sábado, 29 de novembro de 2014

ONG AMPARU ACOLHE E TRATA MAIS DE UMA CENTENA DE CACHORROS EM SITUAÇÃO DE RUA

COM NOVAS ATRIBUIÇÕES PARA CENTRO DE ZOONOSES, CACHORROS NAS RUAS DE ITUMBIARA SÃO ACOLHIDOS POR VOLUNTÁRIOS



    Cachorros acolhidos no Abrigo da AMPARU


Todos os dias a servidora pública Meire Freire se desloca na hora de seu almoço e após o expediente para o abrigo da AMPARU no Bairro Santa Rita, onde faz a troca da água, coloca alimentos, verifica o estado de saúde de quase uma centena de cachorros recolhidos nas ruas de Itumbiara. A professora Maria das Dores e a funcionária pública Patrícia colocam seus veículos nas ruas e nas horas de folga dão assistência a animais acidentados e sem donos nas ruas, que passam fome. Eliane ajuda a cuidar da finanças, alguns veterinários fazem trabalhos voluntários ou subsidiados e um funcionário público de Goiânia manda todo mês o dinheiro para pagar o aluguel do Abrigo. Assim vai sobrevivendo a AMPARU e ajudando a cuidar de centenas de cachorros abandonados nas ruas da cidade de Itumbiara.

A AMPARU - Associação de Proteção a Animais em Situação de Rua no município de Itumbiara foi fundada neste ano depois de quase uma década de atuação informal no projeto denominado "Quatro Patas",  que acolhe, trata e faz feiras de adoção de animais recolhidos nas ruas de Itumbiara.
A associação que não tem fins lucrativos, conta com o trabalho de dezenas de voluntários que fazem doações para aluguel do abrigo, compra de alimentos, medicamentos e pagamento com descontos para procedimentos veterinários, também realizados por mais de quatro profissionais na cidade.
Para tornar possível receber recursos de entes governamentais para realizar o trabalho que não mais é feito pelo Centro de Zoonoses, depois de Portaria do Ministério da Saúde publicada em 2014, os voluntários do projeto fundaram a Organização Não Governamental, aprovaram o estatuto, elegeram a diretoria e agora vão buscar a aprovação de leis municipal e estadual de utilidade pública e assim ter condições de firmar convênios de parceria, principalmente com o município, auxiliando em um problema que envolve mais de dois mil cães soltos pelas ruas.


 A Associação tem por finalidade:
1.       Promover meios efetivos para reprimir os atos de abuso e crueldade praticados contra animais;
2.       Fazer cumprir, apoiada pelas autoridades competentes, os dispositivos da Lei no. 9.605/98 e demais leis e regulamentos Federais, Estaduais e Municipais,  na parte que ampara os animais;
3.       Fazer com que sejam atualizadas as leis já existentes e promulgadas novas leis de proteção aos animais, necessárias ao desenvolvimento atual do País;
4.       Colaborar com as autoridades para resolver o problema do animal abandonado, manter abrigo para animais abandonados, com o fim de garantir sua manutenção com qualidade ou doá-los a pessoas idôneas.
5.       Quando necessário, manter abrigo para animais abandonados, com o fim de garantir sua manutenção com qualidade ou doá-los a pessoas idôneas, podendo inclusive, possuir centro de atendimento veterinário, cemitério e incinerador para os animais.
6.       Criar ou promover campanhas educativas, palestras e cursos voltados à proteção e bem estar dos animais;

7.       Criar ou promover eventos com objetivo de angariar e recolher fundos para manutenção dos objetivos da AMPARU.

Cachorros sadios nas ruas de Itumbiara, um problema de trânsito

Em recente entrevista a um telejornal, o superintendente local Herbert Andrade, responsável pela área de vigilância no município respondeu que com a nova portaria do MS, agora o problema de cachorros nas ruas serão tratados pela SMT, Superintendência que cuida do trânsito de Itumbiara, mas o órgão não tem condições de fazer este trabalho.

Voluntários reunidos em 02 de agosto de 2014 na sede do NAPCI para fundação da AMPARU

Abrigo da AMPARU no Bairro Santa Rita

Feira de Adoção em setembro 2014 - mais de 30 cachorros ganharam novos donos


A PORTARIA 1138/2014 MS

A partir deste ano de 2014 não são mais recebidos no Centro de Zoonoses  animais sadios, animais com dificuldades no parto, atropelados, com doenças como sarna, parvovirose, cinomose, metástase, tumores venéreos, ceratoconjuntivite, enfim, doenças de caráter espécie-específica. Por não se tratarem de zoonoses, estas são de responsabilidade de seus proprietários. Como muitos proprietários abandonam os animais quando ficam doentes, o problema acaba ficando sem solução.
Foi por meio da Portaria nº 1.138/2014, que o Ministério da Saúde estabeleceu novas diretrizes de atuação para ações e serviços voltados para a vigilância, prevenção e controle de zoonoses e de acidentes causados por animais peçonhentos e venenosos, de relevância para a saúde pública. Somente essas atividades serão desenvolvidas pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
Além de definir os animais considerados como de relevância para a saúde pública, a Portaria  do MS descreve as ações e serviços públicos de saúde contemplados por seu conteúdo, a partir das atividades desenvolvidas, a exemplo do desenvolvimento de ações, atividades e estratégias de educação em saúde visando à posse responsável de animais para a prevenção de zoonoses; da coordenação, execução e avaliação das ações de vacinação animal contra zoonoses, bem como a notificação e investigação de eventos adversos; da realização de diagnóstico laboratorial de zoonoses e identificação das espécies de animais; da eutanásia, quando indicada, de animais de relevância para a saúde pública; e da manutenção e cuidados básicos de animais recolhidos em estabelecimento responsável por vigilância de zoonoses pertencente ao Sistema Único de Saúde (SUS), observando normatização vigente quanto aos prazos estipulados de permanência do animal, quando houver.

O documento prevê ainda que os estabelecimentos responsáveis por vigilância de zoonoses pertencentes ao SUS e os serviços voltados para a vigilância, a prevenção e o controle de zoonoses e de acidentes causados por animais peçonhentos e venenosos, de relevância para saúde pública, deverão ser inscritos no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (SCNES) e terão suas ações e serviços financiados tanto por recursos do Ministério da Saúde quanto de Estados, e Municípios, sendo inseridas na Programação Anual de Saúde (PAS).

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