quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

ZÉ GOMES DA ROCHA E DE ITUMBIARA, O LEGADO. Na Lista do Zé

                                         Revista da campanha de 2010 - Itumbiara

Livro em construção - título provisório

2 – Na Lista do Zé

Após perder a eleição para prefeito em 2000, Zé Gomes da Rocha terminou o mandato de deputado federal e ganhou a eleição em 2002 para deputado estadual e assim preparou o caminho para disputar novamente a cadeira do Palácio Castelo Branco em 2004, seu maior sonho politico, desde que iniciou a carreira em 1976.
Como deputado estadual aproximou-se do governador Marconi Perillo – PSDB para ganhar  isenção do governo estadual na disputa de 2004. Nas eleições para prefeito em 2000, sentiu o quanto era difícil lutar contra um candidato em Itumbiara que tivesse o apoio de Marconi. O governador, primeiro, era amigo pessoal de Luiz Moura, um dos poucos que o apoiou na primeira campanha vitoriosa ao governo goiano em 1998 e segundo, o apoio do governador influencia nas eleições locais. Mas, a  má gestão do prefeito Luiz Moura – PSDB, neste segundo governo de 2000 a 2004,  diferente da boa avaliação que teve entre 1989 e 1992, facilitou o caminho da vitória de Zé Gomes.
Sem Luiz Moura no processo eleitoral, cassado em outubro de 2004, com grupo político fragilizado, Zé Gomes teve como adversário o empresário Dione Araújo que se juntou ao grupo do PT no município e alcançou pouco mais de 17 mil votos.  Até então, forte no município, após derrotar o PMDB e o próprio Zé Gomes nas eleições de 2000, o grupo político de Luiz Moura, desintegrou com a saída de cena do seu líder. O promotor Kleiton Korb disputou pela legenda do PSDB e Paulo Serrano, vice de Luiz Moura, por outra legenda, mas tiveram pouca votação no processo eleitoral.
As articulações políticas na Câmara Municipal começaram ainda em outubro de 2004, quando Zé Gomes aproximou-se do grupo de vereadores ligados a Luiz Moura e articulou pela cassação do prefeito, pela retirada do caminho do vice Paulo Serrano e assim abriu espaço para eleição do então presidente da Câmara Municipal, Ivan do Raio X para assumir a cadeira de prefeito na transição entre 28 de outubro de 2004 e 31 de dezembro de 2004. Foi neste intervalo que Zé Gomes conseguiu aprovar a Taxa de Iluminação Pública no Município.
Uma mudança na Constituição para as eleições de 2004, proporcionou a redução de sete cadeiras no Legislativo de Itumbiara e esta mudança levou a  uma economia de R$ 6 milhões no primeiro mandato de Zé Gomes entre 2005 e 2008. É justamente o valor estimado de devolução do Poder Legislativo ao Poder Executivo no Período.
Diante deste contexto, foi desenhada a campanha vitoriosa de Zé Gomes para a Prefeitura de Itumbiara e construída a lista de vitoriosos em todos os cargos e eleições no município. Fazer parte da lista do Zé, que era escrita em um rascunho de papel em branco nas madrugadas de articulações. As vezes para colocar alguém em um partido, Zé nem consultava. Comigo também aconteceu.
Cheguei ao grupo de governo no ano de 2005, por duas credenciais: conhecia bem o direito tributário e tivera mais de 7.500 votos em 2002 pelo PT em uma disputa para deputado federal. Dei muito trabalho ao candidato Barbosa Neto que era apoiado por Zé Gomes. Cheguei sem filiação, mas em um dia de 2006 estava na presidência do PSB local e em outro de 2007, já tinha uma ficha de filiação ao PTB, do qual me desfiliei em 2013. Aos amigos, Zé nem perguntava para onde deveria ir, simplesmente colocava o nome em um papel rascunho e assim nascia a Lista do Zé.
Entre 2004 e o dia da morte em agosto de 2016, Zé Gomes da Rocha influenciou na eleição de sete presidentes da Câmara Municipal, e iniciou com a onda PMDB de 2004, fazendo presidente seu concunhado João Batista de Oliveira em 2005, reeleito em 2006. Um erro estratégico de João Batista em 2006, quando se lançou candidato a deputado estadual sem o aval de Zé Gomes, praticamente colocou fim a carreira política e o deixou fora das listas futuras. Foi bem votado com mais de 17 mil votos para a Assembleia Legislativa, mas não venceu nem aquela nem novas eleições. Zé Gomes não pedia, mas indicava a seus amigos, que na lista para deputado estadual em 2006, estava Alvaro Guimarães, que foi eleito com um empurrão dos amigos do Zé Gomes. Nunca forçou ninguém a votar em seus candidatos, mas era “sedutor” nos pedidos. A gente seguia-o sem questionar.
O segundo presidente com influenciada lista de Zé Gomes foi Fernando Andrade – PL/PR, que no quinto mandato como vereador, chegou a presidência da Câmara Municipal. Por  influência de Zé Gomes, foi alterado para dois anos o mandato de presidente do Legislativo e assim se reelegeu Fernando Andrade na Câmara Municipal na presidência da casa.
Na primeira legislatura que coincidiu com o mandato de Zé Gomes como prefeito, o PMDB, sigla de Zé Gomes tinha na lista  o ex-prefeito Cairo Batista, eleito com 2.164 votos, Samir Dahas, também eleito com 1866 e João Batista com 1.385. Apesar de estar no PTB, Zé Gomes deu uma força para a chegada do atual vice-prefeito Gugu Nader ao Legislativo, quando obteve 1266 votos. Aliados do grupo político de Zé Gomes, por meio de Alvaro Guimarães, o PL fez a maior quantidade de eleitos entre os dez. O médico Ricardo Hoshino  com 2.556 votos liderou geral e foi acompanhado por Ivan do Raio X com  1.768, Fernando Andrade com 1.635, o médico já falecido, Alexandre Pacheco  teve 1.548 votos. Fora do grupo PMDB e PL, André Marinho pelo PSDB com 1529 votos, Jonh Pastori com 1.485 pelo PSB. Nilson Linguiça com 865 do grupo do vice prefeito Chico Balla, também aliado nas coligações de Zé Gomes, completou o placar de 8 a 2 para as coligações que faziam parte da lista de Zé Gomes.
Foi a relação mais tranquila entre Legislativo e Executivo em todos os anos de governo de Zé Gomes em Itumbiara e apenas dois acidentes de percursos foram administrados: o fato de João Batista disputar a eleição para deputado estadual em 2006 e o vereador Jonh Pastori, que contrariou Zé Gomes. Ambos não foram reeleitos. Não constavam da lista de 2008.
Com a  aliança entre o grupo político de Zé Gomes e de Alvaro Guimarães, que foi eleito deputado com a ajuda do prefeito, tudo correu na maior tranquilidade com devolução anual de recursos do Legislativo que superou a R$ 1,5 mi por ano. Na lista de 2006, que Zé Gomes mostrava aos amigos, figurava Alvaro Guimarães- PL para deputado estadual e Jovair Arantes para deputado federal pelo PTB.  Para o governo do estado, Zé Gomes encheu o Centro de Convenções e iniciou a caminhada da vitória de Alcides Rodrigues – PP para suceder Marconi Perillo – PSDB contra Maguito Vilela - PMDB, que em 1996 vetou a candidatura de Zé Gomes a prefeito de Itumbiara e preferiu Cairo Batista que foi vencedor. Marconi Perillo disputou e conquistou a vaga para o Senado Federal.
Em 2008, a mão de Zé Gomes nas articulações chega com maior força e na sua lista constava ter o vereador mais votado na história de Itumbiara, e assim, o primeiro na relação era Zé Antônio, que concretizou os planos e foi eleito pelo PMDB com 2.934 votos, quando abriu o caminho do jovem político para se tornar vice-prefeito em 2012, deputado estadual em 2014 e prefeito em 2016. A força da lista do Zé tornou mais fácil a reeleição de Cairo Batista com 1970 votos e Gugu Nader  com 2405, ambos pelo PMDB. A partir desta eleição, Zé Antônio seguiria sempre figurando no topo da lista de Zé Gomes, como vice-prefeito, deputado estadual, até chegar a prefeito. Gugu Nader seguiu caminho oposto e mesmo em crescimento de votos, perdeu para prefeito e deputado estadual. Não figurava na lista do Zé.
Nestes primeiros anos do governo de Zé Gomes, marcou também a passagem de fidelidade do vereador Bengala, eleito em 2008 com 1.758 votos para o terceiro mandato. Nos dois primeiros mandatos, foi o mais fiel defensor do grupo de Luiz Moura, amparando o mesmo até os últimos instantes da carreira política. A partir de 2008, esta fidelidade foi transferida a Zé Gomes, que veio como recompensa dois mandatos de presidente da Câmara para Bengala entre 2011 e 2014.
No grupo da segunda lista em 2008, que coligava e votava a favor de Zé Gomes com relativa independência, reelegeu pelo PR, Ricardo Hosinho com 2.275 votos, Fernando Andrade com 2.175 ( sétimo mandato), e pela primeira vez, Bacada, com 1.966 votos.  Nilson Linguiça do PP foi reeleito com 2009 votos. O PC do B, que tem o comando nos bastidores do advogado Cleuber Cardoso, que sempre fez as campanhas de Zé Gomes, também foi bem e elegeu Valdeir Enfermeiro com 1918 votos e Ednon Fio com 1.624 votos. Em raia própria, Marcelo do Sacolão chegou ao legislativo com 1.583 votos. Nenhum dos dez fazia oposição ao governo de Zé Gomes.
Alguns incidentes ocorreram nesta segunda legislatura, um com Ricardo Hoshino, que demorava a dar parecer em uma das comissões, contrariando Zé Gomes e outro com o advogado Cleuber Cardoso, que articulou em uma das eleições da mesa diretora do Legislativo, sem as bênçãos de Zé Gomes. O vereador Ricardo Hoshino, faleceu em 2011 e o advogado Cleuber Cardoso voltou as pazes com o líder político Zé Gomes  e fez até sua última campanha em 2016. Contrariar Zé Gomes, significava ir para a “geladeira” por um certo período de tempo. Era a pena máxima que o Zé aplicava aos amigos.
Zé Gomes, com suas listas controlava as coligações que disputariam as eleições em seu grupo político e o advogado Cleuber Cardoso, fazia a gestão até o registro. O último “não” que recebi do Zé Gomes, foi ainda em agosto de 2016. Eu faria um pedido para que um irmão fosse candidato por um partido, mas a lista estava pronta, disse Cleuber que não seria mudada e não. Tentei falar com o Zé para incluir meu irmão, mas não deu tempo encontra-lo para fazer o pedido. Mas o  advogado Cleuber Cardoso já dizia que não seria mudada.
Os quarenta anos de atuação política com pesquisas confiáveis em mãos, permitia fazer a previsão da eleição de três novos vereadores em uma das chapas. A  primeira lista do Zé nunca falhava, desde 2008. A formatação das coligações e as eleições para presidente da Câmara sempre tiveram a influência de Zé Gomes da Rocha, que fazia a lista, fazia a conta dos votos e não errava em seu planejamento político.
Outra estratégia que ajudou muito o município, foi segurar o processo de aumento do número de vereador que poderia voltar a ser de dezessete, como foi em 2000. Cada vereador custa nos dias atuais cerca de R$ 500 mil por ano. Só em 2017, foi economizado cerca de R$ 2,5 mi, já que Zé Gomes articulou que a Legislação permitisse apenas 12 vagas nas eleições de 2016. Quatro vereadores via decisão do Poder Judiciário chegaram a assumir em 2016, já que houve um erro no processo legislativo anterior que reduziu para treze cadeiras, mas a briga na justiça durou cerca de três anos e economizou para o município cerca de R$ 6 mi.
Na lista de sucessores de Zé Gomes, foram rascunhados alguns nomes. O meu esteve em 2008, quando recebi uma ligação do prefeito e do deputado federal Jovair Arantes para se descompatibilizar e ficar de sobreaviso. Se desse algo errado no processo de improbidade administrativa de 1996,quando ainda era deputado federal e transitaria em julgado antes das eleições de 2016, que tornaria  o prefeito inelegível, meu nome seria lançado prefeito. Em 2016, Zé Gomes conseguiria um efeito suspensivo com Ação Rescisória e disputaria as eleições, se não fosse assassinado.
 Em 2011, Zé Gomes incentivava o amigo advogado Nicomedes Borges a ser seu sucessor, mas “Ni”,  cuja relação era como de família com o Zé, disse que não tinha esta vocação. Gostava da área de direito. Assim, Chico Balla, que foi discreto nos dois mandatos de Zé Gomes, foi para o topo da lista e foi eleito em 2012.
Zé Gomes tinha na lista de 2012 seu sucessor Chico Balla, Marcelo Gomes, o vereador mais votado com 2.792 votos pelo PTB e deu seu apoio moral para Silviano Campos com 2.284 votos, além de Expedito Costa com 2087 votos também pelo PTB. Outro que contou com o moral de Zé Gomes, foi Bengala pelo PPS que chegou a 1969 votos. Bengala e Dalminho se tornaram presidentes do Legislativo com a influência também de Zé Gomes, mesmo quando já não era prefeito. Só Valdeir Enfermeiro voltou pelo PC do B com 972 votos na segunda lista e mesmo na oposição, mas simpático ao grupo político de Zé Gomes, Flausininho foi eleito  pelo PMDB com 1586 votos.
A oposição em 2012, que ficou dois mandatos na hibernação, renasceu  com Alcides Pacheco pelo DEM, eleito com 1958 votos, Bacada pelo PL com 1750, Eliane do Samir PMDB com 1669 votos, Marcelo do Sacolão foi reeleito pelo PSC com 1603 votos, Cristiano pelo PT com 881 votos, Ednon Fio PSD com 1352 votos, que assumiu a vaga de Fernando Andrade que teve 1386 votos e teve o mandato extinto.
A última eleição em que se mantiveram unidos os grupos de Alvaro Guimarães e Zé Gomes, foi no ano de 2010 e foi se fragilizando as relações, crescendo as divergências partir de 2013, ficando clara em 2014 e tornando mais acirrada em 2016. O deputado estadual e seu grupo político já não fazia mais parte da lista de Zé Gomes a partir de 2014. Zé Gomes já procurava o substituto na lista desde 2011 e chegou a me convidar três vezes para entrar n sua lista de deputado estadual. Disse não, porque não tinha vocação. Então Zé Antônio foi para o topo da lista para virar deputado estadual e abrir o caminho natural para se tornar prefeito de Itumbiara.
Foi no governo Chico Balla – PTB, entre 2013 e 2016, que Zé Gomes afastou-se um pouco das articulações diretas,  referente ao governo municipal, mas influenciou na escolha do vice Zé Antônio, que seria eleito deputado estadual em 2014. Estrategicamente, Zé Gomes colocou na lista como prioridade a eleição de Dalminho como presidente da Câmara, o primeiro na linha sucessória como vice prefeito  de Chico Balla, com a saída de Zé Antônio, que ser tornaria deputado estadual. Se algo desse errado no mandato de Chico Balla, Zé Gomes tinha um aliado fiel como vice prefeito para assumir.
As eleições de 2016, ano da sua morte, foi o último que Zé Gomes influenciou e mesmo morto, foi como sua vontade se tornasse realidade. Não sem razão que quatro apareceram como possíveis candidatos a prefeito no lugar de Zé Gomes, mas o quinto já tinha o destino traçado na lista do Zé, figurava em primeiro Zé Antônio, a quem Zé Gomes ajudou a se tornar vereador em 2008, indicou vice prefeito em 2012, foi decisivo na eleição de deputado estadual em 2014. O que estava sendo preparado para 2020, foi antecipado pela tragédia de 2016. O primo do Zé, Marcelo Gomes estava na lista e seria o presidente da Câmara, como foi concretizado e mais votado do grupo político de Zé Gomes com 2.792 votos.  Sargento Azevedo com 1584 votos, professora Noêmia com 1322 e Formigão com 1535 pelo PTB tiveram as bênçãos de Zé Gomes para as campanhas vitoriosas de 2016. Zé Gomes colocou em sua lista todos no PTB e sabia com antecedência quantos e quem seriam os eleitos.  Flausiniho, mesmo pelo PMDB, com 2.118 votos foi reeleito, pois sempre foi querido por Zé Gomes pela fidelidade e assim também estava na lsita.  O grupo do organizador da campanha, Cleuber Cardoso elegeu  professor Amauri pelo PROS com 1536 votos e Zezé Preto do PC do B com 1284.  
Mesmo antes das eleições, Daniel que havia tomado posse em 2016, foi reeleito em 2016 com 1861 votos e tinha a simpatia de Zé Gomes, fator que o apoiaria em um futuro governo. Neto Karfan  com 2110 votos pelo PR foi uma das novidades da eleição, além do outro vereador mais votado, também da oposição e do PR.
O ano de 2014 marcou o divisor de águas na união que foi feita em 2004. Em 2016, depois de apoiar Alvaro Guimarães em 2006 e 2010, as águas tomaram o caminho natural e novamente a antiga ARENA foi para um lado com Alvaro Guimarães e os adversários para o outro. Como no passado com Modesto, Radivair e Waterloo, as criações do MDB, venceram mais uma vez, até com a morte do maior líder que Itumbiara conheceu, ao lado de Menezes Junior e Hermenegildo Lopes de Morais.



domingo, 24 de dezembro de 2017

ZÉ GOMES DA ROCHA, O LEGADO - O PRECATÓRIO

Livro em construção sobre gestão de Zé Gomes da Rocha em Itumbiara - 2005-2012
     No primeiro governo de Luiz Moura - 1989/1992 - foi desapropriado espaço ao lado do antigo Cine Walter Barra - Precatório de R$ 2,5 mi assustou Zé Gomes  em 2005

1-     O PRECATÓRIO

No primeiro ano de governo de Zé Gomes da Rocha em 2005, a situação da Prefeitura de Itumbiara era de calamidade pública. A divida apurada pela comissão de transição no período de novembro e dezembro de 2004, apontava um débito de R$ 100 milhões para uma receita anual de R$ 60 milhões. Para efeito de comparação, doze anos depois em 2016, era de R$ 60 milhões para arrecadação anual de R$ 300 mi, com parte da dívida a ser ressarcida pela concessionária estadual de água e esgotamento sanitário em financiamento feito no valor de R$ 14 mi para expansão das redes de água e esgotos.
As ruas estavam esburacadas e havia muito lixo esparramado pelas ruas e avenidas, ocasionado por atraso de oito meses no pagamento dos serviços de limpeza pública e a usina de asfalto inoperante. Havia um quadro de profunda desmotivação dos servidores, já que folha de pagamento estava em  atraso. Não havia transporte escolar, pois os prestadores de serviços também não haviam recebidos. Ruas mal iluminadas por falta de manutenção no caótico parque de Iluminação.
Somente a dívida com o instituto de previdência dos servidores era de R$ 22 mi, referente falta de pagamento da contribuição previdenciária patronal dos servidores efetivos em 42 meses de 2001 a 2004. Devia-se para o INSS, para fornecedores, prestadores de serviços. O financiamento do Ribeirão Trindade consumia mensalmente R$ 200 mil e a divida chegava de R$ 20 mi. Todo mês era retirado diretamente dos recursos do ICMS, R$ 107 mil, como ressarcimento de uma ação que o governo Cairo Batista ganhou no ano de 2000 no valor de R$ 8 mi.
Em conflito com a Saneago desde 2002, o serviço de saneamento estava estrangulado, pois o município não tinha um quadro competente para cuidar do saneamento básico. Apenas 60% da cidade era servida com coleta e transporte de esgotamento sanitário, mas faltavam o tratamento. A questão estava judicializada desde 2002. A divida  com a concessionária chegava a R$ 6 mi e a empresa goiana iria pedir o ressarcimento pelo investimento em cerca de 30 anos no município.
Os controles de contabilidade e processamento de dados eram precários e sem integração. O tesouro municipal ainda fazia a mão em um livro de papel o controle das receitas.
Zé Gomes da Rocha ficou assustado, mas não mostrava desânimo em enfrenta  a situação, até que um dia do ano de 2005, apareceu uma ordem de sequestro no tesouro municipal no valor de R$ 2,5 mi, referente uma desapropriação feita pelo primeiro governo de Luiz Moura, entre os anos de 1989 e 1992, referente abertura de parte da rua XV de Novembro, a partir da Praça da República.
Havia um pacto entre o prefeito, eu, como secretário de finanças que efetuava os pagamentos e tinha o controle do tesouro municipal e o secretário de administração que fazia a folha. Zé Gomes dizia que o dia que atrasasse a folha dos servidores, a gente devia voltar para casa. Seguindo as lições do mestre Marconi Perillo, governador do Estado, a folha deveria ser paga dentro do mês trabalhado e a cada dia do aniversário do servidor, um a um  entregava o cheque do décimo terceiro salário. Sobre as dívidas anteriores a 2014 com os servidores, pagou o décimo terceiro dos professores em janeiro e parcelou as folhas atrasadas dos demais.

Naquele almoço no Chão Nativo em Goiânia, quando presente o então advogado doutor Nicomedes, Alvaro Guimarães e eu como secretário de fazenda, Zé Gomes da Rocha ficou assustado. Achou que não seria possível cumprir com o pagamento da folha dos servidores.


quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

SEM NEYMAR, PSG DE ITUMBIARA VAI A FINAL DA TERCEIRA DIVISÃO CONTRA PONTE PRETA

MAIORES PONTUADORES DA COMPETIÇÃO, PORTUGUESA REAL E PONTO VIVO FICAM NO CAMINHO
   Ponte Preta de Araporã venceu nos penaltis o Boca Juniors após empate em 2 a 2 no tempo normal

Foram definidos também neste final de semana os dois finalistas da Terceira Divisão do Amador de Itumbiara e o primeiro saiu no jogo de sábado com a vitória de 4 a 2 do PSG sobre o Ponto Vivo de Cachoeira Dourada, em jogo na cidade mineira de Araporã, que também recebeu na manhã de domingo, Ponte Preta e Boca Juniors. O time local da Ponte empatou em 2 a 2 no tempo normal e venceu por 4 a 3 nos penaltis.

veja classificação final e jogos


MILAN VOLTA A PRIMEIRA E DECIDE DIVISÃO DE ACESSO COM SARANDI QUE BUSCA O TRI

MILAN ELIMINOU BARUC E SARANDI GANHOU NOS PENALTIS DO BAURU
     Goleiro do Sarandi defendeu penalti de Pitete do Bauru - após empate de 2 a 2 no tempo normal

A Divisão de Acesso do Amador de Itumbiara definiu no final de semana os finalistas. O primeiro a classificar-se foi o Milan que derrotou o Baruc por 3 a 1 e volta para a primeira divisão em 2018, depois de ter caído em 2015. O adversário do Milan saiu do jogo entre Sarandi e Bauru, que empataram em 2 a 2 no tempo normal, com vitória do time azul do povoado de Sarandi que venceu por 5 a 4. Marcaram para o Sarandi o atacante Querli e o meia Cristerfan. Dudu Caça Rato e Henrique marcaram para o Bauru, que saiu invicto da competição.

Veja resultados e classificação


sábado, 2 de dezembro de 2017

TIRIRICA FAZ DOIS, KBM GOLEIA E TIRA SONHO DE FINAL DO MAROLINA NO AMADOR DE ITUMBIARA

BRASILIA VAI A FINAL COM VITÓRIA NOS PENALTIS CONTRA ARAPORÃ


    João Antõnio faz jogada no ataque do KBM que goleia o Marolina por 4 a 1
Nesta tarde no Goiasinho, o Marolina não conseguiu parar o KBM e perdeu por 4 a 1, depois de segurar o empate em grande parte do jogo. Nos últimos 20 minutos tomou três gols e segue sem ser campeão da Primeira Divisão em Itumbiara. O KBM busca o tricampeonato, depois de vencer em 2014 e 2015.  Queijinho marcou para o Marolina, Franklin, Pablinho e Tiririca duas vezes completaram o placar para o KBM. 
Ficha do jogo
KBM utilizou Pablo, Franklin, Dennes, Luiz Felipe, Deivyson,  Leones Galé, João Antõnio,  Henrique,  Pablinho, Tiririca, Denian. Entraram ainda Hudson,  Douglas,  Lincoln,Luecio, Lira e Pretinho.
No MAROLINA  assinaram a sumula Negao, Clayton, Edney, Zé Wilton,  luan, Lucas, Luquinha, Luiz Fernando, Magaiver, Maxwell, Paulo Henrique, Renatinho, Robinho, Coca, Thiago, Tarcisio,  Thales, Queijinho e Willian.

BRASÍLIA NA FINAL
Depois da queda em 2016 e fusão em 2017 com a Associação Bairro Brasília, o EC BRASÍLIA chegou a final com a segunda melhor campanha e busca o primeiro titulo na primeira divisão. Em jogo equilibrado na AERCA, empate em zero a zero no tempo final. Nos pênaltis, o Araporã perdeu uma penalidade e foi derrotado por 5 a 4.

Veja classificação final e resultados.

P CLASSIFICAÇÃO PG J V E D GP GC SG AP
1 KBM 19 7 6 1 0 24 9 15 90,48%
2 EC BRASILIA 14 7 4 2 1 17 9 8 66,67%
3 MAROLINA 13 7 4 1 2 17 14 3 61,90%
4 ARAPORÃ 12 7 3 3 1 15 7 8 57,14%
5 OPERARIO 10 6 3 1 2 11 7 4 55,56%
6 CACHOEIRA DOURADA 10 6 3 1 2 15 13 2 55,56%
7 RIVER PLATE 5 6 1 2 3 7 12 -5 27,78%
8 DEKI DA PRAÇA 4 6 2 1 2 22 9 13 22,22%
9 ATLÉTICO PRIMAVERA 3 5 1 0 4 3 29 -26 20,00%
10 DEMOCRATA 2 5 0 2 3 5 13 -8 13,33%
11 MADEIREIRA JR 2 5 0 2 3 7 17 -10 13,33%
12 VILA ALIANÇA 1 5 0 1 4 5 9 -4 6,67%

 SEMIFINAL - PRIMEIRA DIVISÃO DE AMADORES
 
data: dia: hs: Local:
02/dez     EC BRASÍLIA 0 X 0 ARAPORÃ j1
02/dez     MAROLINA 1 X 4 KBM j2
 QUARTAS DE FINAL - PRIMEIRA DIVISÃO DE AMADORES
 
data: dia: hs: Local:
09/dez     KBM   X   BRASÍLIA j1