FALTAM CAMPOS E ORGANIZAÇÃO NAS COMPETIÇÕES AMADORAS
Campo dos Encontristas - Região Oeste de Itumbiara - Avenida Sul Goiana
Duas entidades oficiais promovem as competições de futebol amador em Itumbiara, sendo uma pública, que é uma Diretoria de Esportes que conta com os campos de futebol e servidores para ajudar na organização das competições e outra privada, que é a Liga Esportiva Itumbiarense, filiada a Federação Goiana de Futebol e que resume sua participação na organização do campeonato amador oficial a partir de outubro em três divisões. Outras três associações também são cooparticipantes, sendo uma de veteranos, outra de times de futebol e a terceira dos árbitros.
O custo das competições em sua maioria é de responsabilidade dos clubes que pagam taxas de inscrições, transferências e taxas de arbitragens. Em alguns torneios, empresas da cidade colaboram com troféus.
A cada torneio, as condições são mais precárias e começam com a falta de praças esportivas disponíveis para o número de competições durante o ano, que começa com um torneio varzeano, em seguida a Copa que leva o nome de uma empresa, passa pela Copa Itumbiara que entra no calendário festivo da comemoração da instalação do município e termina em dezembro com o torneio oficial da Liga Esportiva. Sem o Estádio JK e o CT Adalberto da Silva e Sousa, dezenas de equipes que não podem pagar aluguéis de campos particulares como AERCA e Clube dos 50 (que deverá fechar nos próximos dias), disputam um lugar no Goiasinho que ainda tem minimas condições de receber jogos. Embora conte ainda com campos na Vila Vitória e Jardim Liberdade, os mesmo não oferecem boas condições de jogo de futebol. Completam os palcos para os jogos, o campo de Araporã em Minas Gerais que tem duas equipes e o do Bairro Brasília que está em espaço público e é administrado por uma Associação Privada e apenas o clube local manda jogos na praça esportiva.
As regras das competições são feitas pelos organizadores, que geralmente não seguem o Código Brasileiro de Justiça Desportiva e suas decisões, algumas vezes arbitrárias e contra o livro de regras do esporte brasileiro, ficam sem recursos. Prevalece sempre a vontade dos organizadores, que usam o nome dos órgãos oficiais, mas que organizam as competições como particulares. A titulo de ilustração, puniram um atleta com quatro anos de suspensão das atividades de futebol em Itumbiara e deixam de aplicar a norma que disciplina que atleta amador deve ter a pena reduzida. Caso fosse recorrer administrativa, se em competições organizadas pela diretoria de esportes do municipio, caberia recurso ao Secretário Municipal, já que é o órgão público com servidores públicos que estão a frente com a cessão de campo e parte burocrática da competição. Se a punição fosse pela Liga Esportiva, os recursos deveriam ser ao Tribunal de Justiça Desportiva em Goiânia. Como tem custo, geralmente ninguém recorre as decisões que são tomadas pelos dirigentes, acabam transitando em Julgado, apesar de não haver o devido processo legal, com ampla defesa, contraditório e publicidade dos atos.
Mesmo com todas estas dificuldades e com muitos gastos, alguns dirigentes continuam sacrificando seus recursos financeiros por algumas horas de lazer com o futebol, que a cada dia vai perdendo a beleza e paixão que tinha nos anos 70 e 80, em inúmeros campos de terrão. A agonia do futebol amador em Itumbiara pode ser resumida em um dos campos utilizados para a competição, que está localizado na antiga Sul Goiana e que está na espera de bons tempos no futebol de Itumbiara. Enquanto houver dirigentes dispostos a pagar a inscrição, taxa de arbitragem e submissão aos atos não previstos na Legislação do Futebol no Brasil, seguem as competições, cada vez com menos campos e menos cumprimento de regras do esporte.
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