NESTA EDIÇÃO, SÃO APRESENTADOS O RESULTADO DE ESTUDOS DA COMISSÃO DE ECONOMIA SOLIDÁRIA DA PRIMEIRA EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO SANTA MARIA
Propriedade rural na região do Ribeirão Santa Maria - Itumbiara - Panamá
Comissão de Economia
Solidária
Relatório
de resultados da I Expedição Científica do Ribeirão Santa Maria – Ambientalista Adalberto
da Silva e Sousa, da comissão de Economia Solidária, no período de 23 a 28 de maio de 2022.
Coordenadores:
Dr. Angelo Silva Cavalcante Relator: Me. João Nilson da Rosa
Itumbiara - GO 2022
AGRADECIMENTOS
A comissão de Economia
Solidária agradece o convite da organização da I Expedição do Ribeirão
Santa Maria – Ambientalista Adalberto
da Silva e Sousa, com a missão de diagnosticar as condições ambientais desse
manancial na perspectiva de perenizar como fornecedor de água
potável aos munícipes da cidade de Itumbiara.
Da mesma forma agradecer
a Ma Yara Oliveira e Silva, coordenadora da Unidade Universitária da UEG de Itumbiara e ao Dr.
Ednando Batista Vieira, coordenador do curso
de Ciências Econômicas da Unidade Universitária da UEG de Itumbiara,
pelo convite e confiança em
representarmos a UEG Itumbiara como expedicionários em tão importante trabalho
ambiental e socio econômico para a comunidade
Itumbiarense.
“A clarividência é uma virtude
que se adquire pela intuição,
mas sobretudo pelo estudo e tentar ver a
partir do presente o que se projeta no futuro”. Milton Santos
“A vida é como andar de bicicleta, para estar em equilíbrio tem de estar sempre em movimento.”
Albert Einstein
I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO SANTA MARIA AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA
|
SUMÁRIO |
|
INTRODUÇÃO........................................................................................................ |
5 |
|
1 |
ASPECTOS GERAIS
DA DINÂMICA DA PRODUÇÃO......................... |
7 |
2 |
RESULTADOS DA PESQUISA................................................................... |
15 |
3 |
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................ |
20 |
|
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................... |
23 |
|
ANEXO 1 – Registro fotográfico – Acervo Dr.
Angelo Silva Cavalcante... |
24 |
|
ANEXO 2 – QUESTIONÁRIO SEMIESTRUTURADO............................ |
31 |
INTRODUÇÃO
A comissão de Economia Solidária, na coordenação do Dr. Angelo Silva Cavalcante e relatoria do Me.
João Nilson da Rosa, apresenta os resultados da pesquisa de campo da I Expedição Científica do Ribeirão Santa
Maria – Ambientalista Adalberto da Silva e Sousa alinhada com o objetivo geral do projeto
de realizar um diagnóstico do Ribeirão Santa Maria e, a
partir dos resultados, oferecer aos gestores públicos as informações adequadas
à criação e a implementação de políticas públicas
que garantam as necessárias ações ambientais na perspectiva
da manutenção no abastecimento de água potável à população do município de Itumbiara.
Neste
sentido, adotou-se a abordagem direta aos ribeirinhos, de acordo com o cronograma de visitas in loco, produtores ou residentes no objeto de pesquisar-se as
atividades produtivas com fins de
aglutinar as informações mínimas para o diagnóstico da realidade socioeconômica dos produtores ao longo do manancial. Esse trabalho poderá mapear os potenciais
econômicos ligados ao ecoturismo, bem como a produção de alimentos oriundos da agricultura familiar como os hortifrutigranjeiros, carnes,
leite e seus derivados, artesanato entre outros e, para
tanto fez-se uso de questionário semiestruturado constante no anexo desse documento.
Os resultados demonstram a precariedade
do campesinato, residente às margens do Ribeirão
Santa Maria, no que tange o desamparo e indiferença do poder público em seus diferentes níveis no que diz respeito as
condições sanitárias, na coleta do lixo, tratamento adequado na oferta
e descarte das águas utilizadas pelos ribeirinhos.
No objetivo de demonstrar os resultados socioeconômicos, procedeu-se a estratificação e mensuração da pesquisa de campo, com vistas a subsidiar as ações públicas
para a criação das políticas
públicas e na intenção de promover parcerias público privadas e, dessa forma mitigar-se os inegáveis impactos
nocivos ao meio ambiente expresso na contaminação de forma direta e indireta
das águas.
Salienta-se que se observou gargalos na
oferta de alimentos, produtos com problemas
na gestão da produção, com a tomada
de decisão equivocada no que, quanto,
para quem e como produzir, problemas fundamentais da economia que atingem o modelo na produção de alimentos de forma
econômica e ambientalmente sustentável.
Nesse
contexto, passamos a apresentar os dados colhidos
em 13 propriedades visitadas como
amostra do universo dos residentes nas margens do Ribeirão Santa Maria.
1.
ASPECTOS GERAIS DA DINÂMICA
DA PRODUÇÃO
Na perspectiva de entendermos a
produção no recorte geográfico estudado, a sua
estrutura e infraestrutura para a produção e escoamento dos produtos
adota-se como premissa básica a
abordagem das teorias da produção e consumo aliado a pesquisa de campo,
conjunto de fatores que auxiliam na
identificação dos gargalos na produção sustentável de alimentos, bem como nas estratégias
adotadas pelos ribeirinhos na comercialização dessa
produção.
Assim,
segundo Nogami (2012),
os problemas fundamentais da economia são princípios
das práticas econômicas e tem moldado o cotidiano dos cidadãos, portanto, o conhecimento acerca do tema se faz necessário, considerando-se a complexidade dos problemas sociais
que interagem no mercado globalizado e altamente concorrencial, que demanda alimentos
produzidos de forma
ecologicamente correta.
Não obstante, apesar dos indivíduos
estarem presentes em todas as fases da produção poucas possuem os conhecimentos teóricos necessários que
permitam uma visão crítica acerca da necessidade de produzir com resultado socioeconômico e, nesse aspecto
a produção sustentável se faz presente
e essa metodologia, produzir com sustentabilidade precede
a análise dos problemas econômicos do cotidiano, em
especial a demanda por produtos com apelo à sustentabilidade.
Nesse
sentido está a premissa de pesquisar a dinâmica da produção no recorte geográfico da ação da I Expedição no
Ribeirão Santa Maria que proporciona o conjunto de conhecimentos que abarcam a
produção do setor primário na
região estudada.
Nessa
condição, uma economia
em evolução tem como premissa
básica a organização da produção que, no seu dinamismo, poderá refletir em crescimento e desenvolvimento socioeconômico para as pessoas
envolvidas no processo produtivo e Nogami (2012) enfatiza que qualquer sociedade, capitalista,
comunista, socialista ou até mesmo uma ilha isolada no Pacífico deve enfrentar os três problemas econômicos básicos, fundamentais e interdependentes na tomada de decisão do produtor, quais sejam o que, como e para quem produzir,
especialmente no desafio de produzir
e preservar o meio ambiente.
I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO
SANTA MARIA
AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA
Dessa forma, tampouco haveria
importância se a mão de obra e as matérias-primas fossem combinadas e utilizadas de forma pouco produtiva.
Samuelson (1975, p. 20), destaca que
“desde que todos pudessem ter tudo o que desejam não importaria a maneira pela
qual os bens e as rendas fossem
distribuídos entre diferentes indivíduos e famílias”. Não haveria bens econômicos, relativamente escassos, e dificilmente haveria
necessidade de estudar-se a organização da
produção e os impactos na economia ou como “economizar” em benefício da produção
sustentável.
Neste contexto, o problema da escassez
está presente em qualquer sociedade, seja ela
rica ou pobre. Em alguns países desenvolvidos ela não é um problema tão
grave como em nações pobres
como Etiópia ou Somália, onde sequer as necessidades básicas
da população são satisfeitas,
mesmo assim, a escassez continua sendo um problema, uma vez que as aspirações por bens e serviços em geral superam a
quantidade de bens e serviços produzidos ofertados à sociedade.
Nesse
aspecto, as soluções
para os problemas
centrais de uma sociedade são definidas em função do tipo de organização
econômica vigente e, para Sandroni (1999, p. 435-436) o conceito de organização se apresenta como um conjunto de
relações de ordem estrutural (direção,
planejamento, operação e controle) que mantém um empreendimento. Nesse caso ao analisar-se a expansão da produção de alimentos originados na agricultura familiar
o significado da palavra organização não se altera, seja na produção ou comercialização de qualquer setor.
Nesse mesmo sentido, Pinto (2010),
define a organização da produção agrícola como
uma atividade econômica complexa, interpretada por atores e agentes de
diferentes estilos e entre as tarefas
está a implantação de cultivares em condições ambientais ótimas de modo a maximizar rendimento em quantidade e
qualidade, de acordo com as orientações técnicas adequadas, observando-se o zoneamento agrícola da região.
Na concepção de Pinto (2010),
o ato de cultivar é a arte de extrair
do solo pela cultura e de modo mais ou menos permanente, o
máximo de produção com um mínimo de despesas e
esforço, uma atividade que visa a produção de bens, quer explorando a
fertilidade do solo através do embrião vegetal,
quer transformando em produtos vegetais
e animais por intermédio das fases
produtivas que passam pela decisão
do agricultor dentro da porteira.
Nesse
contexto, a agricultura brasileira se destaca
no mercado mundial
por sua capacidade de produção, produtividade, variedade e qualidade
dos produtos originados na agropecuária como forma de oferta ao mercado consumidor
mundial, no entanto,
para manter
I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO
SANTA MARIA
AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA
a rentabilidade na produção, as etapas do processo devem
ser planejadas e executadas com eficiência e eficácia,
no sentido de mitigar-se as perdas.
O agricultor familiar deve se manter
alerta aos vários fatores que podem impactar no resultado da produção, da produtividade e do resultado
econômico, nesse caso, é essencial a qualificação e capacitação da mão de obra para executar as tarefas produtivas na propriedade.
Não menos importante, deve-se empregar
na produção as tecnologias disponíveis ao alcance
do agricultor familiar, visto que as tecnologias nos métodos produtivos
favorecem a produtividade com qualidade que aliada a orientação técnica
na implantação das culturas, sejam
de origem animal
ou vegetal. As orientações técnicas
acerca das tendências climáticas, períodos de cultivo, raças, cultivares, entre
outros fatores, são fundamentais no processo da produção, pois se não observadas podem gerar prejuízos
irreversíveis para o produtor rural.
Nessa situação, o conhecimento da
natureza externa deve influenciar diretamente na decisão de qual cultura tem que estar presente no solo daquele
terreno, quão o tamanho da área de cultivo, a distância do produto ao
centro de comercialização/distribuição e a adaptação das espécies vegetais também são critérios importantes a serem
analisados. Nesse discurso, Pinto (2010), é convergente com a complexidade
das escolhas dos produtores a partir das decisões do que e como
farão a produção, seja animal ou vegetal.
Esses
quesitos e premissas, se bem refletidos e acompanhados de uma decisão
racional poderão se
transformar em alternativas para a organização da produção de forma adequada às necessidades dos agricultores familiares.
Nessa complexidade o sucesso na produção deve
preceder as orientações técnicas, análise das condições ambientais e ao
zoneamento agrícola, orientações que abrandam os riscos de baixa produção e reduções
na produtividade, inclusive
a possibilidade de se criar gargalos na colheita, lembrando
que as variações do clima é um fator incontrolável que pode impactar
na previsão de início da colheita, fator que poderá
ser mitigado na produção
sustentável de alimentos.
Com relação à decisão do que se
pretende cultivar, a Embrapa (2021) alerta para as condições de tolerância climáticas de algumas culturas
brasileiras estando nesse aspecto a necessidade
de se criar políticas e culturas para a produção sustentável na agropecuária a começar
pela preservação dos mananciais, objeto
desse estudo no Ribeirão Santa Maria. Nesse contexto o clima
pode influenciar na produção
como se observa na tabela
1.
Tabela 1 – CARACTERÍSITCAS CLIMÁTICAS - CULTURAS BRASILEIRAS
CULTURA |
TEMPERATURA |
OBSERVAÇÕES |
Algodão |
Entre 18 ºC e
30 ºC |
Sensível às temperaturas frias, porém nunca superior a 40 ºC. |
Amendoim |
Entre 25 ºC
e 35 ºC |
Completamente dependente da temperatura. |
Arroz |
Entre 25 ºC e
35 ºC |
Intervalo ideal para
o cultivo. |
Cacau |
Média de 25
ºC |
Exige solos profundos, ricos e clima quente e úmido. |
Café |
Entre 19 ºC e
22 ºC |
Temperaturas altas podem aumentar a produtividade, mas aumentam a proliferação de pragas. |
Cana-de-açúcar |
Não inferior a 20 ºC |
O ideal é manter
a faixa de 22
ºC e 30 ºC; |
Feijão |
Ideal, 18 ºC durante
a noite e 28 ºC durante o dia |
Com as técnicas de irrigação, pode ser cultivado o ano todo.
O rendimento varia
de acordo com a umidade do
solo. |
Mandioca |
20 °C e 27 °C |
Fácil adaptação, e adapta facilmente aos ambientes. Temperaturas baixas retardam o desenvolvimento. |
Milho |
Adapta-se em quase todos
os climas e regiões |
Temperaturas baixas podem retardar a maturação dos
grãos. |
Soja |
Entre 20 °C e
30 °C |
A semente precisa absorver metade do seu peso
em água, o que
é mais fácil de ocorrer em torno de 30 °C. |
Trigo |
É uma cultura de inverno, amadurece melhor
em locais frios. |
Os solos não podem ser
compactados e precisam ser férteis. |
Fonte: Adaptado a partir de dados da EMBRAPA (2021).
Portanto observa-se que a decisão do
que produzir está ligada a diversos fatores críticos
que podem determinar o sucesso ou fracasso do agricultor residindo a
necessidade de auxiliar o produtor nas melhores práticas de produção e preservação
ambiental.
Diante dessa situação, deve-se
considerar outros fatores antes do plantio, como a escolha a variedade a se cultivar, decisão importante e complexa
para o produtor no processo do plantio
ao armazenamento e na complexidade da escassez estrutural na formação a comercialização dos produtos originados, principalmente na
agricultura familiar.
A tecnologia está presente na
otimização dos fatores de produção terra, capital e mão de obra, pois o desenvolvimento tecnológico proporciona o aumento da produtividade (produzir
mais com os mesmos fatores
de produção) com melhorias na qualidade dos produtos ofertados.
I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO
SANTA MARIA
AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA
Dessa forma, é necessário a união dos
métodos às práticas do cotidiano da produção
da agricultura familiar para entender o modos operandi e adotar o
sistema de plantio que mais se adequa
à demanda com as melhores
práticas de produção
sustentável, com vistas
a contribuir na preservação do meio ambiente, pois
não bastará ter um calendário agrícola, tecnologias de ponta, maquinaria adequada e mão de obra qualificada sem o
conhecimento científico dos fenômenos e as melhores
práticas na produção
no processo da implantação, manejo,
manipulação, processamento, embalagem, rotulagem, armazenagem e distribuição dos produtos.
Esses
são alguns dos itens a serem
observados para a manutenção e abertura de novos
mercados, visto que o alimento saudável agrega o apelo ecológico e
melhora as condições concorrências de
mercado na penetração do mercado consumidor local, regional, nacional e mundial.
Com base nos argumentos de Passos e Nogami (2005), o processo decisório do que
produzir expressa o maior desafio, ao passo que identifica as demandas de mercado, o tipo de
produto o como transformar o projeto de produção em realidade, avalia se a oferta atenderá
a
demanda do consumidor, os custos diretos
e indiretos de produção, quais quantidades e a
frequência de produção frente a demanda, a quem se destina
a produção. Essas são alguns dos dilemas
que o agricultor familiar enfrenta no cotidiano da dinâmica da produção
questões que se configuram em
desafios em busca das soluções dos dilemas impostos na atividade de produtor de pequeno porte.
Essas soluções se bem conduzidas, com
base científica, orientações técnica e acesso
ao crédito rural, podem solucionar ou mitigar os problemas fundamentais da economia, em que pese a complexidade de mercado, a decisão
tem que ser assertiva naquilo que se pretende
ofertar, no dinamismo e na peculiaridade que o mercado exige, visto que,
qualquer erro de avaliação ou
equívoco na tomada de decisão poderá constituir-se em um fator decisivo para o sucesso
ou fracasso na produção da agricultura familiar.
Neste contexto, a economia depende da
solução dos problemas da organização da produção
e para tanto enfrenta algumas situações na tomada de decisão para a solução dos problemas
econômicos fundamentais e interdependentes que atingem a produção e seu dinamismo a partir da tomada de decisão do
agricultor familiar, considerando os reflexos na sua decisão do que será produzido, nas suas quantidades, como se
efetivará a produção, bem como a decisão do método de escoamento da
produção.
I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO
SANTA MARIA
AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA
Dessa forma, Vasconcelos e Garcia
(2014), esclarecem que devido à escassez de recursos qualquer
sociedade precisa escolher
entre as alternativas que abarcam as atividades de produção
e distribuição, dos resultados da atividade produtiva para os seus diferentes
grupos, do fornecedor de matéria-prima ao consumidor dos produtos ofertados. Essas escolhas remetem
à questão central da economia, como alocar os recursos limitados e escassos
no sentido de maximizar as demandas ou necessidades da sociedade e promover o bem-estar socioeconômico e prosperidade territorial dos produtores da região
estudada.
Nesse contexto, deve-se observar que a
escassez dos fatores de produção é limitada e
os recursos para o atendimento das necessidades humanas
ilimitado. Cunha (2004),
contextualiza que a oferta de bens e serviços está de acordo com as demandas de mercado.
Diante
disso, o agricultor familiar deve refletir
acerca do mercado
que está inserido
no sentido de tomar as
decisões mais assertivas para que se estabeleça a dinâmica da produção de forma
equilibrada, sustentável e traduzido no bem-estar aos agentes e atores do território.
De acordo com a contextualização dos problemas fundamentais da economia, apresenta-se no quadro 1 o resumo dos
pontos relevantes dos problemas da economia que integram a dinâmica
da produção e verifica-se que sofre com os mesmos fenômenos, preservadas as peculiaridades regionais
geográficas e do modos operandi na questão da produção dentro e
fora da porteira do objeto
deste estudo.
PROBLEMA ECONÔMICO
O QUE CONSIDERAR
O que e quanto
produzir?
Na escassez dos fatores de
produção, os produtores devem decidir o
que ofertar e
as quantidades, com
a
avaliação do mercado em que está inserido.
Como produzir?
Os produtores deverão escolher as
formas e métodos e meios mais eficientes de produção com custos mais
baixos, considerando-se o
nível tecnológico existente.
Para quem produzir?
Na
escolha do sistema de escoamento e distribuição dos produtos e serviços o produtor deve observar o mercado, suas margens de resultado
econômico, na perspectiva de
atender as demandas dos
consumidores.
QUADRO 1 – OS PROBLEMAS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA
|
Fonte: Adaptado
de Vasconcelos e Garcia (2014)
Para Varian (2016), a forma ou maneira
como as sociedades buscam resolver seus problemas econômicos mais básicos ou fundamentais possuem
relação com o modo de organização do país. Um sistema econômico
pode ser definido
como os meios econômicos,
I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO
SANTA MARIA
AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA
políticos e sociais que organizam uma dada sociedade, pois
é um sistema particular ou próprio de
organização da produção, distribuição e consumo de bens e serviços em que os
indivíduos usam visando melhorias em seu padrão ou bem-estar.
No sistema econômico há o fluxo circular contínuo
entre duas unidades
que, de acordo com
Carrera-Fernandez (2009), deve estar em constante interação entre si, as
pessoas e as empresas, proprietárias dos fatores de produção e as unidades
consumidoras que procuram
bens e serviços e
concomitantemente oferecem fatores de produção como capital e trabalho, dentre outros insumos.
Nessa dinâmica as organizações,
unidades produtoras, por seu lado demandam por
fatores de produção
oferecendo em troca a remuneração pelo uso desses
fatores, nesse sentido,
entre os elementos básicos de um sistema econômico destacam-se o estoque
de recursos produtivos ou fatores de
produção, que incluem capital, reservas naturais, recursos humanos, tecnologia e terras, o
complexo de unidades
de produção, as empresas e o conjunto
de instituições econômicas,
jurídicas, políticas e sociais, tidas como a base da organização da sociedade.
Com
relação aos sistemas
econômicos, Cunha (2004),
argumenta que são classificados em capitalista ou economia de mercado e
socialista ou economia centralizada ou planificada. No sistema capitalista são as forças de mercado que dominam com
predomínio da livre iniciativa e da
propriedade privada dos fatores de
produção. Já no sistema socialista, os problemas econômicos fundamentais se resolvem
por meio de um órgão central de planejamento
com propriedade pública dos fatores de produção, também chamados de meios de produção como o sistema bancário,
capital, matéria-prima, prédios, terras, tecnologia, entre outras,
regulando todos os processos.
A figura 1, ilustra os fluxos físico e financeiro
da dinâmica da produção e como os produtos e serviços circulam
na economia para gerar os recursos e proporcionar o bem-estar da sociedade.
A figura em questão oportuniza a análise do dinamismo da economia no sistema econômico
de livre iniciativa, em que o fluxo monetário consiste na contrapartida do fluxo fixo,
tanto dos bens e serviços quanto na tradução da otimização dos fatores
de produção em benefício dos resultados econômicos e sociais.
I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO
SANTA MARIA
AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA
FIGURA 1 – DIAGRAMA DO SISTEMA ECONÔMICO
DE LIVRE INICIATIVA
Fonte: Carrera-Fernandez (2009)
A escolha do que e quanto produzir e
consumir em um sistema econômico consiste, de
acordo com Silva (2016), no principal elemento de decisão e no sistema de livre
iniciativa, são os agentes econômicos
como os contribuintes, consumidores, governos e produtores que tomam as decisões
baseados em um conjunto de preços que é estabelecido, normalmente, pelos mercados.
No sistema econômico centralizado,
Carrera-Fernandez (2009), diz que as escolhas
são definidas a partir de uma pessoa ou um grupo restrito de pessoas e a
organização do que é produzido ou consumido não se fundamenta em preços, mas em matrizes
de insumo e produtos sob restrições de recursos, pois não há
dúvida de que os preços que determinam como a
produção deve ser organizada e o quanto de cada produto será produzido e
consumido, e o quanto de cada
insumo ou recurso produtivo será utilizado na produção.
Nesse
contexto, nas economias com disponibilidade significativa de bens, insumos
de produção e serviços
demandados e oferecidos por um número considerável de compradores e vendedores, Varian (2016), indica a
existência de um mecanismo capaz de manter a ordem e orientar as ações dos vários agentes para que a satisfação dos
interesses de cada um e da sociedade.
Esse mecanismo trata-se do mercado e o preço que emana dele favorece tanto os consumidores como os produtores, tornando factível as transações de trocas entre compradores, e vendedores.
Para Varian (2016), o mercado é
orientado por uma espécie de “mão invisível” que possibilita o bem-estar de cada agente em particular e da
sociedade e o conceito de mercado, nesse contexto, não tem relação com um
dado lugar geográfico, mas sim a um mecanismo que
I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO
SANTA MARIA
AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA
aproxima indivíduos ou pessoas que compram de outros indivíduos ou pessoas que vendem com possibilidades
de ganhos recíprocos aos atores e agentes no mercado.
O termo “mão-invisível” foi utilizado,
segundo Carrera-Fernandez (2009), por Adam
Smith, descrito no livro A Riqueza das Nações, publicado no século
XVIII. Nessa obra se destaca o fato que um indivíduo busca a satisfação e sua ação é direcionada pela mão invisível, que regula a oferta e demanda de bens e serviços, esse processo levaria
a sociedade ao equilíbrio na oferta e demanda e, portanto, qualquer
intervenção governamental, nessa livre iniciativa, redundaria em
prejuízos em detrimento a benefícios
para a sociedade.
Nesse
sistema produtivo de economia capitalista é que está inserido o pequeno agricultor ribeirinho do Ribeirão Santa Maria, nesse sentido de acordo com as teorias a capacitação do produtor é fundamental no processo decisório
do que irá produzir e como deverá
proceder para adotar as melhores práticas com vistas a produzir com
manutenção ambiental, importante
quesito ao considerar-se que é um agente na consolidação estrutural na oferta
de água à comunidade de Itumbiara e região.
Portanto, deve-se aliar as teorias às práticas dentro
e fora da porteira, na conjunção da tríade
Produtores, Indivíduos e Estado na convergência de produzir alimentos que
traduzem saúde, sustentabilidade e rentabilidade à toda sociedade de Itumbiara.
2.
RESULTADOS DA PESQUISA
De acordo com as visitas in loco, efetivada na pesquisa de campo
no período de 23 a 28 de maio de
2022, demonstramos os resultados com base na mensuração dos quesitos abordados
nas propriedades.
Universo da pesquisa: Aproximadamente 40 produtores; Quantidade de produtores
pesquisados: 13;
Média de área por
propriedade: 67 hectares;
GRÁFICO 1
Fonte: Dados da
pesquisa
No gráfico 1 nota-se que as
propriedades ribeirinhas são pequeno porte, geralmente, com mão de obra familiar
e, embora as propriedades estejam
próximas das cidades
de Itumbiara da cidade de Panamá, demandam a
manutenção das estradas vicinais, atualmente em péssimas condições de trafegabilidade. Não tem acesso a assistência
técnica, na tomada de decisão do que produzir
a na orientação comercial com vistas a produzir alimentos
saudáveis com preservação ambiental e com
resultados econômicos.
I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO
SANTA MARIA
AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA
GRÁFICO 2
Fonte: dados da
pesquisa
Quanto
aos modelos de produção, no gráfico 2, constata-se que 61% do grupo trabalha
na produção de leite e seus derivados e 50% desse contingente entrega na
cooperativa de Panamá, porém declaram
que o preço do Laticínio varia entre R$ 1,80 a R$ 2,00 por litro de leite entregue,
insuficiente para cobrir os custos de produção.
Nesse contexto, também demandam
assistência técnica de como produzir de forma
sustentável com resultados econômicos, assim, sugerem a melhoria do
rebanho que deve ter aptidão leiteira
e produção de carne, bem como orientações e apoio na formação da dieta dos animais, pois a base alimentar e
nutricional dos animais e das boas práticas na produção são a essência
para a aumentar-se a produção
e produtividade.
Sem
esse apoio 20% dos entrevistados demonstram insatisfação e estão desmotivados, com tendencia a
desistir da produção na bacia leiteira,
processo que pode intensificar a precariedade da vida e da produção do pequeno produtor
ribeirinho pesquisado.
Já ao avaliar-se as condições da produção de carne suína identificamos que os produtores produzem os animais
de forma inadequada, em trato cultural
e soltos à campo. Nesse
contexto, encontra-se um produtor com demandas na área de gestão dentro
da porteira, de assistência técnica
na produção e de acesso ao crédito, bem como de treinamento e orientação das boas práticas de produção, isso ao
considerar-se que esse produtor atua em todas as fases da cadeia produtiva,
exceto a produção da ração.
Na produção da agroindústria,
identificou-se um produtor de Cachaça na fase de implantação de melhorias
na produção sob orientação do MAPA, considerando-se que necessitada da certificação para comercialização dos produtos. Declara
que tem necessidade de orientação técnica
para implantar os processos de escoamento e comercialização, inclusive
tem a pretensão de exportar
o produto.
Quanto às demais produções a demanda
centra-se na melhoria na manutenção das estradas, considerando-se as péssimas condições
de trafegabilidade.
GRÁFICO 3
Fonte: Dados da
pesquisa
Quanto as quantidades produzidas, no
gráfico 3 destaca-se o número de pequenos produtores
atrelado a produção de leite in natura, salientando-se
que 100% entregam para cooperativa ou laticínio.
Quanto a precificação, o valor é
atribuído pelo coletor, cooperativa ou laticínio, e tem a dependência direta da qualidade e quantidade produzida,
nesse caso o produtor de 450 litros/dia
recebe R$ 2,00/litro com viés de alta, esse valor poderá atingir até R$
2,25/litro. Já o menor produtor
declara que recebe
R$ 1,80/litro, que não tem nenhum dispositivo de barganha para negociar o preço, esse é arbitrado
pela indústria e insuficientes para cobrir os custos de produção.
No universo de entrevistados há
dois produtores que manifestaram interesse em encerrar
as atividades migrando para a produção de grãos, face as dificuldades de
atingir o ponto de equilíbrio entre o
custo e a receita na produção de leite. Na produção de grãos há 2 produtores que arrendam a propriedade de 17 e 200 hectares, respectivamente para o cultivo de cereais, principalmente milho e soja.
Na produção da agroindústria encontra-se um
que produz cachaça artesanal, em processo de reestruturação e registro no
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) com vistas a exportar o produto.
Na área do processamento de carnes há
um produtor que atua em todas as fases da produção,
cria, recria e abate de suínos é arrendatário de 2,5 hectares, possui 10 vacas
leiteiras e necessita de assessoria na regulamentação da atividade e treinamento na área de gestão dentro
da porteira.
Diante do diagnóstico apresentado,
constata-se que há variedade na produção, porém, com gargalos estruturais dentro e fora da porteira,
na produção, gestão,
escoamento e comercialização da produção. Nesse
sentido, vislumbram-se necessidades urgentes na área de assessoria e assistência técnica
na produção com vistas a produzir com sustentabilidade, considerando-se que a produção não está alinhada
às boas práticas para o sucesso do empreendimento, no zelo do bem-estar dos animais e com a preocupação de produzir de forma a preservar o meio ambiente com
prosperidade socioeconômica regional, foco da I Expedição no Ribeirão
Santa Maria.
1.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nas conclusões do trabalho da comissão de Economia Solidária
constata-se a precariedade e abandono do agricultor familiar
ribeirinho, excluídos de qualquer tipo de política
pública que possa auxiliá-lo nas tarefas de produzir e preservar o meio
ambiente. Nesse contexto, o poder
público está inerte em todas as ações sob sua tutela e gestão nos mais diferentes níveis, seja em ações
de acesso ao conhecimento ou na orientação de como produzir
com sustentabilidade.
No que se refere às condições
sanitárias dentro da porteira, observa-se que o uso da água para consumo das famílias não possui tratamento ou
orientação de como consumir de forma
adequada a mitigar problemas de saúde pública, considerando-se que a água é um
vetor de doenças. No trato do descarte
das águas utilizadas nos afazeres domésticos, da mesma forma
é descartada de forma inadequada sem qualquer tratamento intermediário
para devolução à natureza, problemas a serem solucionados
com urgência.
Ainda
com relação ao uso e preservação da água, constatou-se que em várias propriedades
não há preocupação ou zelo no uso e manutenção das minas, fontes ou nascentes d’água,
nesse sentido urge ações orientativas e políticas públicas
que auxiliem os produtores no cuidado e preservação
do manancial estudado.
A água é fundamental para a vida, tanto
no consumo das pessoas como na produção de alimentos
daqueles que residem às margens
do Ribeirão Santa Maria. Essa água quando de
I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO
SANTA MARIA
AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA
boa qualidade para o consumo e o descarte adequado na
natureza podem migar os problemas da saúde pública, traduzindo-se na qualidade de vida das pessoas e o bem-estar
animal. Quanto ao bem-estar dos animais, constatou-se o
descaso do produtor no trato cultural dos animais, criados soltos, convivendo com as pessoas,
consumindo subprodutos e até mesmo fazendo uso da água de esgotos
domésticos, o que poderá se consolidar como um vetor de doença,
de forma direta
ou indireta, na ingestão de alimentos contaminados.
Nesse contexto, o diagnóstico
socioeconômico detectou a inexistência de políticas públicas no trato da água disponibilizada às propriedades,
considerando que água é vida e estamos
tratando de forma proativa esse tema, demanda-se, portanto ações públicas e
privadas no sentido de abrandar
os gargalos na origem, dentro
da propriedade dos ribeirinhos e as
ações subsequentes serão efetivadas
com base no diagnóstico da comissão de Economia Solidária, convergentes no sentido de ao bem-estar
social e animal, bem como na produção e oferta de alimentos originados com os princípios sustentáveis, em especial
na preservação ambiental, a fim de produzir e comercializar alimentos com
qualidade, quantidade e competitividade à sociedade.
No âmbito da administração municipal, a
comissão de Economia Solidária sugere a composição
de uma equipe consultiva e deliberativa a fim de definir, propor, monitorar e fiscalizar políticas públicas
de promoção das populações e áreas rurais do município de Itumbiara, alinhada
com os seguintes objetivos:
ü Realizar diagnóstico acerca dos territórios aquíferos de Itumbiara
a fim de determinar meios
e estratégias de monitoramento e fiscalização;
ü Definir calendário de ações e investimentos nas estradas e vias
rurais de Itumbiara;
ü Definir a política
municipal de saúde das populações rurais de Itumbiara;
ü Definir a política municipal
de coleta de lixos e resíduos sólidos das áreas rurais de Itumbiara;
ü Criar reservas ambientais nas áreas rurais
de Itumbiara;
ü Realizar o censo econômico e ambiental nas áreas
rurais de Itumbiara;
ü Contribuir com a organização de associações de agricultura familiar;
ü Desenvolver
ações e iniciativas de promoção da higiene e da saúde pública das famílias;
ü Tendo em vista a grande quantidade de atividades multi econômicas e realizadas nas unidades familiares rurais, desenvolver um conjunto de políticas de assessoramento, consultoria e apoio visando o melhoramento
e aperfeiçoamento dessas mesmas
produções;
I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA DO RIBEIRÃO
SANTA MARIA
AMBIENTALISTA ADALBERTO SOUSA E SILVA
ü Criar a Escola
Agrícola de Itumbiara;
ü Criar o centro municipal de comercialização da agricultura familiar de Itumbiara.
No sentimento de que a 1ª fase, diagnostico ambiental, social e econômica
foi executado com êxito, cientes
das nossas obrigações em promover ações secundárias com vistas a atingir a plenitude dos objetivos a que
se propôs a Expedição, ações que podem mitigar e solucionar gargalos na manutenção do manancial que abastece Itumbiara, reafirmando que água
é a essência da vida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARRERA-FERNANDEZ, José. Curso básico de microeconomia. Salvador/BA: EDUFBA, 2009.
CUNHA, Fleury Cardoso da. Microeconomia: teoria,
questões e exercícios. Campinas-SP: Alínea, 2004.
EMBRAPA.
POLÍTICAS PÚBLICAS. Disponível em: www.embrapa.br/tema-agricultura- familiar/politicas-publicas. Acesso em: dez. 2021.
. Agência Embrapa
de Informação Tecnológica - Zoneamento agrícola. Disponível em: https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-
acucar/arvore/CONTAG01_64_22122006154840.html . Acesso em: fev. 2021.
NOGAMI, Otto. Economia. 1.ed. rev. - Curitiba, PR : IESDE Brasil, 2012.
246p.
PASSOS,
Carlos Roberto Martins; NOGAMI, Otto. Princípios de Economia. 5. ed. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2005.
PINTO, Pedro PY. SISITEMAS DE PRODUÇÃO TY - CHAP AU. São Paulo: T1 -
Organização da produção
agrícola ER, 2010.
SAMUELSON, Paul. Introdução à Análise Econômica. 8. ed. Rio de Janeiro:
Agir, 1975. v. 1 e 2.
SANDRONI, Paulo.
Novíssimo Dicionário de Economia. 2. ed. São Paulo: Best Seller, 1999.
SILVA, Maria Valesca Damásio S. Introdução às teorias econômicas.
Salvador/BA: UFBA, 2016.
VARIAN, Hal. R. Microeconomia: uma abordagem moderna. Tradução de Célia Siille de Macedo. 9. ed. Rio de Janeiro-RJ: Elsevier, 2016.
VASCONCELLOS,
Marco Antônio Sandoval de; GARCIA, Manuel Enriquez. Fundamentos da Economia. 5. ed. São Paulo - SP: Saraiva, 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário