segunda-feira, 20 de agosto de 2018

CRISE NA ECONOMIA AFETA VALOR ADICIONADO DA AGROINDÚSTRIA E ENCOLHE IPM DE ITUMBIARA

IPM PROVISÓRIO DE ITUMBIARA SOFRE QUEDA DE 7% AFETADO PELO DESEMPENHO DA INDÚSTRIA E AGROPECUÁRIA EM 2017
    FOTO CODEGO

No último dia 16,  Conselho Deliberativo dos Índices de Participação dos Municípios (Coíndice) aprovou o Índice de Participação dos Municípios (IPM) provisório, uma prévia de como será a partilha do ICMS para o próximo ano. No geral, o Estado de Goiás manteve o Valor Adicionado, devido a crise na economia do Brasil em 2017. Itumbiara sentiu os efeitos na Indústria e na Agropecuária que provocou uma redução  de 287 milhões na geração de riquezas. Entre os grandes geradores de Valor Adicionado, só a área do Comércio manteve os valores do ano anteriores.
Com o resultado provisório, sinaliza queda na arrecadação do ICMS no próximo ano, que pode resultar em perdas próximo de R$ 5 mi. Atualmente o IPM do município no bolo do ICMS é de 2,03 e poderá ser reduzido para 1,87. O município pode recorrer antes da divulgação do Indice final, que deverá sair em Dezembro.
Mesmo com a queda no IPM, Itumbiara manteve o oitavo lugar na distribuição do ICMS, enquanto seu PIB é a sétima economia de Goiás.
Com um parque Industrial diversificado, a Agroindústria é um dos principais segmentos na geração de riquezas. O Comércio é o segundo maior segmento e manteve a performance do ano de 2016. A Agropecuária, terceiro setor na geração do Valor Adicionado também sentiu a crise na economia e gerou menos no cômputo do IPM, mesmo desempenho do Transporte interestadual  e da energia elétrica. Mesmo com a inauguração de uma nova Indústria neste ano, somente começará a impactar o IPM a partir de 2019, já que o Indice é calculado em um ano com base nos valores dos dois anos anteriores. O IPM que é aplicado sobre o bolo partilhado do ICMS, que gira em torno de R$ 3,5 bi no ano, leva em consideração 85% do valor econômico do município, 5% com base no ICMS Ecológico e 10% são partilhados de maneira igualitária entre os 246 municípios.
A Secretaria Executiva do Conselho analisou 300 milhões de notas fiscais eletrônicas, contendo mais de 1 bilhão de itens gerados nos municípios. Esse é o primeiro ano que a unidade realiza todo o processo de forma digital, por meio do Sistema Eletrônico de Informações (SEI), inclusive os recursos deverão ser feitos em mídia digital. A expectativa da Sefaz é disponibilizar os relatórios referentes ao cálculo dos índices, no acesso restrito aos prefeitos, até o início do próximo mês. A partir da publicação do IPM, será aberto o prazo de 30 dias para que os municípios apresentem recursos. Depois, corre prazo de outros 30 dias para análise pelo Conselho. O IPM definitivo está previsto para ser votado em dezembro.
SEGMENTO 2016 2017 DIFERENÇA PERCENTUAL
INDÚSTRIA 1.431.814.001 1.260.684.121 -171.129.880 -11,95%
AGROPECUARIA 466.964.459 326.138.830 -140.825.629 -30,16%
COMERCIO 638.916.100 656.707.791 17.791.691 2,78%
TRANSPORTES 265.314.408 261.692.983 -3.621.425 -1,36%
ENERGIA 100.440.626 89.470.805 -10.969.821 -10,92%
COMUNICAÇÃO 56.845.626 63.336.652 6.491.026 11,42%
ST COMBUSTIVEL 10.818.044 9.170.198 -1.647.846 -15,23%
AUTO INFRAÇÃO 13.054.485 27.928.093 14.873.608 113,93%
OUTRAS ATIV 28.875.358 52.597.015 23.721.657 82,15%
TOTAL 3.047.128.880 2.759.155.719,00 -287.973.161 -9,45%
GOIÁS 137.166.591.980 138.128.449.444 961.857.464 0,70%
FONTE: SEFAZ GO

Nenhum comentário:

Postar um comentário