores críticos que podem determinar o sucesso ou fracasso do agricultor residindo a necessidade de auxiliar o produtor nas melhores práticas de produção e preservação ambiental.

Diante dessa situação, deve-se considerar outros fatores antes do plantio, como a escolha a variedade a se cultivar, decisão importante e complexa para o produtor no processo do plantio ao armazenamento e na complexidade da escassez estrutural na formação a comercialização dos produtos originados, principalmente na agricultura familiar.

A tecnologia está presente na otimização dos fatores de produção terra, capital e mão de obra, pois o desenvolvimento tecnológico proporciona o aumento da produtividade (produzir mais com os mesmos fatores de produção) com melhorias na qualidade dos produtos ofertados.


I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO SANTA MARIA

AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA

Dessa forma, é necessário a união dos métodos às práticas do cotidiano da produção da agricultura familiar para entender o modos operandi e adotar o sistema de plantio que mais se adequa à demanda com as melhores práticas de produção sustentável, com vistas a contribuir na preservação do meio ambiente, pois não bastará ter um calendário agrícola, tecnologias de ponta, maquinaria adequada e mão de obra qualificada sem o conhecimento científico dos fenômenos e as melhores práticas na produção no processo da implantação, manejo, manipulação, processamento, embalagem, rotulagem, armazenagem e distribuição dos produtos.

Esses são alguns dos itens a serem observados para a manutenção e abertura de novos mercados, visto que o alimento saudável agrega o apelo ecológico e melhora as condições concorrências de mercado na penetração do mercado consumidor local, regional, nacional e mundial.

Com base nos argumentos de Passos e Nogami (2005), o processo decisório do que

produzir expressa o maior desafio, ao passo que identifica as demandas de mercado, o tipo de

produto o como transformar o projeto de produção em realidade, avalia se a oferta atenderá a

demanda do consumidor, os custos diretos e indiretos de produção, quais quantidades e a

frequência de produção frente a demanda, a quem se destina a produção. Essas são alguns dos dilemas que o agricultor familiar enfrenta no cotidiano da dinâmica da produção questões que se configuram em desafios em busca das soluções dos dilemas impostos na atividade de produtor de pequeno porte.

Essas soluções se bem conduzidas, com base científica, orientações técnica e acesso ao crédito rural, podem solucionar ou mitigar os problemas fundamentais da economia, em que pese a complexidade de mercado, a decisão tem que ser assertiva naquilo que se pretende ofertar, no dinamismo e na peculiaridade que o mercado exige, visto que, qualquer erro de avaliação ou equívoco na tomada de decisão poderá constituir-se em um fator decisivo para o sucesso ou fracasso na produção da agricultura familiar.

Neste contexto, a economia depende da solução dos problemas da organização da produção e para tanto enfrenta algumas situações na tomada de decisão para a solução dos problemas econômicos fundamentais e interdependentes que atingem a produção e seu dinamismo a partir da tomada de decisão do agricultor familiar, considerando os reflexos na sua decisão do que será produzido, nas suas quantidades, como se efetivará a produção, bem como a decisão do método de escoamento da produção.


I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO SANTA MARIA

AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA

Dessa forma, Vasconcelos e Garcia (2014), esclarecem que devido à escassez de recursos qualquer sociedade precisa escolher entre as alternativas que abarcam as atividades de produção e distribuição, dos resultados da atividade produtiva para os seus diferentes grupos, do fornecedor de matéria-prima ao consumidor dos produtos ofertados. Essas escolhas remetem à questão central da economia, como alocar os recursos limitados e escassos no sentido de maximizar as demandas ou necessidades da sociedade e promover o bem-estar socioeconômico e prosperidade territorial dos produtores da região estudada.

Nesse contexto, deve-se observar que a escassez dos fatores de produção é limitada e os recursos para o atendimento das necessidades humanas ilimitado. Cunha (2004), contextualiza que a oferta de bens e serviços está de acordo com as demandas de mercado.

Diante disso, o agricultor familiar deve refletir acerca do mercado que está inserido no sentido de tomar as decisões mais assertivas para que se estabeleça a dinâmica da produção de forma equilibrada, sustentável e traduzido no bem-estar aos agentes e atores do território.

De acordo com a contextualização dos problemas fundamentais da economia, apresenta-se no quadro 1 o resumo dos pontos relevantes dos problemas da economia que integram a dinâmica da produção e verifica-se que sofre com os mesmos fenômenos, preservadas as peculiaridades regionais geográficas e do modos operandi na questão da produção dentro e fora da porteira do objeto deste estudo.

PROBLEMA ECONÔMICO

O QUE CONSIDERAR

 

O que e quanto produzir?

Na escassez dos fatores de produção, os produtores devem decidir o que ofertar e as quantidades, com a

avaliação do mercado em que está inserido.

 

Como produzir?

Os produtores deverão escolher as formas e métodos e meios mais eficientes de produção com custos mais

baixos, considerando-se o nível tecnológico existente.

 

 

Para quem produzir?

Na escolha do sistema de escoamento e distribuição dos produtos e serviços o produtor deve observar o mercado, suas margens de resultado econômico, na perspectiva de atender as demandas dos

consumidores.

 

 
QUADRO 1 OS PROBLEMAS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Adaptado de Vasconcelos e Garcia (2014)

 

 

Para Varian (2016), a forma ou maneira como as sociedades buscam resolver seus problemas econômicos mais básicos ou fundamentais possuem relação com o modo de organização do país. Um sistema econômico pode ser definido como os meios econômicos,


I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO SANTA MARIA

AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA

políticos e sociais que organizam uma dada sociedade, pois é um sistema particular ou próprio de organização da produção, distribuição e consumo de bens e serviços em que os indivíduos usam visando melhorias em seu padrão ou bem-estar.

No sistema econômico o fluxo circular contínuo entre duas unidades que, de acordo com Carrera-Fernandez (2009), deve estar em constante interação entre si, as pessoas e as empresas, proprietárias dos fatores de produção e as unidades consumidoras que procuram bens e serviços e concomitantemente oferecem fatores de produção como capital e trabalho, dentre outros insumos.

Nessa dinâmica as organizações, unidades produtoras, por seu lado demandam por fatores de produção oferecendo em troca a remuneração pelo uso desses fatores, nesse sentido, entre os elementos básicos de um sistema econômico destacam-se o estoque de recursos produtivos ou fatores de produção, que incluem capital, reservas naturais, recursos humanos, tecnologia e terras, o  complexo de unidades de produção, as empresas e o conjunto de instituições econômicas, jurídicas, políticas e sociais, tidas como a base da organização da sociedade.

Com relação aos sistemas econômicos, Cunha (2004), argumenta que são classificados em capitalista ou economia de mercado e socialista ou economia centralizada ou planificada. No sistema capitalista são as forças de mercado que dominam com predomínio da livre iniciativa e da propriedade privada dos fatores de produção. Já no sistema socialista, os problemas econômicos fundamentais se resolvem por meio de um órgão central de planejamento com propriedade pública dos fatores de produção, também chamados de meios de produção como o sistema bancário, capital, matéria-prima, prédios, terras, tecnologia, entre outras, regulando todos os processos.

A figura 1, ilustra os fluxos físico e financeiro da dinâmica da produção e como os produtos e serviços circulam na economia para gerar os recursos e proporcionar o bem-estar da sociedade. A figura em questão oportuniza a análise do dinamismo da economia no sistema econômico de livre iniciativa, em que o fluxo monetário consiste na contrapartida do fluxo fixo, tanto dos bens e serviços quanto na tradução da otimização dos fatores de produção em benefício dos resultados econômicos e sociais.


I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO SANTA MARIA

AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA

Diagrama  Descrição gerada automaticamenteFIGURA 1 DIAGRAMA DO SISTEMA ECONÔMICO DE LIVRE INICIATIVA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Carrera-Fernandez (2009)

 

A escolha do que e quanto produzir e consumir em um sistema econômico consiste, de acordo com Silva (2016), no principal elemento de decisão e no sistema de livre iniciativa, são os agentes econômicos como os contribuintes, consumidores, governos e produtores que tomam as decisões baseados em um conjunto de preços que é estabelecido, normalmente, pelos mercados.

 

No sistema econômico centralizado, Carrera-Fernandez (2009), diz que as escolhas são definidas a partir de uma pessoa ou um grupo restrito de pessoas e a organização do que é produzido ou consumido não se fundamenta em preços, mas em matrizes de insumo e produtos sob restrições de recursos, pois não há dúvida de que os preços que determinam como a produção deve ser organizada e o quanto de cada produto será produzido e consumido, e o quanto de cada insumo ou recurso produtivo será utilizado na produção.

 

Nesse contexto, nas economias com disponibilidade significativa de bens, insumos de produção e serviços demandados e oferecidos por um número considerável de compradores e vendedores, Varian (2016), indica a existência de um mecanismo capaz de manter a ordem e orientar as ações dos vários agentes para que a satisfação dos interesses de cada um e da sociedade. Esse mecanismo trata-se do mercado e o preço que emana dele favorece tanto os consumidores como os produtores, tornando factível as transações de trocas entre compradores, e vendedores.

 

Para Varian (2016), o mercado é orientado por uma espécie de “mão invisível” que possibilita o bem-estar de cada agente em particular e da sociedade e o conceito de mercado, nesse contexto, não tem relação com um dado lugar geográfico, mas sim a um mecanismo que


I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO SANTA MARIA

AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA

aproxima indivíduos ou pessoas que compram de outros indivíduos ou pessoas que vendem com possibilidades de ganhos recíprocos aos atores e agentes no mercado.

O termo “mão-invisível” foi utilizado, segundo Carrera-Fernandez (2009), por Adam Smith, descrito no livro A Riqueza das Nações, publicado no século XVIII. Nessa obra se destaca o fato que um indivíduo busca a satisfação e sua ação é direcionada pela mão invisível, que regula a oferta e demanda de bens e serviços, esse processo levaria a sociedade ao equilíbrio na oferta e demanda e, portanto, qualquer intervenção governamental, nessa livre iniciativa, redundaria em prejuízos em detrimento a benefícios para a sociedade.

Nesse sistema produtivo de economia capitalista é que está inserido o pequeno agricultor ribeirinho do Ribeirão Santa Maria, nesse sentido de acordo com as teorias a capacitação do produtor é fundamental no processo decisório do que irá produzir e como deverá proceder para adotar as melhores práticas com vistas a produzir com manutenção ambiental, importante quesito ao considerar-se que é um agente na consolidação estrutural na oferta de água à comunidade de Itumbiara e região.

Portanto, deve-se aliar as teorias às práticas dentro e fora da porteira, na conjunção da tríade Produtores, Indivíduos e Estado na convergência de produzir alimentos que traduzem saúde, sustentabilidade e rentabilidade à toda sociedade de Itumbiara.

2.        RESULTADOS DA PESQUISA

 

De acordo com as visitas in loco, efetivada na pesquisa de campo no período de 23 a 28 de maio de 2022, demonstramos os resultados com base na mensuração dos quesitos abordados nas propriedades.

 

Universo da pesquisa: Aproximadamente 40 produtores; Quantidade de produtores pesquisados: 13;

Média de área por propriedade: 67 hectares;


GRÁFICO 1

Fonte: Dados da pesquisa

 

No gráfico 1 nota-se que as propriedades ribeirinhas são pequeno porte, geralmente, com mão de obra familiar e, embora as propriedades estejam próximas das cidades de Itumbiara da cidade de Panamá, demandam a manutenção das estradas vicinais, atualmente em péssimas condições de trafegabilidade. Não tem acesso a assistência técnica, na tomada de decisão do que produzir a na orientação comercial com vistas a produzir alimentos saudáveis com preservação ambiental e com resultados econômicos.


I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO SANTA MARIA

AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA

GRÁFICO 2

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: dados da pesquisa

 

 

 

Quanto aos modelos de produção, no gráfico 2, constata-se que 61% do grupo trabalha na produção de leite e seus derivados e 50% desse contingente entrega na cooperativa de Panamá, porém declaram que o preço do Laticínio varia entre R$ 1,80 a R$ 2,00 por litro de leite entregue, insuficiente para cobrir os custos de produção.

 

Nesse contexto, também demandam assistência técnica de como produzir de forma sustentável com resultados econômicos, assim, sugerem a melhoria do rebanho que deve ter aptidão leiteira e produção de carne, bem como orientações e apoio na formação da dieta dos animais, pois a base alimentar e nutricional dos animais e das boas práticas na produção são a essência para a aumentar-se a produção e produtividade.

Sem esse apoio 20% dos entrevistados demonstram insatisfação e estão desmotivados, com tendencia a desistir da produção na bacia leiteira, processo que pode intensificar a precariedade da vida e da produção do pequeno produtor ribeirinho pesquisado.


ao avaliar-se as condições da produção de carne suína identificamos que os produtores produzem os animais de forma inadequada, em trato cultural e soltos à campo. Nesse contexto, encontra-se um produtor com demandas na área de gestão dentro da porteira, de assistência técnica na produção e de acesso ao crédito, bem como de treinamento e orientação das boas práticas de produção, isso ao considerar-se que esse produtor atua em todas as fases da cadeia produtiva, exceto a produção da ração.

Na produção da agroindústria, identificou-se um produtor de Cachaça na fase de implantação de melhorias na produção sob orientação do MAPA, considerando-se que necessitada da certificação para comercialização dos produtos. Declara que tem necessidade de orientação técnica para implantar os processos de escoamento e comercialização, inclusive tem a pretensão de exportar o produto.

Quanto às demais produções a demanda centra-se na melhoria na manutenção das estradas, considerando-se as péssimas condições de trafegabilidade.

GRÁFICO 3

Fonte: Dados da pesquisa

 

Quanto as quantidades produzidas, no gráfico 3 destaca-se o número de pequenos produtores atrelado a produção de leite in natura, salientando-se que 100% entregam para cooperativa ou laticínio.


Quanto a precificação, o valor é atribuído pelo coletor, cooperativa ou laticínio, e tem a dependência direta da qualidade e quantidade produzida, nesse caso o produtor de 450 litros/dia recebe R$ 2,00/litro com viés de alta, esse valor poderá atingir até R$ 2,25/litro. Já o menor produtor declara que recebe R$ 1,80/litro, que não tem nenhum dispositivo de barganha para negociar o preço, esse é arbitrado pela indústria e insuficientes para cobrir os custos de produção.

No universo de entrevistados há dois produtores que manifestaram interesse em encerrar as atividades migrando para a produção de grãos, face as dificuldades de atingir o ponto de equilíbrio entre o custo e a receita na produção de leite. Na produção de grãos há 2 produtores que arrendam a propriedade de 17 e 200 hectares, respectivamente para o cultivo de cereais, principalmente milho e soja.

Na produção da agroindústria encontra-se um que produz cachaça artesanal, em processo de reestruturação e registro no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) com vistas a exportar o produto.

Na área do processamento de carnes há um produtor que atua em todas as fases da produção, cria, recria e abate de suínos é arrendatário de 2,5 hectares, possui 10 vacas leiteiras e necessita de assessoria na regulamentação da atividade e treinamento na área de gestão dentro da porteira.

Diante do diagnóstico apresentado, constata-se que há variedade na produção, porém, com gargalos estruturais dentro e fora da porteira, na produção, gestão, escoamento e comercialização da produção. Nesse sentido, vislumbram-se necessidades urgentes na área de assessoria e assistência técnica na produção com vistas a produzir com sustentabilidade, considerando-se que a produção não está alinhada às boas práticas para o sucesso do empreendimento, no zelo do bem-estar dos animais e com a preocupação de produzir de forma a preservar o meio ambiente com prosperidade socioeconômica regional, foco da I Expedição no Ribeirão Santa Maria.

1.         CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nas conclusões do trabalho da comissão de Economia Solidária constata-se a precariedade e abandono do agricultor familiar ribeirinho, excluídos de qualquer tipo de política pública que possa auxiliá-lo nas tarefas de produzir e preservar o meio ambiente. Nesse contexto, o poder público está inerte em todas as ações sob sua tutela e gestão nos mais diferentes níveis, seja em ações de acesso ao conhecimento ou na orientação de como produzir com sustentabilidade.

No que se refere às condições sanitárias dentro da porteira, observa-se que o uso da água para consumo das famílias não possui tratamento ou orientação de como consumir de forma adequada a mitigar problemas de saúde pública, considerando-se que a água é um vetor de doenças. No trato do descarte das águas utilizadas nos afazeres domésticos, da mesma forma é descartada de forma inadequada sem qualquer tratamento intermediário para devolução à natureza, problemas a serem solucionados com urgência.

Ainda com relação ao uso e preservação da água, constatou-se que em várias propriedades não há preocupação ou zelo no uso e manutenção das minas, fontes ou nascentes d’água, nesse sentido urge ações orientativas e políticas públicas que auxiliem os produtores no cuidado e preservação do manancial estudado.

A água é fundamental para a vida, tanto no consumo das pessoas como na produção de alimentos daqueles que residem às margens do Ribeirão Santa Maria. Essa água quando de


I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO SANTA MARIA

AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA

boa qualidade para o consumo e o descarte adequado na natureza podem migar os problemas da saúde pública, traduzindo-se na qualidade de vida das pessoas e o bem-estar animal. Quanto ao bem-estar dos animais, constatou-se o descaso do produtor no trato cultural dos animais, criados soltos, convivendo com as pessoas, consumindo subprodutos e até mesmo fazendo uso da água de esgotos domésticos, o que poderá se consolidar como um vetor de doença, de forma direta ou indireta, na ingestão de alimentos contaminados.

Nesse contexto, o diagnóstico socioeconômico detectou a inexistência de políticas públicas no trato da água disponibilizada às propriedades, considerando que água é vida e estamos tratando de forma proativa esse tema, demanda-se, portanto ações públicas e privadas no sentido de abrandar os gargalos na origem, dentro da propriedade dos ribeirinhos e as ações subsequentes serão efetivadas com base no diagnóstico da comissão de Economia Solidária, convergentes no sentido de ao bem-estar social e animal, bem como na produção e oferta de alimentos originados com os princípios sustentáveis, em especial na preservação ambiental, a fim de produzir e comercializar alimentos com qualidade, quantidade e competitividade à sociedade.

No âmbito da administração municipal, a comissão de Economia Solidária sugere a composição de uma equipe consultiva e deliberativa a fim de definir, propor, monitorar e fiscalizar políticas públicas de promoção das populações e áreas rurais do município de Itumbiara, alinhada com os seguintes objetivos:

ü  Realizar diagnóstico acerca dos territórios aquíferos de Itumbiara a fim de determinar meios e estratégias de monitoramento e fiscalização;

ü  Definir calendário de ações e investimentos nas estradas e vias rurais de Itumbiara;

ü  Definir a política municipal de saúde das populações rurais de Itumbiara;

ü  Definir a política municipal de coleta de lixos e resíduos sólidos das áreas rurais de Itumbiara;

ü  Criar reservas ambientais nas áreas rurais de Itumbiara;

ü  Realizar o censo econômico e ambiental nas áreas rurais de Itumbiara;

ü  Contribuir com a organização de associações de agricultura familiar;

ü  Desenvolver ações e iniciativas de promoção da higiene e da saúde pública das famílias;

ü  Tendo em vista a grande quantidade de atividades multi econômicas e realizadas nas unidades familiares rurais, desenvolver um conjunto de políticas de assessoramento, consultoria e apoio visando o melhoramento e aperfeiçoamento dessas mesmas produções;


I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO SANTA MARIA

AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA

ü  Criar a Escola Agrícola de Itumbiara;

ü  Criar o centro municipal de comercialização da agricultura familiar de Itumbiara.

No sentimento de que a fase, diagnostico ambiental, social e econômica foi executado com êxito, cientes das nossas obrigações em promover ações secundárias com vistas a atingir a plenitude dos objetivos a que se propôs a Expedição, ações que podem mitigar e solucionar gargalos na manutenção do manancial que abastece Itumbiara, reafirmando que água é a essência da vida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARRERA-FERNANDEZ, José. Curso básico de microeconomia. Salvador/BA: EDUFBA, 2009.

CUNHA, Fleury Cardoso da. Microeconomia: teoria, questões e exercícios. Campinas-SP: Alínea, 2004.

EMBRAPA. POLÍTICAS PÚBLICAS. Disponível em: www.embrapa.br/tema-agricultura- familiar/politicas-publicas. Acesso em: dez. 2021.

            . Agência Embrapa de Informação Tecnológica - Zoneamento agrícola. Disponível em:                                    https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de- acucar/arvore/CONTAG01_64_22122006154840.html . Acesso em: fev. 2021.

NOGAMI, Otto. Economia. 1.ed. rev. - Curitiba, PR : IESDE Brasil, 2012. 246p.

PASSOS, Carlos Roberto Martins; NOGAMI, Otto. Princípios de Economia. 5. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.

PINTO, Pedro PY. SISITEMAS DE PRODUÇÃO TY   - CHAP AU.   São Paulo: T1 -

Organização da produção agrícola ER, 2010.

SAMUELSON, Paul. Introdução à Análise Econômica. 8. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1975. v. 1 e 2.

SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. 2. ed. São Paulo: Best Seller, 1999.

SILVA, Maria Valesca Damásio S. Introdução às teorias econômicas. Salvador/BA: UFBA, 2016.

VARIAN, Hal. R. Microeconomia: uma abordagem moderna. Tradução de Célia Siille de Macedo. 9. ed. Rio de Janeiro-RJ: Elsevier, 2016.

VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval de; GARCIA, Manuel Enriquez. Fundamentos da Economia. 5. ed. São Paulo - SP: Saraiva, 2014.


Nenhum comentário:

Postar um comentário