terça-feira, 24 de maio de 2016

CENÁRIOS E DESAFIOS PARA UM NOVO GOVERNO EM ITUMBIARA


CENÁRIOS NA POLÍTICA
Após três mandatos do mesmo grupo político, liderado por Zé Gomes da Rocha, aproxima-se mais uma eleição que vai eleger o governante para os próximos quatro anos, assim como o grupo de doze vereadores que farão parte do legislativo na próxima legislatura. O quadro político  tem um primeiro cenário com o próprio Zé Gomes sendo lançado pelo grupo que deve ter o apoio de dez vereadores e partidos como PTB, PSDB, PP, PSD contra o grupo de oposição que tem Alvaro Guimarães -PR como líder, uma possível candidatura de Marcelo do Sacolão - DEM, um grupo de sete vereadores e partidos como PR, PMDB, DEM. Gugu Nader - PSB, já esteve em um grupo, passou para o outro e dá sinais de nova carreira solo, após três derrotas sucessivas, sem bancada, sem recursos e sem vereadores para apoiá-lo, deve tomar um rumo junto com o PPS  que faz parte do grupo da senadora Lúcia Vânia-PSB e do deputado federal Marcos Abrão - PPS. Há outros coadjuvantes que ameaçam mais uma aventura, como um grupo do PDT e ala esquerda com o PSOL. E se o cenário mudar com a não participação de Zé Gomes da Rocha - PTB no pleito para prefeito? Não há sinais de quem ocuparia a posição no lado da situação. Chico Balla-PTB seria o primeiro da fila, que teria ainda o vereador Marcelo Gomes também do PTB e podem até surgir novidades com uma única certeza neste novo cenário: o candidato da situação vai disputar com o número 14 e será aquele que melhor tiver condições de ganhar as eleições, escolhido por meio de criteriosa pesquisa. Mas Zé Gomes sempre afirmou que não tem plano B, só plano A nas eleições de 2016.  Pelo lado da oposição não deve haver mudanças, pois Alvaro Guimarães-PR não teria coragem de disputar, assim como Dione Araújo-DEM e o PMDB não tem um nome competitivo. Assim o grupo de oposição seguiria como Marcelo do Sacolão -DEM.
A disputa por vagas no Legislativo vai ser bem acirrada e pelo menos cinco vereadores já não poderão voltar para a próxima legislatura com a redução de 17 para 12 cadeiras no primeiro andar do Palácio Castelo Branco. Que vai ser eleito e quem vai ficar de fora, é impossível qualquer prognóstico neste momento. Após a formação de chapas entre julho e agosto, o céu pode ficar mais claro para alguns.

DESAFIOS PARA O NOVO GOVERNO
Depois de assumir o governo em 2005 com dívidas superiores a R$ 90 milhões para uma arrecadação anual que não chegava a R$ 60 milhões, atrasos no pagamento de fornecedores, prestadores de serviços como limpeza pública com mais de oito meses de atrasos e ruas cheias de lixo, dívidas com servidores públicos sem receber salários e décimo terceiro, sucateamento total de máquinas e equipamentos, ruas esburacadas e total descrédito no cenário local e estadual, os tempos são outros e melhores para o grupo político que governa a cidade depois de três eleições. A divida atual não chega a R$ 60 milhões para uma arrecadação anual que supera R$ 250 milhões. Servidores estão com salários em dia e não se tem problemas com fornecedores e prestadores de serviços. Entretanto, não se tem como fugir de desafios que deverão ser enfrentados como o financiamento da previdência própria, que hoje precisa de aportes superiores a R$ 1 milhão para cobertura de aposentadorias e pensões dos servidores. A folha dos servidores que também bate no limite máximo permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal é outro desafio que deve ser enfrentado. Ou se aumenta a Receita Corrente Líquida ou terá que ter uma redução de mais de R$ 15 milhões em um ano. Com o comprometimento atual das vinculações obrigatórias com saúde, educação, pagamento de duodécimo, comprometimento da dívida em torno de R$ 500 mil, não se tem recursos próprios nem para bancar contrapartidas.  O descompasso vem da paralisação da economia que proporciona estagnação da receita e crescimento real das despesas todos os meses.
Pela ordem, a melhoria do setor de Saúde será o carro chefe para um governo bem avaliado. O povo quer um novo hospital, leitos próprios de UTI  e melhor cobertura das unidades Básicas de Saúde que hoje não chega a 50% da população. O governo federal acena para mais redução nos recursos da saúde e a demanda deve aumentar pelo uso da saúde pública, com a crise econômica que deve perdurar mais alguns anos. Um grande desafio pela frente.
A geração de empregos também será bastante cobrada pelos eleitores. Esta é uma área que o grupo político tem atuado com sucesso com as usinas implantadas, a chegada da STEMAC e agora o anúncio da Heineken da construção de uma fábrica em Itumbiara.
Um grande legado dos últimos três governos foi a área de infraestrutura com a troca do parque de iluminação pública,  universalização dos sistemas de água e esgotamento sanitário, pavimentação e recapeamento de milhares de metros cúbicos em toda a cidade. O gargalo ainda é a drenagem pluvial em vários setores e a questão do avanço de Aterro Controlado para Aterro Sanitário e coleta seletiva.
O ensino superior público e gratuito ainda não atingiu seu objetivo de se ter um polo de saúde e dos primeiros cursos prometidos ainda falta Fisioterapia. Medicina seria o objetivo máximo a ser alcançado em uma universidade pública. Continua na pauta. No ensino básico, tem se conseguido atender a educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental com qualidade, mas não atende a demanda dos anos finais a partir da sexta série que está sendo compartilhado com o governo do Estado. Além de obras de drenagem pluvial, a melhoria das principais vias de ligação as BRs serão também prioritárias. Há convênios para melhorias das Avenidas Afonso Pena e Celso Maeda, mas a Avenida Modesto Carvalho tem projeto e não tem recursos pelo governo estadual.
Com novo hospital, leitos de UTI, cobertura maior da atenção básica, acessos principais com asfalto novo, drenagem pluvial adequada, novo Aterro Sanitário, manutenção adequada de todas as ruas para que sejam limpas e sem buracos, novas empresas para gerar emprego garantirão o retorno de avaliações positivas superiores a 70% do novo governo. Tudo isso demanda novamente uma injeção de mais de R$ 100 milhões em investimentos como foram feitos neste últimos governos. Quem tiver condições de oferecer este cenário vence as eleições.