PROJETO COMO PERIMETRAL NORTE NÃO SAI DO PAPEL E MUNICÍPIO SEGUE COM DEFICIÊNCIA NA CIRCULAÇÃO DE VEÍCULOS E PESSOAS
Avenida Perimetral Norte - trecho Alto Trindade
O atual plano diretor do município de Itumbiara, aprovado em 2006 e revisado neste ano, tem diretrizes para melhorar a malha viária do município, mas quinze anos depois, não teve projetos e recursos para viabilizar as estratégias propostas e os problemas até aumentaram. Entre as principais propostas, estava a da criação da Avenida Perimetral Norte, com ligação entre a BR 153 e Avenida Modesto de Carvalho, assim como prolongamento da Avenida Trindade, a partir da futura Perimetral Norte. Outra via também necessária e que necessitará atenção especial, trata de uma via verde ao longo do Ribeirão Água Suja. Sem projetos e sem recursos, as ideias continuam só no plano.
Novos problemas
Com a construção do trecho da GO 309 a partir do Bairro Brasília, algumas vezes utilizado por veículos pesados de indústrias locais, não há como seguir no trecho urbano e com o aumento do tráfego após inauguração da via que ligará Itumbiara a Cachoeira Dourada, os problemas aumentarão.
A ligação da Rua Paranaíba
Um problema já detectado quando do plano diretor em 2006, pode ser solucionado nos próximos meses com a ligação da via ao Bairro Jardim Nova Itumbiara. Veja o que dizia o plano diretor aprovado:
1
–
Vias Coletoras – estruturação de um binário
viário – conectando a Rua. Paranaíba, no bairro do mesmo nome, passando pelos bairros Jardim
Nova Itumbiara, Jardim
Leonora, até a futura via verde do Córrego Água Suja, no bairro Cidade Jardim.
Veja o que previa o Plano Diretor sobre as vias arteriais
DIRETRIZ - 1
Promover a estruturação urbana através da hierarquia do Sistema Viário associada às intervenções
necessárias para melhorar
as conexões entre os diversos bairros
da cidade e destes
com o Centro.
1 – Hierarquização da Malha Viária
A hierarquização da malha viária tem a finalidade de
ordenar as vias existentes no tecido
urbano de Itumbiara, com base na função que cada uma delas deve assumir, considerando sua importância na mobilidade
urbana. No caso de Itumbiara elas se classificam em:
a – Vias Regionais de Transição - são aquelas com grande abrangência e fluidez
de tráfego, caracterizadas por acessos especiais, pela ausência de interseções
e travessia de pedestre em nível, e por não permitir a acessibilidade aos lotes lindeiros, a não ser através de via marginal,
como pista auxiliar
de conexão às
atividades lindeiras. São consideradas como vias Regionais de Transição, por sua interface funcional com a área urbana, as BR – 153 e Br
– 452.
b- Vias Arteriais – são aquelas que
estruturam o tecido urbano, promovem ligações
entre os diversos bairros, com alta capacidade de tráfego, apresentando integração com o uso e ocupação
do solo e são próprias para operação
de sistemas de transporte
coletivo, são elas:
Av. Modesto de Carvalho, Av. Santos
Dumont, Av. Anhanguera, Av. Afonso Pena, Av. Dr. Celso Maeda, Av. Osvaldo Cruz. Rua Benjamin
Constant e Av. Perimetral Norte (
a implantar).
c - Vias coletoras – são aquelas
que servem de ligação entre as vias Arteriais e as vias locais dos bairros,
distribuindo o fluxo de veículos nos bairros, também servem de ligações entre dois ou mais bairros, e também
apresentam equilíbrio entre fluidez de tráfego e acessibilidade, possibilitando sua integração com o uso e ocupação
do solo, e são próprias para operação do transporte
coletivo, são elas:
Av. Equador, Av. Sul Goiana, Av. Rio de Janeiro, Av.
Castelo Branco, Rua Padre Felix, Rua
Marechal Deodoro, Av. JK, Rua 7 de Setembro, Rua Goiás, Av. Trindade, Rua João Manoel de Souza, Av. Itarumã, Av. João
Paulo II, Av. Walter Barra, Av.
Tancredo Neves, Av. Duque de Caxias, Av. Beira Rio, Rua Paranaíba, Av. Furnas,
Av. Francisco Domingos
da Costa, Av. Dr. Édson
Rodrigues da Rocha, Av. Central,
Av. Washington Luiz,
Av.Sinhozinho Andrade Ribeiro,
Av. Tabelião Bartolomeu Dias da Rocha, Rua João Ribeiro Filho, Rua Rio Verde,
Rua Flausino D. da Costa, Rua Minas Gerais, Rua Tiradentes
e Av.
Itumbiara.
d - Vias locais – são aquelas
que têm como função distribuir o fluxo de veículos
pelo interior das quadras, de características de baixa velocidade de tráfego e pequeno volume de veículo, com intensa
integração com o uso e ocupação do solo, principalmente com os residenciais. São constituídas pelas demais vias da cidade.
Com o objetivo
de melhorar as conexões viárias
da cidade foram propostas as seguintes
intervenções na malha:
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- Vias Arteriais - visando a estruturação das vias Arteriais no sentido Norte-Sul, foram potencializadas algumas ligações já
existentes, mas sem uso intensivo, tais como:
Rua João Ribeiro Filho, e estrada de terra em seu prolongamento Norte e Av. Celso Maeda. Também foram reforçadas as já
consolidadas como Av. Modesto de Carvalho ( sentido
Noroeste).
No sentido Leste-Oeste foram propostas a criação da Av. Perimetral Norte (projeto
em fase de consolidação), aproveitando a faixa de domínio das linhas de
transmissão de energia, bem como o
fortalecimento das Avenidas João Paulo II, Itarumã e Afonso Pena ( a de maior fluxo da cidade). Ainda
, no sentido Leste-Oeste foi proposta a execução
de uma via margeando o fundo de vale do afluente do Ribeirão Trindade, imediatamente ao Norte da futura Av. Perimetral Norte – esta via terá característica de delimitadora
do espaço construído em relação ao espaço
natural de fundo de vale, conformando-se como uma via verde;
exemplo também proposto margeando o Córrego Água Suja, na porção Oeste da Macrozona.
1
–
Valorizar a conexão
viária da cidade
com a GO – 419, através da Av. Afonso
Pena, na região Leste da cidade.
2
–
Desenvolver projetos de adequação geométrica das vias Arteriais
às características
funcionais das mesmas, no sistema
de circulação viária.
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-
Estabelecer parâmetros de abertura para novas vias dos loteamentos a serem implantados.
a. estabelecer na Lei de Parcelamento diretrizes de integração viária,
entre os bairros, a serem
estabelecidas pelo órgão de planejamento municipal, quando do projeto de novos loteamentos;
b. garantir a continuidade da malha viária urbana à projetada.
4 - Estabelecer parâmetros de perfis e largura de ruas e avenidas,
conforme suas características
(arteriais, coletoras e locais), de forma a evitar conflitos de usos entre trânsito
de “passagem” e de “destino”, bem como entre veículos
e pedestres;
a - definir critérios de sinalização,
dimensões, áreas de estacionamento, linhas de transporte coletivo – para as
vias – conforme sua característica;
b -estabelecer critérios facilitadores
de uso do solo, de modo a valorizar as centralidades
lineares.
c - requalificar o desenho de algumas rótulas de conexão
localizadas nas principais
vias de características Arteriais (projeto de engenharia de trânsito), tais como as localizadas na av. Afonso Pena e
outras; de modo a tornar melhor a fluidez dos fluxos de trânsito, bem como garantir
a segurança dos pedestres;
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- Reavaliar fluxos de veículos que circulam pelo Centro, desviando os fluxos de passagem
para outras vias;
a. Estabelecer novas conexões
entre as avenidas
que passam pelo Centro da cidade de modo a criar novas ligações para trânsito de passagem:
a.1 Afonso Pena – Benjamin Constant – Santos Dumont
a.2 Paranaíba – Beira Rio – Major Rogério
– Afonso Pena
a.3
Afonso Pena – Goitacazes
– Itarumã – Modesto de Carvalho
a.4
Tancredo Neves – Osvaldo Cruz – Tupinambás – João Paulo II
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Redesenhar conforme normas de geometria
viária os pontos de conflito
identificados no sistema
viário:
b. Av Beira Rio com Av. Água Suja;
c. Av. Sul Goiana com
Modesto de Carvalho e com Av. Equador;
d. Rótulas de conexão na Av. Afonso Pena;
e. Rua Paranaíba com Av. Anhanguera;
f. Rua Osvaldo Cruz com Av. Afonso Pena;
Obs.: os programas
e projetos relativos
à engenharia de trânsito e remodelação do sistema viário da cidade deverão ser desenvolvidos pelo órgão competente da administração, em colaboração com o órgão de planejamento do município, de forma a conciliar fluxos e usos nos eixos viários.